OFTALMEPLEGIA INTERNUCLEAR NA ESCLEROSE MÚLTIPLA
Dias, M., Silva, R.P, L., dos Santos, L.F.R., Simandi, T.M., Canzonieri, A. M.
Introdução: A esclerose múltipla (EM) doença inflamatória e demielinizante do sistema nervoso central, que em muitos casos pode acometer o nervo óptico ocasionando diversas alterações visuais. Objetivo: Demonstrar a importância da terapia visual em paciente com oftalmeplegia internuclear. Métodos: Estudo de caso de homem, 40 anos, solteiro, com EM do tipo secundariamente progressiva, com EDSS 6,5, diagnosticado há 19 anos, com oftalmoplegia internuclear, que realiza neurorreabilitação em Instituição Social Civil, em São Paulo. Foi atendido no serviço de terapia visual onde foram realizados os testes de acuidade visual, esteriopsia (visão de profundidade), óculos motores e para cores de Ishihara, depois foram realizadas 8 sessões, semanal, de 45 minutos, em que se desenvolveu a estimulação dos músculos extrínsecos e para a acuidade visual. Resultados: O paciente apresentou rebaixamento da acuidade visual, não tinha visão de profundidade, não via com nitidez as cores verde, vermelho e amarelo, e foi constatado paralisia dos músculos extrínsecos. Pelos exercícios de estimulação dos músculos reto medial (que ativa o 3º. par de nervos) e reto lateral (que ativa o 6º. par de nervos) durante as 8 sessões, observou-se uma melhora no movimento ocular (momentânea) e na acuidade visual. Conclusão: Após as sessões de terapia visual, obteve-se melhora dos músculos extrínsecos, possibilitando o paciente a melhor movimentação ocular, acuidade visual e estereopsia.
PROJETO PILTOTO: NEUROVISÃO
Silva, R.P, L., Ribeiro, L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
Introdução: A esclerose múltipla (EM) doença inflamatória e demilelinizante do sistema nervoso central, que em muitos casos pode acometer o nervo óptico ocasionando diversas alterações visuais. Objetivos: Demonstrar alterações visuais de pacientes com EM. Métodos: Projeto piloto de avaliação neurovisual em 6 pacientes com EM, sendo 5 mulheres e 1 homem, em Instituição Social Civil, em São Paulo. Amostra entre 23 e 60 anos, 4 pessoas com ensino superior, tempo de adoecimento entre 10 e 24 anos, sendo 3 pessoas com tipo remitente recorrente e 3 com secundariamente progressiva, 3 pessoas com EDSS 3, com EDSS 6,5 são 2 pessoas e 1 com EDSS 6. Resultados: Os 6 pacientes tiveram alteração do movimento muscular, porém 1 pessoa que teve alteração do movimento muscular alterado não teve outra alteração, supõe-se esta ocorrência em função da idade (23 anos), sendo que 5 pacientes estão acima dos 35 anos; 4 pacientes com visão normal e 1 paciente necessita correção com lentes; 4 pessoas com alteração de desvio intermitente e 1 trópico; 5 pessoas com reação pupilar lenta; 4 pessoas com visão de profundidade insuficiente; 1 com alteração de cor amarelo e vermelho e 1 com alteração de cor verde e vermelho, predominando em ambos os caso a alteração de cor vermelha. Conclusão: Observou-se que os pacientes com EM, possuem alterações visuais significativas e supõe-se que haja piora com o aumento da idade, pois as 5 pessoas com maiores comprometimentos estavam acima dos 35 anos.
A AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE PILATES EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA COM RECUPERAÇÃO DE SUBTÍTULO CLÍNICO
Ferrero, G.M., Telles, J. A. R., Sciarinni, B. H., Gaudereto, B. L., Ribeiro, L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
INTRODUÇÃO: A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória mediada pelo sistema imunológico que causa lesões no cérebro e na medula espinhal. A correlação entre apresentações clínicas e sintomas é extremamente complexa. Os subtipos clínicos de Esclerose Múltipla são remitente recorrente (RR), secundariamente progressivo (SP) e primariamente progressivo (PP). O subtipo RR é definido com surtos clínicos ou lesões no sistema nervoso central (SNC), com maiores alterações fenotípicas. Os níveis de incapacidade devem ser quantificados por meio da Escala Expandida de Status de Incapacidade. São subdivididos em oito sistemas funcionais com um escore total que caracterizam o estágio de incapacidade. OBJETIVO: Investigar a avaliação de pacientes com EM RR após um programa de Pilates. MÉTODOS: Este estudo foi realizado em uma Organização Social, em São Paulo. Avaliaram-se 13 pacientes de 25 a 70 anos, EDSS de 2,5 a 6,0, durante 9 sessões. A análise foi baseada na avaliação da força de membros distal superior e inferior, com teste de medida manual baseado no Medical Research Council, com escala de equilíbrio de Berg, fadiga com Escala de Impacto de Fadiga Modificada (MFIS) e disfunção urinária com o Ciclo Internacional de Consolação de Incontinência (ICIQ). RESULTADOS: Houve um resultado significativo estatisticamente positivo na tabulação cruzada da força muscular distal do membro inferior esquerdo. As demais variáveis que cruzaram sexo, idade e outras escalas funcionais não foram estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Houve um menor nível de melhora das escalas funcionais e do programa Pilates. Embora, a quantidade de sessões e a amostra foram pequenas, justificando os resultados da nossa comparação. Na prática clínica observamos melhora dos sinais e sintomas desses pacientes. Outros estudos devem ser feitos, para provar a importância do Pilates na reabilitação de pacientes com Esclerose Múltipla.
O impacto do Pilates na qualidade de vida e no cansaço de pacientes com Esclerose Múltipla – Relato de Caso
Ferrero, G.M., Telles, J. A. R., Sciarinni, B. H., Gaudereto, B. L., Ribeiro, L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença auto-imune desmielinizante com um componente degenerativo da lesão axonal do sistema nervoso central. Os principais sintomas são déficits motores, cognitivos e fadiga, que afetam diretamente a qualidade de vida. O Método Pilates baseia-se em exercícios físicos seguindo os princípios de respiração, contração de força central, concentração, controle, precisão e fluidez, melhorando a força muscular, flexibilidade, equilíbrio, controle de tronco, entre outros. Supõe-se que poderá contribuir com a melhora física de pacientes com EM. Objetivo: Verificar o impacto do treinamento com Pilates em pacientes com EM. Métodos: A avaliação foi realizada antes e após a intervenção e repetida após 5 meses, por meio das escalas de Qualidade de Vida da Esclerose Múltipla – 54 (MQOSL-54) e da Escala de Impacto de Fadiga Modificada (MFIS). Foram realizadas oito sessões de 45 minutos, semanal por 3 meses com equipamentos Barrel, Cadillac, Reformer e Chair, treinamento com alongamento e trabalho de força muscular, treinamento de controle de tronco e equilíbrio estático e dinâmico, em paciente do sexo feminino, 43 anos, EDSS 4.0, tempo de diagnóstico de 9 anos, tipo de EM secundariamente progressivo, com diagnóstico fisioterapêutico da ataxia de marcha. Resultados: Apresentou melhora na qualidade de vida e fadiga, logo após o período de intervenção, de 28,78 para 52,91 pontos no MSQOL na área de saúde física e de 41,81 para 66,6 no campo da saúde mental. A fadiga também mostrou uma redução de 34 pontos para 12. Após 5 meses de intervenção, o paciente aumentou para 53,21 o escore do domínio da saúde física no MSQOL quando comparado com avaliações anteriores. No domínio da saúde mental houve um declínio na última avaliação. O mesmo ocorreu na escala de fadiga. Conclusão: A reabilitação com o método Pilates em pacientes com EM melhora a qualidade de vida e a fadiga, os resultados são contínuos mesmo após um período sem tratamento.
