Convite para Participação na Pesquisa Global da Iniciativa MS

Prezado (a) Paciente, Esperamos que esta mensagem o encontre bem. A ABEM, como membro ativo da Multiple Sclerosis International Federation (MSIF), gostaria de convidá-lo (a) para participar de uma pesquisa global valiosa que visa a compreensão aprofundada dos sintomas e do impacto da Esclerose Múltipla na vida das pessoas afetadas. A pesquisa foi desenvolvida por pessoas com esclerose múltipla de diferentes partes do mundo. E acreditamos que, ao unir nossas vozes e experiências, podemos efetuar mudanças positivas e aprimorar o suporte oferecido às pessoas que convivem com a EM. Detalhes da Pesquisa: Ao participar, você estará contribuindo para a criação de ferramentas mais eficazes na medição do que realmente importa para as pessoas com EM. Os resultados, anonimizados e agregados, serão fundamentais para desenvolver abordagens mais eficazes na pesquisa e na prática clínica. Ao final da pesquisa, será solicitado o seu endereço de e-mail apenas para comunicar os resultados. Ressaltamos que a participação é voluntária, e sua privacidade é garantida pelas leis de proteção de dados. Para participar, clique no link abaixo:https://pt.eu.surveymonkey.com/r/GY328FV Para mais informações sobre a iniciativa PROMS, acesse o site em http://proms-initiative.org/ Dúvidas adicionais podem ser encaminhadas para surveyproms@fismets.it Agradecemos antecipadamente por dedicar um tempo para contribuir com sua valiosa perspectiva. Juntos, podemos fazer a diferença na qualidade de vida das pessoas com esclerose múltipla no Brasil e em todo o mundo. Atenciosamente, Diretoria.ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla

