Mais que tratamento clínico: Um banho de dignidade

Na sexta a noite nos recebemos uma special convidado Jackelin Wertheimer Cavalcante que escreve pela blog Café com Blogueiros. Ela gostou muito do trabalho da ABE e tempo com pacientes. Saiba mais sobre o seu primeiro encontro com EM e sua impressão sobre a ABEM. 

 

 

 

Sexta-feira, 5 de novembro à noite. Ao sair do trabalho, muitos vão para um happy hour no bar, cinema ou jantar em casa com a família. Mas o programa de sexta foi diferente: uma visita à ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla.

 

Pouco conhecida, a esclerose múltipla é uma doença degenerativa, que se manifesta na fase adulta, entre os 20 e 50 anos. Os sintomas são os mais diversos: de visão duplicada e dificuldades motoras à perda de memória. Justamente por este perfil o tratamento precisa ser feito em diversas frentes, com acompanhamento psicológico, neurológico e fisioterapia. Tudo deve ser feito de acordo com a necessidade de cada paciente. A integração de tudo isto é o que determina sua eficácia.

 

E é assim que a ABEM atua: integrando. Ao chegar lá, o paciente é imediatamente encaminhado para uma assistente social, uma neurologista e um psicólogo. É aí que tudo começa…

 

Por preços módicos (entre R$ 18 e R$ 50), os pacientes usufruem de um acompanhamento que, mais que o tratamento de uma enfermidade, busca recuperar a qualidade de vida e a dignidade, inicialmente abaladas.

 

Na ABEM o paciente convive com outras pessoas, aprende coisas novas, compartilha seus conhecimentos com outros, faz tratamentos “físicos, psicológicos e espirituais”. Como? Com aulas de arte, terapia ocupacional, música, yoga, gastronomia, até Wii Fit e no day-spa de sexta-feira!

 

Lá todos se conhecem, trocam experiências e compartilham processos. Tudo com o apoio de profissionais qualificados que os tratam com todo o respeito e carinho, sabendo o nome e um pouco da vida de cada paciente.

 

E como esta instituição sobrevive? Exclusivamente de doações de pessoas físicas. E não é fácil, amiguinhos: com um tema super delicado que passa longe das hypes do momento e ainda mexe com diversos tabus, são poucos os que doam e se engajam na causa.

 

E é por isso que o CCB resolveu ajudar: a ABEM trata com carinho e alegria um grupo de pessoas que, apesar de suas necessidades não contam com apoio nem do Estado e nem da iniciativa privada. Então colaborem: é só 1 kg de alimento não perecível, materiais de limpeza ou higiene. É simples e todo mundo pode.