A importância da Associação

De acordo com com o código civil as associações podem ser definidas como a união de pessoas quese organizam para fins não econômicos. Desta forma, as associações constituem um agrupamento depessoas, com uma finalidade comum que perseguem a defesa de determinados interesses, sem ter olucro como objetivo.A partir da existência de uma associação, há a possibilidade de encontrar algum tema do qual façasentido para você, uma luta e a partir dessa luta, trabalhar em um processo de reconhecimento emvocê e em pessoas que não fazem ideia das profundezas desse tema.Além de cada luta individual, a associação se coloca em um lugar de compreensão de necessidadesdaquele determinado tema, podemos pensar em alguns desses pontos, como: a troca de ideias eexperiências entre as pessoas que frequentam, visitam ou estabelecem vínculos com a associação,através dessas pessoas adquirir visibilidade da própria instituição para doações – e aí podemoscompreender a doação de inúmeras formas, pessoas que se identificam com a causa e doam seutempo, seu dinheiro, seu conhecimento, seu profissionalismo, sua boa energia, seu cuidado e assimpor diante. Há a troca de informações de qualidade, onde existem profissionais qualificados paraorientações técnicas. Permite inserir uma nova perspectiva de pessoas que levam a vida com asmesmas questões ou questões similares, permite a compreensão de sintomas e diferentesferramentas para lidar com os sintomas em comum. As conquistas serão compartilhadas em grupo,assim como as dificuldades.As associações de maneira geral se mantêm atualizadas em relação aos tratamentos e terapiascomplementares. Podemos pensar assim que temos um caminho disponível e acessível para noscuidarmos da melhor maneira. Pensando por um lado muito mais reflexivo, vamos pensar em alguémque um dia passou por alguma questão da qual nos identificamos, essa pessoa teve a ideia de contara história dela, se conectar com mais pessoas que se identificam com a causa, compartilhar histórias,evoluções, tratamentos, dificuldades e facilidades para que você se cuide muito melhor e talvez semas mesmas dificuldades para encontrar essas informações. Não é genial?Enquanto instituição, podemos pensar também que a ideia muitas vezes é levar a experiência daassociação para outras regiões. Desenvolver ações que visam o direito à vida. Ao mesmo tempo,possibilitar a identificação dos indivíduos entre si para maior interação na busca de informações,desenvolvendo ações solidárias a partir da realidade que é vivida. Gerando assim, maior confiabilidadee sustentabilidade aos projetos desenvolvidos.As associações desempenham vários papéis, essenciais para as pessoas, pacientes e seus familiares.Não é estranho sofrer por algum acontecimento ou por alguma doença, isso pode acontecer comqualquer pessoa. Quando isso acontece, a pessoa se depara com diversas situações e é aí que aassociação desempenha um papel importante.

Somos seres sociais?

Estamos vivenciando uma fase muito difícil e aparentemente interminável de isolamento social causada pela Covid-19, motivo de diversas reflexões sobre a socialização e consequentemente sobre nós mesmos: Por que sentimos falta da socialização? Por que precisamos estar em contato com outras pessoas? Somos seres sociais?Estas perguntas tem sido discutidas por diferentes pensadores ao longo da história da humanidade, desde Aristóteles, o qual descrevia o homem como um animal social, passando por inúmeras personalidades tais como Conte, Marx, Engels, Hobbes, Vygotsky, entre outros. No entanto, não estamos aqui para ponderar sobre teorias, mas para fazer uma breve reflexão sobre os sentimentos que nos envolvem neste momento.Desde o início deste isolamento, temos observado a forte necessidade de estar em contato com outras pessoas. Este fato é recorrente nos relatos não só dos pacientes da ABEM, mas da grande maioria das pessoas que conhecemos ou que têm se expressado nos canais de comunicação. Estudos indicam, neste período, um aumento de vários distúrbios mentais, tais como depressão e ansiedade. Dependendo de cada situação ou de aspectos da personalidade, alguns têm conseguido se adaptar melhor do que outros. A insatisfação altamente declarada, escancara o quanto não podemos ficar isolados.Os encontros e atendimentos on-line por videochamada surgiram como uma saída para esta dura situação. Imaginem quando há poucos anos nem se podia pensar no uso deste recurso de forma abrangente? Obviamente, é impossível darmos um abraço real pelas ondas da internet, mas podemos sim estabelecer uma relação, principalmente se já houver um vínculo, seja pessoal ou profissional. Embora haja limitações, é possível interagir, trocar ideias, olhares e sentimentos.Quando tudo isso passar, não podemos nos esquecer do que estamos vivendo. A importância da nossa conexão com as pessoas não pode ser banalizada. Quando tudo isso passar, que todas estas perguntas e reflexões permaneçam e sejam expressadas em ações. Não quisemos discutir aqui sobre sermos seres sociais ou não. Sentimo-nos à vontade, porém, de afirmar que precisamos estar em contato com o outro, que gostamos de conversar, dar risadas, se emocionar e abraçar, pois neste momento acontece a magia do encontro, inexplicável, inexorável e necessário; é quando nos reconhecemos simplesmente como seres humanos! Equipe de Psicologia da Abem