AVALIAÇÃO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
dos Santos, R. L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, acomete mais adulto jovem e mulheres. Frente a está problemática e a doença, justifica-se uma avaliação dos casos de depressão e ansiedade, considerando que mulheres apresentam mais estás comoborbidades independentemente da doença, além da própria EM trazer incerteza quanto ao prognóstico o que poderá desencadear tais sintomas. Objetivos: Demonstrar a presença de ansiedade e depressão em pacientes com EM. Métodos: Avaliação de 58 pacientes de ambos os sexos com EM, em Instituição Social Civil, em São Paulo, com o inventário de Beck, para ansiedade (BAI) e depressão (BDI). Resultados: Foram avaliados 38 mulheres e 20 homens, entre 23 e 60 anos, sendo 43 pessoas com ensino superior, tempo de adoecimento entre 10 e 24 anos, sendo 46 pessoas com tipo remitente recorrente, com EDSS entre 0 a 4,5 estão 40 pessoas e de 5 a 7,5 são 18, casadas são 27 pessoas. No BAI são 48 pessoas com grau leve e mínimo, que representam 82,75% e no BDI são 50 pessoas (86,20%), indicando presença de ansiedade e depressão, sendo que os casos moderados e graves para ansiedade e depressão temos a presença masculina em 8,6%. Conclusão: Há presença de ansiedade e depressão na maioria das pessoas de grau leve e mínimo e um número significativo para casos moderados e graves em homens.
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: ESTUDO DE CASO DE PACIENTE COM ESCLEROSE MÚLTIPLA E ALTERAÇÃO DE COMPORTAMENTO
Maurício Ossamu Bando; Thais Mira Simandi; Ana Maria Canzonieri
ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante do sistema nervoso central que causa alterações cognitivas. Objetivos: Demonstrar a importância da avaliação neuropsicológica em pessoa com EM. Métodos: Avaliação neuropsicológica de mulher, 41 anos, solteira, ensino superior, aposentada, tipo EM secundariamente progressiva, EDSS 6,5, primeiro surto e diagnóstico em 2000. Principais sintomas: fadiga, incontinência urinária, espasticidade, ataxia de MMSS, fraqueza de MMII, alterações de memória, atenção e de comportamento. A avaliação neuropsicológica foi realizada em 6 sessões de 45 minutos, em 2017, em Instituição Social Civil, em São Paulo. Foram aplicados os seguintes instrumentos: MEEM – Mini exame mental; WAIS III (Semelhanças, Dígitos e Raciocínio Matricial); MVR – Teste de Memória Visual de Rostos; FDT – Teste dos Cinco Dígitos; NEUPSILIN – Instrumento de avaliação neuropsicológica breve; e TAT – Teste de Apercepção Temática. Resultado: Observou-se alteração do estado mental, baixo nível intelectual, déficit de percepção visual, memória, atenção e funções executivas, prejuízo da linguagem compreensiva e desorientação temporal. A avaliação de personalidade demonstra pensamento imaturo, ideação amorosa juvenil, falta de crítica, inadequação, dificuldade de percepção ambiental e desorganização do discurso. A ressonância magnética o crânio mostra múltiplas lesões em substância branca, dilatação dos ventrículos e acentuação dos sulcos corticais com alterações na estrutura encefálica. Discussão: Observa-se um prejuízo cognitivo importante, generalizado, incomum em pacientes com EM nesta faixa etária. As alterações comportamentais observadas podem estar relacionadas com este déficit cognitivo acentuado, em função das áreas comprometidas por lesões da EM. Conclusão: A avaliação neuropsicológica é provida de recursos para análise das funções cognitivas e das alterações comportamentais de pessoas com EM.
