Amigos (as):
Eu poderia escrever bonitas dissertações (digo bonitas, não boas, porque aí só dependo do padrão estético para me julgar).Muitos textos, palavras sobre o que eu penso ou sobre o que outras pessoas pensam.
Talvez o shortinho bem curto da menina tenha me induzido a fazer essa observação. Talvez estivesse inadequado a um ambiente hospitalar? Pode ser. Meu puritanismo resolveu dar as caras e implicar com o shortinho, e me fez refletir nesse nosso espaço para reflexão.
Não se importem com minha implicância com o shortinho, porque já passou, nem conheço a menina, nem suas razões, e além do que quem paga as contas da menina pode ser ela mesmo; ela não deve satisfação a ninguém, só a ela própria.
Considerando isso tudo, fiquei com vontade de escrever sobre o bom senso.
Tudo tem uma medida mediana, que é boa para todos ou ruim para todos os lados.
Não é um apelo conciliatório, mas uma busca para nossa angústia polarizadora.
“Bom senso existe e é o que devemos e queremos esperar de nossos iguais”
Como diria um ditado “nem oito, nem oitenta”; mas, também não é o meio que buscamos; e sim em determinada situação :- pensar a melhor proposta . Seja qual for a situação, há um determinado comportamento que mostra sanidade e sensatez.
Exemplo: eu sou bióloga, meus amigos são de todas posições ideológicas em relação ao meio ambiente. Se eu não quiser provocar a terceira guerra mundial, nem recolher mortos ou feridos- terei o bom senso de convidar um amigo de cada vez; mas não necessariamente, dependendo do meu objetivo e se eu quiser promover um debate saudável, onde o importante é o diferente.
Apenas para dizer que usar o bom senso, depende também dos objetivos.
O caso do shortinho, o bom senso diria é adequado ao ambiente? Depende do objetivo da menin: se é só procurar tratamento para doença, se ela se sente mais arejada ou se quer provocar olhares ou ainda nenhuma das alternativas.
O que seu bom senso diz? O que você quer? Qual seu objetivo? Meu bom senso comum é parar de escrever agora e deixar você pensando.
Parafraseando George Orwell , João Pereira Coutinho em sua coluna fala : “todas as vítimas são iguais, mas algumas são mais iguais que as outras.” – Eu não sabia que a dor de um pai tinha intensidade. Folha de São Paulo -24/09/19