Espiritualidade

Em tempos de pandemia a ação mais comum e que mais vem trazendo angústia nas pessoas é o isolamento social. Porém, esse momento tem se mostrado propício ao exercício da reflexão e maior contato com o nosso eu interior. Nunca se foi tão falado em saúde mental como hoje em dia, pois se vê necessária cada vez mais sua necessidade, e a espiritualidade é um de seus principais pilares.                Na vida passamos por diversas surpresas, sejam tombos, encontros, alegrias ou tristezas. Quando são surpresas cotidianas até temos estrutura para lidar com elas, porém quando se passa por uma dificuldade maior, a fé se torna um dos recursos mais importantes para o nosso bem-estar. Um exemplo comum é quando se fala em vida após a morte. É muito mais angustiante pensarmos que após o falecer iremos nos deparar com o nada. Mesmo sem provas ou relatos, as pessoas acreditam que a vida não acaba na morte, que há algo além disso, pois traz a elas segurança e maior aceitação ao momento em que tiverem de partir. Esse é o poder da fé, o poder de acreditar que nossa situação será melhor do que pensamos, que há esperança no fim do túnel, mesmo que isso seja incerto. A fé traz segurança. Exemplos de situações que causam insegurança são a pandemia, a qual não se tem previsão de quando acabará, e a Esclerose Múltipla. No caso da Esclerose Múltipla é comum os portadores se sentirem inseguros ou com medo, pois é um diagnóstico crônico que acaba surgindo de surpresa. Muitos acreditam que chegaram no fim do túnel, ficam pessimistas, angustiados ou ansiosos. Dessa forma é difícil para o portador aceitar o fato de que agora deverá buscar mais qualidade de vida. Porém com a fé é possível ver esperança de que sua situação atual poderá melhorar, o que facilita a adesão do mesmo ao tratamento. Além do poder de acreditar e de nos trazer mais segurança, a fé tem o caráter de autoconhecimento. Se pararmos para analisar, cada pessoa tem sua própria visão, religião, deuses e crenças. Para uns Deus é um amigo, para outros é um pai. Isso mostra que quando olhamos para a nossa espiritualidade, olhamos para nós mesmos, pois é através de nossa interpretação e nossos ideais que construímos esse pilar tão importante para o nosso bem-estar. Assim quando entramos em contato com Deus, entramos em contato com o nosso próprio eu interno. Dessa forma, em um momento de tantas incertezas e dúvidas, a espiritualidade tem se mostrado um dos fatores mais importantes para que mantenhamos nossa estrutura perante as mais diversas situações que a vida nos traz. Equipe de Psicologia da Abem

Dia do Meio Ambiente

🌎 Esta data foi instituída em 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. O tema de 2021 é Restauração de Ecossistemas e o Paquistão será o anfitrião global. 🌇 Sabemos que existem correlações entre a incidência da EM e a exposição a fatores ambientais tais como histórico imunológico individual, incidência solar, poluição, temperatura e variações geográficas/climáticas. 👉🏽 Aqui é importante esclarecer que nenhum destes fatores é considerado decisivo ou mesmo causal para a ocorrência da EM. O surgimento da doença é o resultado de uma ação combinada entre fatores genéticos e ambientais. Com carinho,Equipe de Psicologia da ABEM.