Em tempos de isolamento social

Oi! Meu nome é Valquiria Liz Sganzerla, tenho 63 anos, sou de São Paulo, jornalista aposentada, sou divorciada e tenho uma filha que é linda, por dentro e por fora… Há um ano estou vivendo o isolamento social dentro de casa, sozinha. Dá pra contar nos dedos de uma mão o número de vezes em que eu saí durante essa pandemia, que já causou a morte de mais de 245 mil pessoas, no Brasil, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Compras? Tenho feito tudo pela Internet, inclusive as de supermercado, legumes e frutas. Qualquer coisa que chegue pra mim no prédio onde moro, incluindo correio, é deixada na porta do meu apartamento. Disponho de uma rede de apoio de vizinhos e funcionários que é fantástica, o que me traz muita tranquilidade e segurança. Há três anos eu moro sozinha, o que não é nenhuma  novidade  pra  ninguém. Conheço muitas pessoas  que também moram sozinhas. O que talvez torne essa história um pouco diferente, ou mais instigante, é que sou cadeirante. Em 1993 descobri a esclerose múltipla na minha vida, essa doença neurológica que atinge o sistema nervoso central, impedindo, progressivamente, os movimentos do corpo de quem a desenvolve.  São 28 anos de diagnóstico, mas o primeiro sintoma apareceu mais de quarenta anos atrás, quando eu era uma jovem de 18 anos e fiquei surda do ouvido direito por quatro meses e, depois, parcialmente cega do olho direito por quarenta dias. Como para quase todos os pacientes, até chegar ao diagnóstico foi bastante complicado, até porque naquela época, precisamente 45 anos atrás, acredito que grande parte dos médicos não conhecia esta doença. No finalzinho de 2016, eu escrevi o livro  “Que Falta Faz Um Corrimão”, onde conto toda a minha experiência com a esclerose múltipla, chamando a atenção sobre como senti falta de uma cartilha, tipo Be-a-bá, que pudesse ter me ajudado a lidar melhor com os sintomas e, enfim, com a própria doença. Todos os dias de lançamento do livro, realizados em diversos lugares, e em seguida, as palestras que fiz (a última foi às vésperas da pandemia), foram momentos muito enriquecedores! Desde então houve certa cobrança, a partir de mim mesma, para escrever um novo livro, até mesmo para atualizar a minha história.  Agora que, nesta pandemia, as redes sociais dispararam a velocidade de comunicação entre as pessoas, quis compartilhar como tem sido o meu isolamento social, uma experiência radicalmente nova para todo mundo. Como eu já falei, estou numa cadeira de rodas porque atualmente tenho muita dificuldade para andar. Só saio da cadeira quando eu quero, ou preciso, seja para andar na esteira entre as barras paralelas que instalei na minha sala, ou para fazer transferência para o sofá, para o vaso sanitário, cadeira de banho, para a cama ou para qualquer outro lugar em que eu deseje me acomodar. Para que o ritmo no meu dia a dia fique mais seguro, evitando ao máximo o risco de uma queda, eu preferi ficar na cadeira de rodas quase o tempo todo e desse jeito tocar a vida. Sendo assim, entendo que as pessoas se surpreendam e até se preocupem comigo, sobretudo quando descobrem que eu moro sozinha. Até quem me ajudava com faxina e com a comida está também em isolamento e não vem mais à minha casa. Eu tenho passado esta pandemia sozinha, exceto por um período de quase um mês e meio, quando tive uma queda e a minha filha e sua mulher tiveram que acampar aqui em casa para me ajudar. Estou sozinha mesmo, mas tudo bem! Isso não é um problema pra mim, já estou acostumada. Aliás, eu fiz a escolha de tomar as minhas decisões sozinha quando deixei um casamento de 35 anos para trás, mas essa pode ser uma história para outra conversa… Eu quis dar este depoimento pra mostrar para o mundo que sim, é possível para qualquer pessoa maximizar a  condução da sua própria vida, mesmo que ela seja cadeirante e tenha que enfrentar mais dificuldades no seu dia a dia do que as pessoas que não tem uma deficiência física. Por uma razão ou por outra todo mundo passa por dificuldades. Mesmo que não seja nada agradável lidar com elas, sobretudo sozinha, a gente precisa acreditar que pode ser possível para qualquer um se sair bem, resolver os seus problemas e ser feliz. Já vi na Internet histórias de pessoas cuja condição física é muitíssimo mais frágil do que a minha e isso não é empecilho para elas darem conta do recado. Quero chamar atenção então, para os prós e os contras dessa situação. Para começar, um ponto que pra mim é positivo é que faço tudo do jeito que eu quero, na hora em que eu quero e como eu gosto ou posso, e não tem ninguém para contestar. Por outro lado, se eu quiser tomar café pela manhã, logo depois de acordar, sou eu que tenho que ir pra cozinha fazer. Quando estou com fome, sou eu que tenho que providenciar o que vou comer. Agora uma coisa que é bem chata e incômoda: quando eu faço sujeira derrubando coisas no chão, a minha reação é imediata, em alto e bom som: “você que vai ter que limpar”. Sou mestra em derrubar coisas no chão, de tampinha de garrafa pet a papel, caneta, lixa de unha, tampa de panela, laranja, maçã,  e por aí vai. É, tem os momentos mais delicados… Eu preciso focar o tempo todo no que estou segurando. Haja terapia ocupacional pra ajudar a compensar a minha falta de tato fino… Outra coisa que também é muito complicada: a hora da faxina. Acho que é fácil para todo mundo imaginar como é limpar o chão com pano úmido de detergente ou desinfetante, não? E manobrar uma cadeira de rodas ao mesmo tempo, também é? Eu costumo dizer que ninguém tem noção do trabalho que isso dá e nem de como é exaustivo limpar as marcas do pneu molhado que ficam estampadas no … Ler mais