Gestação e Esclerose Múltipla: Recorte longitudinal de atendimento psicológico
Maurício Ossamu Bando; Ana Maria Canzonieri
ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
Mulher, 29 anos, casada, curso superior incompleto, representante comercial, com esclerose múltipla (EM), tipo EMRR, EDSS 1,0, primeiro surto e diagnóstico em 2007. Faz uso de interferon. Sintomas principais são fadiga e déficit de força em MSD. Realizou avaliação psicológica por motivo de instabilidade emocional, ansiedade, insegurança e baixa auto-estima. Engravidou logo após o início do tratamento psicológico. Objetivos: Atender em psicoterapia gestante com EM Método: O tratamento foi realizado em dois programas de 15 sessões, semanal de aproximadamente 45 minutos, por psicólogo especializado em atendimentos a pacientes com EM. Foi aplicado o teste psicológico das Pirâmides Coloridas de Pfister em 4 etapas (3, 6 e 9 meses da gestação, e 4 meses pós-parto). Resultado: Observou-se significativa evolução no quadro psicológico, como fortalecimento da estrutura psíquica, redução da ansiedade e irritabilidade, aumento dos mecanismos de autocontrole, diminuição do medo da maternidade, aumento da autoestima e da consciência da feminilidade. Observou-se que a paciente não teve surto pós-parto e pelo seu estado clínico e pelo resultado da RM, não precisou voltar imediatamente à medicação, podendo amamentar a criança por 4 meses. Discussão: A gestação em pessoas com EM, apesar do conhecimento de pesquisas que indicam um fator protetivo à mãe, gera medo e ansiedade, principalmente relacionado à possibilidade de ocorrência de surto pós-parto e também às dificuldades futuras da evolução da doença. Conclusão: Observou-se que o tratamento psicológico realizado por uma equipe especializada na doença foi benéfico para esta paciente gestante com EM.
DESEMPENHO MOTOR EM TAREFA VIRTUAL DE LABIRINTO EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA: ESTUDO PILOTO
Capelini C.M., da Silva T.D., Massetti T., Monteiro C.B.M., Ferrero, G.M., Telles, J. A. R., de Brito, R.,L., Ribeiro, L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
Introdução: A esclerose múltipla (EM) doença inflamatória, crônica e demilelinizante do sistema nervoso central, acomete adultos jovens e principalmente mulheres, podendo desencadear alterações motoras e cognitivas e limitações funcionais na vida diária. Objetivos: Avaliar o desempenho motor de pacientes com EM, no uso de jogos computacionais. Métodos: Foi utilizado um jogo de labirinto no computador. Os participantes realizaram 20 repetições do jogo na fase de aquisição e 5 repetições nas fases de retenção e transferência. Foi feita a comparação entre o desempenho no início da fase de aquisição (blocos A1) e no final (bloco A4), e este último comparado à retenção – R e transferência – T. Foram avaliados 5 pacientes com EM, sendo 4 mulheres e 1 homem, em Instituição Social Civil, em São Paulo. Resultados: Amostra entre 23 e 60 anos, 4 pessoas com ensino superior, tempo de adoecimento entre 10 e 24 anos, sendo 2 pessoas com tipo remitente recorrente e 3 com secundariamente progressiva, 3 pessoas com EDSS 3, 1 com EDSS 6,5 e 1 com EDSS 6. A escala de avaliação de fadiga com valores que variam entre 19 e 39, indicando estados variados de fadiga. Na avaliação do teste psicológico Pirâmide Colorida de Pfister 2 pessoas recebem o estímulo externo de forma ampla e de alguma forma conseguem lidar com ele, 2 pessoas recebem o estímulo de forma restrita e não sabem lidar com ele e 1 pessoa recebe de forma moderada e sabe lidar com ele. Os participantes com EM melhoraram o desempenho na aquisição (evidenciado pela diminuição do tempo de execução do labirinto (de A1=14,16 segundos para A4=10,76seg). Na retenção o desempenho se manteve (R=9,4seg), e na transferência também (T=11,72seg), indicando aprendizagem da tarefa motora. Conclusão: Neste estudo piloto observou-se que não há interferência de alterações emocionais e cognitivas, nem de EDSS, idade e tempo de adoecimento no desempenho motor do jogo de labirinto no computador, sendo que todos apresentaram melhora do desempenho após a prática.