Mecanismos de defesa

Mas afinal, o que é um mecanismo? De forma geral, um mecanismo abrange a definição de funcionamento, de modo a fazer com que algo funcione, figurativamente entendido como raciocínio e linguagem. Freud, por sua vez, entende os mecanismos de defesa como meios que seu inconsciente usa para mascarar a realidade, ou seja, são mecanismos usados para aliviar alguma dor ou uma forma de proteção em relação a alguma ameaça. Usamos vários desses mecanismos em diferentes situações e períodos de nossas vidas, para a Psicanálise, podemos considerar 7 mecanismos; Recalcamento ou Repressão, negação, regressão, deslocamento, proteção, isolamento e sublimação. O nosso foco será um único mecanismo, a negação. Para entendermos um pouco mais desse conceito, vamos pensar em algumas dessas seguintes situações; As pessoas são culpadas pelo seu problema? Você está sempre certo? As pessoas conspiram contra você? Tudo poderia ser diferente e eu penso em como poderia ser diferente? A situação não é tão ruim quanto os outros dizem? Nunca pensa nas consequências de seus atos? Vamos pensar agora, em um exemplo onde já passamos por uma situação muito difícil e dolorosa, para quantas dessas perguntas respondemos sim? Num primeiro momento é totalmente normal e compreensível usarmos o mecanismo de defesa da negação ao receber uma notícia desagradável, mas logo na sequência, devemos ser capazes de reconhecer a situação e lidar com ela. A fase da negação é comum no período da descoberta de uma doença crônica, pode aparecer e demonstra dificuldade de encarar a realidade, pode surgir diante de um diagnóstico inesperado e chocante. Consiste em negar uma dor, um desprazer ou algum risco (negar a doença ou coisas relacionadas aquela doença). Quando uma pessoa nega aquilo que está acontecendo, o pensamento sobre a situação é substituído por alguma fantasia, para que seja possível lidar com o problema. Leva-se um tempo para entrar em contato com o sofrimento. O problema é quando a pessoa se fixa na fantasia e não volta para a realidade, assim, age de maneira completamente disfuncional e negligente. Pode-se dizer que na negação existe uma dificuldade de lidar com a ambivalência. Ou é uma coisa, ou outra. Ou é bom, ou ruim. E isso nos faz evitar olhar e enxergar uma parte da situação, que é a parte que deixamos negada. A Negação é uma consequência natural de algo que nos dói muito. É muito comum que ao receber um diagnóstico, em algum momento existam muitos medos, muitos receios e dificuldade no processo de aceitação. A única certeza é a de que passaremos por essa fase em algum momento de nossas vidas. Entretanto, precisamos ter em mente que ao entrar em contato com o sofrimento, nos permitimos entender o que está acontecendo, cuidar de nós mesmos da melhor maneira, assim como lidar com as dificuldades. O contrário disso muitas vezes implica em mentir para nós mesmos

A Energia do Feminino

Iniciamos o mês de março e iremos completar neste mês um ano da pandemia COVID-19 e seus desdobramentos no Brasil. Inclusive os casos de violência doméstica contra a mulher cresceram muito no país durante a pandemia. No terceiro mês do ano temos algumas datas comemorativas e hoje queremos focar do dia 08 de março. Em 1975 esta data foi instituída como o Dia Internacional da Mulher pela ONU (Organização das Nações Unidas) e atualmente a mesma é comemorada em mais de 100 países. As origens da data são controversas e deixaremos este ponto para as historiadoras de plantão. No entanto a finalidade de cunhar uma data é ampla e, neste caso, envolve: Chamar a atenção para a luta por direitos trabalhistas, igualdade; Relembrar as conquistas econômicas, históricas, políticas e sociais; Ter uma data para ampliar, discutir, debater o tema, podendo desta maneira avaliar os avanços e retrocessos ao longo da história da humanidade; Consideramos relevante mencionar aqui a Lei Federal Número 11.340, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha que foi sancionada em 2006 com o objetivo de criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e também prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher. No dia 08 temos o nascimento também de algumas figuras públicas que fazem parte da história do nosso país, são elas Maria Bonita, Hebe Camargo, Letícia Sabatella entre outras. Queremos também lembrar de Ana Maria Almeida Amarante Levy, uma mulher com um grande coração, que ajudou a fundar e dedicou-se por muitos anos à ABEM com o intuito de proporcionar o “bem” (sic) às pessoas com esclerose múltipla. Em 2021 sentimos a necessidade de exaltar e enaltecer todas as mulheres pela importância e relevância na sociedade. Principalmente as mulheres que lutaram e lutam pelo progresso científico, as mulheres que trabalham na linha de frente desta pandemia.  Historicamente a mulher já ocupa este lugar do cuidado, porém a ideia é que elas ocupem também todos os outros lugares que desejarem. Telefones e referências que podem ser úteis: Ligue 180 – A Central de Atendimento à Mulher é um serviço criado para o combate à violência contra a mulher e oferece três tipos de atendimento: registros de denúncias, orientações para vítimas de violência e informações sobre leis e campanhas. https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-somos.html. Acesso em 25 fev. 2021; CDCM – Centro de Defesa e de Convivência da Mulher que possui como objetivo: Acolher as mulheres em situação de violência, oferecendo atendimento psicossocial, orientações e encaminhamento jurídico necessários à superação da situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate de sua cidadania. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/protecao_social_especial/index.php?p=28935. Acesso em 25 fev. 2021; CRMs – Centros de Referência da Mulher.  Os Centros de Atendimento para Mulheres Vítimas de Violência são unidades voltadas para a mulher em situação de violência doméstica e familiar. O objetivo é oferecer suporte para as mulheres que sofreram agressões, como também disponibilizar orientações jurídicas para futuras ações legais. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/mulheres/centros_de_atendimento/index.php?p=144279. Acesso em 25 fev. 2021. Equipe de Psicologia da Abem