UM MÊS PARA FALAR SOBRE AS DOENÇAS RARAS

Dia 28 de fevereiro marca o Dia Mundial das Doenças Raras e sabe-se que viver com uma doença rara no Brasil é viver rompendo barreiras, onde, a principal delas, é vencer o desconhecido e obter o diagnóstico correto da doença. Abordamos este tema durante o mês de fevereiro como um apelo para pensarmos o que cada um de nós pode fazer individualmente para contribuir com a causa. Melhorar as condições de qualidade de vida dos acometidos por doenças raras não está apenas nas mãos dos governos e centros de saúde. Eu e você podemos fazer a nossa parte. É simples: basta ter empatia e solidariedade. Busque entender onde a sua contribuição pode fazer a diferença. Ainda que a rotina e os caminhos mudem após o diagnóstico de uma doença rara, é com a vida que estamos lidando. E ela é muita rara. Mas, você sabe exatamente o que são as doenças raras? São definidas pelo número reduzido de pessoas acometidas: 65 indivíduos a cada 100.000 pessoas. O que precisamos entender é que são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de enfermidade. Existem cerca de 7 mil doenças raras e 13 milhões de brasileiros vivem com essas enfermidades; infelizmente, para 95% não há tratamento. Mas, queremos alertar que existem inúmeras histórias de superação, de esperança, de resiliência. Relatos emocionantes que nos ajudam a olhar a vida por outro ângulo. A maioria dessas doenças não tem cura, exigindo que pacientes e familiares aprendam a se adaptar. Como são caracterizadas? Por uma grande diversidade de sinais e sintomas que variam de doença para doença e de pessoa para pessoa. Os sintomas iniciais podem ser similar aos de outras doenças, dificultando o diagnóstico. A importância em termos do Dia Mundial das Doenças raras é justamente para alertar a sociedade e o poder público para que saibam da existência dessas doenças, de origem genética na sua maioria. 10 tópicos sobre as Doenças Raras • São mais de seis mil tipos de Doenças Raras. • Doença rara é aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil. • No mundo, são cerca de 300 milhões de pessoas com alguma Doença Rara e no Brasil são 13 milhões. • Cerca de 80% das Doenças Raras têm origem genética. • Existe uma Portaria, de 2014, que Institui a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. • No Brasil existem 240 Serviços que oferecem atendimento, diagnóstico e assistência a pessoas com Doenças Raras. • 75% das Doenças Raras afetam as crianças. • A maioria não tem cura, mas há medicamentos para tratar os sintomas. • As doenças raras são crônicas, podendo ser progressivas e incapacitantes e também levar à morte, afetando a qualidade de vida das pessoas e de suas famílias. • Cerca de 20% das Doenças Raras advêm de causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras.