PROJETO PILTOTO: PERFORMANCE DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA, NO USO DE REALIDADE VIRTUAL
Capelini C.M., da Silva T.D., Massetti T., Monteiro C.B.M., Ferrero, G.M., Telles, J. A. R., de Brito, R., Bando, M.O.; Silva, R.P; Ferrero, G.M., Telles, J. A. R., L., Ribeiro, L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
Introdução: A esclerose múltipla (EM) doença inflamatória, crônica e demilelinizante do sistema nervoso central, acomete adultos jovens e mais mulheres, podendo desencadear alterações cognitivas. Objetivos: Demonstrar performance de pacientes com EM, no uso de realidade virtual. Métodos: Projeto piloto de uso de jogos com realidade virtual em 6 pacientes com EM, sendo 5 mulheres e 1 homem, em Instituição Social Civil, em São Paulo. Resultados: Amostra entre 23 e 60 anos, 4 pessoas com ensino superior, tempo de adoecimento entre 10 e 24 anos, sendo 3 pessoas com tipo remitente recorrente e 3 com secundariamente progressiva, 3 pessoas com EDSS 3, com EDSS 6,5 são 2 pessoas e 1 com EDSS 6. A escala de avaliação de fadiga com valores que variam entre 19 e 53, indicando estados variados de fadiga, apenas 1 pessoa com avaliação de ansiedade e depressão em estado moderado, na avaliação do teste psicológico Pirâmide Colorida de Pfister 3 pessoas recebem o estímulo externo de forma ampla e de alguma forma conseguem lidar com ele, 2 pessoas recebem o estímulo de forma restrita e não sabem lidar com ele. Realizaram 3 tipos de jogos sem nenhuma intercorrência (Timing –Fitts- Move Hero) e todos tiveram tempo de fadiga e de retenção adequados e baixo número de erros. Conclusão: Neste projeto piloto observou-se que não há interferência de alterações emocionais e cognitivas, nem de EDSS, idade e tempo de adoecimento para a pratica de jogos com realidade virtual, supondo-se ser motivador, pois o desempenho foi dentro do esperado para pessoas sem doença e não houve intercorrência.
TEMPO DE MOVIMENTO EM FUNÇÃO DO NÍVEL DE DIFICULDADE EM TAREFA VIRTUAL NA ESCLEROSE MÚLTIPLA: ESTUDO PILOTO
Capelini C.M., da Silva T.D., Massetti T., Monteiro C.B.M., Ferrero, G.M., Telles, J. A. R., L., Ribeiro, L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença demilelinizante do sistema nervoso central, que desencadeia alterações motoras, cognitivas e limitações funcionais na vida diária. Objetivos: Avaliar o tempo de movimento em função de nível de dificuldade em pessoas com EM, em tarefa virtual. Métodos: A tarefa virtual consistiu em realizar movimentos em uma interface virtual baseado na lei de Fitts, a qual apresenta uma relação inversa de aumento na velocidade e diminuição na precisão de movimento. Para tanto, utilizou-se 4 índices de dificuldade (ID) progressivos: ID1, ID2, ID3 e ID4, cada ID foi realizado por três vezes enquanto o tempo total de movimento (tempo/toques) foi captado. O tempo de movimento foi obtido por meio da divisão entre segundos pré estabelecidos para a tarefa (10) e o número de toques realizados no alvo. O software que simulou a tarefa foi Fitts Reciprocal Aiming Task v.1.0 (Horizontal). Os resultados apresentam as médias das 3 tentativas em cada ID. Foram avaliados 6 pacientes com EM, sendo 5 mulheres e 1 homem, em Instituição Social Civil, em São Paulo. Resultados: Amostra entre 23 e 60 anos, 4 pessoas com ensino superior, tempo de adoecimento entre 10 e 24 anos, sendo 3 pessoas com tipo remitente recorrente e 3 com secundariamente progressiva, 3 pessoas com EDSS 3, com EDSS 6,5 são 2 pessoas e 1 com EDSS 6. Com relação à tarefa de Fitts, a média do tempo de movimento no ID1 foi de 103ms, no ID2 foi de 151ms, no ID3 de 153ms e no ID4 de 225ms. Conclusão: Considerando os resultados nas diferentes dificuldades apresentadas, as pessoas com EM aumentaram o tempo de movimento conforme houve o aumento na dificuldade da tarefa, conforme a proposta da Lei de Fitts. Houve, portanto, um maior tempo de movimento quando exigiu-se maior precisão de movimento. Também se observou que não há interferência de alterações emocionais e cognitivas, nem de EDSS, idade e tempo de adoecimento no desempenho motor, sendo que todos conseguiram realizar a tarefa.
