DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
Daniele Batista de Sousa; Priscila Da Silva Santos; Beatriz Maciel Sodré; Thais Mira Simandi; Lucas Felipe Ribeiro dos Santos; Ana Maria Canzonieri
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica, degenerativa, inflamatória que causa a desmielinização de fibras nervosas levando a déficits motores, cognitivos e psíquicos, em adulto jovens, predominantemente caucasianos e mulheres. Objetivos: Avaliar os dados sociodemográficos de pacientes com EM. Métodos: Avaliação de amostra de 53 pessoas, sendo 42 mulheres e 11 homens que vieram à primeira vez, em 2016, na Organização Social Civil, em São Paulo, Brasil, de atendimento especializado em reabilitação em EM, por intermédio de instrumento próprio de avaliação sociodemográfica. Resultados: Os dados caracterizam a amostra sendo 66% de pessoas entre 21 a 40 anos, sendo 83% branco, com 68% com curso superior completo, 45% solteiro e 43% casado, sendo que 55% residem com os familiares e 34% com o cônjuge. Atuando profissionalmente são 51%, afastado do trabalho são 15%, desempregado são 22%, aposentado são 8% e do lar 4%. Com renda acima de R$ 2.000 (dois mil reais) são 72%, sendo que 4% vivem de ajuda de familiares por não possuírem renda própria. Acometidos pela doença em até 3 anos são 60%, com o tipo remitente recorrente são 85% e de 0 – 2,5 na pontuação do EDSS são 53%, indicando baixo déficit motor. Em tratamento medicamentoso estão 94% dos pacientes e que não fazem tratamento de reabilitação são 94%. Conclusões: A amostra é caracterizada por pessoas jovens, branca, com nível educacional superior, o que está em concordância com os dados de literatura. Por se tratar do Brasil, a preocupação com a doença reside no fato da amostra ser jovem e gerar custo para o Estado com o tratamento, porém sem atividade produtiva está 49% da amostra, o que pode representar uma das causas de não realização de atividades de reabilitação por 94% dos pacientes.