Vacinas de mRNA COVID-19 (Pfizer-BioNTech e Moderna) e EM

Vacinas de mRNA COVID-19 (Pfizer-BioNTech e Moderna) e EM Nossas orientações atualmente referem-se apenas às vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech e Moderna), uma vez que estas foram avaliadas por nossos especialistas clínicos e científicos. Sabemos que outras vacinas para o COVID-19 estão em uso em diferentes países, e nosso objetivo é atualizar nossas recomendações para cobrir essas vacinas o mais rápido possível. As vacinas de mRNA funcionam usando parte do código genético do coronavírus para solicitar uma resposta do sistema imunológico humano, que por sua vez irá gerar uma resposta humana para produzir anticorpos e células T (uma população especial de células brancas do sangue) para lutar contra o vírus. Todos os dados relativos a essas vacinas de mRNA COVID-19 vêm de ensaios clínicos, que foram cuidadosa e exaustivamente revisados ​​e, em seguida, aprovados pelas autoridades regulatórias. Não sabemos quantas pessoas nos ensaios clínicos de vacinas de mRNA tinham EM, portanto, os dados sobre a segurança e eficácia das vacinas de mRNA COVID-19 especificamente para pessoas com EM ainda não estão disponíveis. Nossa orientação é, portanto, baseada em dados da população em geral nos ensaios clínicos de vacinas e orientada pela experiência anterior com relação à vacinação de pessoas com EM. Atualizaremos nossas orientações à medida que mais dados surgirem. Pessoas com EM devem receber uma vacina COVID-19 A ciência nos mostrou que as vacinas de mRNA COVID-19 (Pfizer-BioNTech e Moderna) são seguras e eficazes. Como outras decisões médicas, a decisão de obter uma vacina é melhor tomada em parceria com o seu profissional de saúde. Você deve tomar a vacina de mRNA (Pfizer-BioNTech ou Moderna) se é assim que ela estiver disponível para você. Os riscos da doença COVID-19 superam quaisquer riscos potenciais da vacina. Além disso, membros da mesma família e contatos próximos também devem receber uma vacina de mRNA (Pfizer-BioNTech ou Moderna), quando disponível, para diminuir o impacto do vírus. As vacinas Pfizer-BioNTech e Moderna COVID-19 requerem duas doses. Você precisa de ambas as doses para que seja totalmente eficaz. Você deve seguir as diretrizes locais, regionais e nacionais sobre o momento da segunda dose. Se você tomou COVID-19 e se recuperou, você também deve tomar a vacina, uma vez que não parece que uma infecção anterior protege indefinidamente contra infecções futuras por COVID-19. Observe que após a vacinação completa (ambas as doses), pode levar até três semanas para atingir a imunidade máxima. Não sabemos por quanto tempo uma pessoa vacinada fica protegida de COVID-19, embora os dados de ensaios clínicos indicam que a proteção é muito alta (ou seja, as pessoas vacinadas têm um risco muito baixo, menos de 5%, de apresentar sintomas de COVID-19 se expostas ao vírus) por pelo menos vários meses. Doses repetidas das vacinas COVID-19 podem ser necessárias nos anos futuros. Pessoas com EM progressiva, aqueles que são mais velhos, aqueles que têm um nível mais alto de deficiência física (por exemplo, distância curta), aqueles com certas condições médicas (por exemplo, diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardíacas e pulmonares) e pessoas negras com EM e possivelmente pessoas do Sul da Ásia com EM, estão entre os grupos com maior risco de hospitalização devido ao COVID-19. As vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech e Moderna) são seguras para pessoas com EM As vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech e Moderna) não contêm vírus vivo e não causaram a doença COVID-19. As vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech e Moderna) provavelmente não desencadearam uma recaída de EM ou vai agravar seus sintomas crônicos de EM. O risco de contrair COVID-19 supera em muito qualquer risco de recidiva de EM com a vacina. As vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech e Moderna) podem causar efeitos colaterais, incluindo febre ou fadiga. A febre pode piorar temporariamente os sintomas da EM, mas eles devem retornar aos níveis anteriores depois que a febre passar. Mesmo se você tiver efeitos colaterais com a primeira dose, é importante receber a segunda dose da vacina para que ela seja totalmente eficaz. As vacinas de mRNA COVID-19 (Pfizer-BioNTech e Moderna) são seguras para uso com medicamentos de MS Continue a sua terapia modificadora da doença (Tratamento), a menos que seja aconselhado pelo seu profissional de saúde de EM para interrompê-la ou adiá-la. A interrupção abrupta de alguns tratamentos podem causar grave agravamento da doença. Com base em dados de estudos anteriores de outras vacinas e tratamentos, é seguro obter as vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech ou Moderna) durante o uso de qualquer tratamento. Alguns tratamentos podem tornar a vacina menos eficaz, mas ainda assim fornecerá alguma proteção. Para aqueles que estão tomando ofatumumabe, alemtuzumabe, cladribina, ocrelizumabe ou rituximabe – pode ser necessário coordenar o momento da sua vacina com o momento da sua dose do medicamento. Trabalhe com o seu profissional de saúde MS para determinar o melhor horário para você. Todos nós temos a responsabilidade pessoal de retardar a propagação da pandemia e eliminar o vírus o mais rápido possível As autorizações de vacinas seguras e eficazes para COVID-19 nos colocam um passo mais perto de eliminar esta pandemia. Em áreas onde há transmissão local contínua de COVID-19, além de ser vacinado, você deve consultar as diretrizes locais sobre estratégias de mitigação da transmissão, que provavelmente incluem o uso de máscara facial, distanciamento social e lavagem das mãos. The coronavirus and MS – updated global advice | MS International Federation (msif.org)

I Simpósio Internacional de Neurologia Einstein na Velocidade da Luz

Nos dias 1 e 2 de Dezembro, acontecerá o I Simpósio Internacional de Neurologia Einstein na Velocidade da Luz que será um evento clássico organizado por neurologistas do Hospital Israelita Albert Einstein realizando uma revisão rápida e prática das principais inovações ocorridas ao longo do ano. Não há dúvidas que o ano de 2020 foi um ano desafiador para todos, mas que trouxe uma série de resultados importantes que mudaram a prática clínica da neurologia seja em consultório ou dentro do hospital. Não deixe de participar desse tradicional evento, agora em novo formato, mas ainda na velocidade da luz para que você permaneça atualizado! Faça sua inscrição através do link do evento: ensino.einstein.br/eventos/neurologia