RELAÇÃO DO TEMPO DE REAÇÃO TOTAL COM O COMPROMETIMENTO NA ESCLEROSE MÚLTIPLA
Capelini C.M., Silva T.D., Massetti T., Monteiro C.B.M., Ferrero, G.M., Telles, J. A. R., L., Ribeiro, L. F., Simandi, T. M., Canzonieri, A. M.
Introdução: Quando se aplica um teste para medir o tempo de reação através de um software em computador, é possível registrar o tempo decorrido entre o aparecimento do estímulo e a conclusão da tarefa, e a isto chamamos Tempo de Reação Total (TRT). A proposta de um teste que possa avaliar a fadiga mental a partir do TRT pode responder às questões que envolvem atividades que requerem atenção e rápida resposta. A esclerose múltipla (EM) é uma doença demilelinizante do sistema nervoso central e os níveis de incapacidades da EM podem ser quantificados através da Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS).Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar a fadiga mental a partir do tempo de reação total (TRTFadiga – TRTF) com o tempo de reação total simples visual (TRTSimples -TRTS) em pessoas com EM, correlacionando com o grau de comprometimento pela evolução da doença. Métodos: Participaram 20 adultos com diagnóstico de EM, de 23 a 60 anos, que executaram as duas tarefas propostas pelo software TRT_S2012. Foram divididos em dois grupos, um com menor comprometimento pela doença (G1 – EDSS de 0 a 3,5), e outro grupo com maior comprometimento (G2 – EDSS de 4 a 8). Resultados: No G1 a média de idade foi 43,9±12,3 e EDSS=2,18 (média); no G2 foi 50,1±13,0 e EDSS=6,22 (média). Com relação ao TRT, o teste t de Student mostrou diferença significante entre os grupos no TRTS (p=0,044), sendo G1=351,1 ± 62,4ms e G2=457,7 ± 184,1ms; e no TRTF inicial (p=0,023), sendo G1=371,4 ± 45,5ms e G2=483,81 ± 172,8ms. No TRTF final não houve diferença entre os grupos (p=0,143), sendo G1=365,7 ± 33,2ms e G2=434,9 ± 207,3ms. Conclusão: Considerando os resultados entre os grupos, as pessoas com maiores incapacidades decorrentes da EM (maior EDSS) apresentaram maior tempo de reação medido pelo software computacional, portanto pior resposta da coordenação neuromuscular.
CORRELAÇÃO ENTRE TEMPO DE MOVIMENTO E NÍVEL DE DIFICULDADE NA ESCLEROSE MÚLTIPLA
Silva, T.D.; Capelini, C.M.; Massetti, T.; Ferrero, G.M.; Telles, J. A. R.; de Brito, R. L.; Ribeiro, L. F.; Simandi, T. M.; Canzonieri, A. M.; Monteiro C.B.M.
