Qualquer que seja o fim, na vida as coisas temporais tem um fim. Podemos gostar ou não, mas elas têm fim. O fim pode ser bom ou ruim, não sei, talvez indiferente.
Quando um acontecimento é desagradável, esperamos que termine logo. Quando estamos ”curtindo”, queremos que não termine jamais.
Vou começar falando da finitude dos recursos da Terra; vivemos exaurindo recursos (água, combustíveis fósseis…). Vivemos como se ela fosse eterna, ou como se cada dia pudéssemos nascer num planeta diferente e cheio de recursos infinitos.
A finitude do amor numa relação; o fim de uma amizade o fim da vida. Estamos exaurindo recursos sempre, esgotando sentimentos e bom senso.
O fim é o esgotamento dos recursos sejam lá quais eles forem: emoções raciocínios, materiais , saúde.
A vida também tem um fim que corresponde ao esgotamento dos recursos utilizados para que a vida continue. Esgotamento físico de músculos, falência de órgãos,
Parar de respirar, cérebro sem atividade tudo que em vida promove a continuidade (respirar, coração bater, cérebro com atividade).
A existência é diferente da vida. Vida é um processo complexo de certa forma de existência. Nossa matéria, o corpo, não vai deixar de existir; ela vai se transformar. Somos feitos de matéria orgânica e ela se transforma . Deixamos de existir?
Nossas ideias vão ser contadas por outrem mas vamos continuar a existir? Não sei, mas acho que sim. Como unidade humana não, mas como parte de um organismo maior; a natureza.
Existir, pelas lembranças que deixarmos, na mente de outras pessoas; nas nossas criações, ou melhor nossas adaptações; assim nossa existência se completará.
Finalizar uma etapa é a transformação em outra. Não há fim. Apenas a nossa reciclagem
In memoriam a dois colegas da Abem que faleceram recentemente.
A vida não cumpre o fim em si mesmo.