Seguindo algumas solicitações, tentarei escrever sobre a família e a participação na vida de quebradinhos ou não.
Primeiramente, queria fugir dos clichês do que se escreve sobre família, mas, reparei que é muito difícil. A família é um grupo de pessoas que habitam o mesmo teto; um grupo de pessoas com ancestralidade comum. Ou o que todo mundo fala: “tijolo” da sociedade, essencial na formação do indivíduo, mas além de tudo isso a família clama a dinâmica da vida da pessoa…
Há as famílias tradicionais: mamãe, papai, titia… Há aquelas pouco tradicionais, mas marcadas pelo mesmo amor e compromisso mútuo. Há aquelas em que não há ancestralidade comum, os amigos.
Sabemos, também, que cada família é marcada por sua “loucura” e que mudando de endereço elas também se “parecem”
Deixando as definições e elucubrações a respeito do papel por que a família na vida de um quebradinho é tão importante? Por que na vida de qualquer um ela é importante?
Como já mencionei em textos anteriores, a humanidade se complementa, em sermos integrantes de uma família. Explico-me: a família sente como o quebradinho; revolta, tristeza, incerteza e insegurança com o diagnóstico. Sente sua decepção perante a falha terapêutica, a esperança pelo remédio novo. Mobiliza-se ou não no enfrentamento da doença; acompanha cada consulta médica ou abandona ao bel-prazer ser doente.
Enfim, o fato é ela está implicada e implicante com toda doença.
Mais preocupada ou menos, ela vive a enfermidade aos trancos e barrancos ou com sobriedade.
Se ela é ausente, cabe a nós perdoá-la por ser tão humana. Se ela é presente nos mais diferentes graus, cabe a nós homenageá-la por tanta coragem, por tomar para si a responsabilidade.
Família é família, nem precisa aprovar ou compreender, basta chamá-la de sua. Afinal faz parte de nossa humanidade.