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmilelinizante do sistema nervoso central, que desencadeia alterações motoras, cognitivas e limitações funcionais na vida diária. Objetivos: Avaliar o tempo de movimento em função de nível de dificuldade em pessoas com EM, em tarefa virtual. Métodos: A tarefa virtual consistiu em realizar movimentos em uma interface virtual baseado na lei de Fitts, a qual apresenta uma relação inversa de aumento na velocidade e diminuição na precisão de movimento. Utilizou-se 4 índices de dificuldade (ID) progressivos: ID1, ID2, ID3 e ID4, cada ID foi realizado por três vezes enquanto o tempo total de movimento (tempo/toques) foi captado. O tempo de movimento foi obtido por meio da divisão entre segundos pré-estabelecidos para a tarefa (10) e o número de toques realizados no alvo. O software que simulou a tarefa foi Fitts Reciprocal Aiming Task v.1.0 (Horizontal). Os resultados apresentam as médias das 3 tentativas em cada ID. Foram avaliadas 17 mulheres e 5 homens, com EM, em Instituição Social Civil, em São Paulo. Resultados: Amostra entre 23 e 60 anos ((x̅=47,05±10,97), sendo 16 pessoas com tipo remitente recorrente, 5 com secundariamente progressiva, e 1 do tipo primariamente progressiva. Com EDSS entre 0 e 3,5 são 13 pessoas com; e 9 com EDSS entre 6 e 6,5. Com relação à tarefa de Fitts, a média do tempo de movimento no ID1 foi de 94ms, no ID2 foi de 159ms, no ID3 de 144ms e no ID4 de 211ms. E com relação à quantidade de toques, a média de toques certos foi de 97,86 ± 32,34 e o total de toques foi 100,81 ± 33,11(média ± desvio padrão), estabelecendo uma relação de 97% de toques certos. Conclusão: Considerando os resultados nas diferentes dificuldades apresentadas, as pessoas com EM aumentaram o tempo de movimento conforme houve o aumento na dificuldade da tarefa, conforme a proposta da Lei de Fitts. Houve, portanto, um maior tempo de movimento quando se exigiu maior precisão de movimento.
CARACTERÍSTICAS GERAIS E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
LARA SODRÉ LÁZARO ALCKMIN – laraalckmin@live.com
THAÍS SOUSA – sousatsousa@gmail.com
LARISSA MOREIRA DIAS – mdiaslari@gmail.com
GUILHERME OLIVEIRA PIEDADE BUSTOS –gui.fraances@hotmail.com
RENATA FURLAN VIEBIG renata.viebig@mackenzie.br
Universidade Presbiteriana Mackenzie – São Paulo, São Paulo – Brasil.
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) pode impactar, de forma negativa, o estado nutricional dos pacientes, piorando a modulação das respostas inflamatórias e sintomas causados pela doença. Objetivos: Avaliar o estado nutricional de pacientes com EM atendidos em uma instituição de apoio. Métodos: Estudo transversal, sobre coleta de dados de pacientes com EM, amos os sexos, frequentadores de uma Instituição Social Civil, em São Paulo. Em entrevistas individuais, foram coletadas informações socioeconômicas e de estilo de vida, o estado nutricional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), sendo os resultados classificados segundo a OMS (1995) para adultos e OPAS (2002) para idosos. Os dados foram analisados por medidas de tendência central e distribuição percentual. O protocolo de aprovação ética da pesquisa é CAAE-50839915.9.0000.0084. Resultados: Foram avaliados 22 pacientes, com idade média de 50 anos (DP=14,31), sendo 27,3% homens. A maior parte dos pacientes eram brancos (68,2%) e tinham Ensino Médio completo (86,4%). O tempo médio de diagnóstico de EM foi de 16 anos. Três pacientes eram fumantes, onze relataram consumir bebidas alcoólicas socialmente e 63,6% faziam atividade física, especialmente pilates. Cerca de 18% dos pacientes eram hipertensos, outros 18% possuíam alterações na tireoide e 13,6% apresentavam bexiga neurogênica. O IMC médio das mulheres foi de 26Kg/m² e dos homens foi de 24,4Kg/m². Nenhum adulto apresentou baixo peso e apenas 1 idoso foi considerado desnutrido. Dentre os adultos, 13,3% tinham sobrepeso e 20% apresentavam-se obesos. Metade dos pacientes idosos (60 anos de idade ou mais) estavam com excesso de peso. Conclusão: Concluiu-se que, aproximadamente, um terço dos pacientes tinham excesso de peso, talvez devido à redução de mobilidade física consequente da EM, o que indica a necessidade de acompanhamento nutricional para evitar a piora dos sintomas.
PALAVRAS CHAVE: Esclerose Múltipla; Estado Nutricional; Excesso de peso.