Daniele Batista de Sousa; Priscila Da Silva Santos; Beatriz Maciel Sodré; Thais Mira Simandi; Lucas Felipe Ribeiro dos Santos; Ana Maria Canzonieri
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crônica e desmielinizante do sistema nervoso central, em que durante o processo inflamatório suas lesões podem causar alterações funcionais ou incapacitantes, que podem gerar ansiedade e desesperança ao paciente. Objetivo: Avaliar a influência da espiritualidade na qualidade de vida de pacientes com EM. Método: Estudo realizado com 135 pacientes com EM, sendo 25% homens e 75% mulheres, com idades entre 21 e 75 anos, que iniciaram atendimento em Organização Social Civil em São Paulo – Brasil, em 2016, para coleta de dados sobre a espiritualidade, por meio de escala de avaliação especifica. Resultado: A amostra composta predominantemente de 31% de pessoas com mais de 50 anos, 57% com nível superior de escolaridade, tipo de EM predominante é de 73% surto remissão, 41% com pontuação de 0 a 2,5 no EDSS, sendo 26% com mais de 10 anos de diagnóstico. Temos 57% católicos, 20% evangélicos, 15% espíritas e 8% não seguem nenhuma religião. Ao serem questionados se as crenças espirituais/religiosas dão sentido à vida 55% estão plenamente de acordo, quanto a fé e crenças darem forças nos momentos difíceis 61% estão plenamente de acordo, 51% estão plenamente de acordo em ver o futuro com esperança, 31% concordam bastante e 30% concordam um pouco que sua vida mudou para melhor e 70% estão plenamente de acordo que aprenderam a dar valor às pequenas coisas da vida. Conclusão: Constata -se que a maioria dos respondentes tem influências positivas de sua espiritualidade. A predominância é de pacientes que, através de sua fé e crenças, conseguem enfrentar a doença e ver o futuro com esperança, dando valor as pequenas coisas da vida. Um percentual significativo de pessoas concordam pouco que sua vida mudou para melhor após a doença, podendo significar resistência e não aceitação ao adoecimento