Simplesmente Gu

Lembrei da minha infância, da minha segunda mãe, a Gu. Ela chamava-se Agostinha, mas quando essa que escreve , estava dando apelido a todas pessoas, ela virou Gu. Religiosa ao extremo trabalhava cantarolando hinos religiosos e, embora., não fossemos da mesma religião, seu caráter muito correto é bondoso formou o meu. Ela limpava a casa, mas, sobretudo cuidava da gente. Dava banho, fazia o almoço e as nossas “maria chiquinhas.” Esperava com a gente na frente de casa o transporte para a escola. Quando nas férias, a gente tomava banho de mangueira, enquanto ela lavava o quintal; como não tínhamos permissão para esse banho de meus país, era nosso segredo, éramos cúmplices. Era quieta, mas se perguntada, engatava conversa como uma boa mineira contando um caso. Chegou migrante das Minas Gerais, ainda bem jovem, com uma mão na frente e outra atrás; minha avó a acolheu e ajudou-a tornar-se adulta. Quando minha avó morreu, veio como herança bendita para minha mãe e herdou quatro crianças para tomar conta. Quebrava a cabeça para bolar nosso lanche da tarde: pão na chapa com manteiga, achocolatado com leite no liquidificador e creme de abacate. Socorreu uma cabeça cortada, um pedaço de orelha comida pelo cachorro, febres, resfriados, dores de garganta, cortes, joelhos esfolados e manhãs. Sim, muitas manhãs, minha mãe trabalhava fora, todos os dias, durante todo o dia; a gente queria minha mãe que tinha que trabalhar para ajudar a sustentar quatro boquinhas em crescimento, sobrava a Gu nos acalentar. Sempre endividada, com quatro filhos seus para criar, minha mãe sempre a ajudou como podia e ela ajudava minha mãe. Um dia, meu pai (ele e ela que não travavam muita conversa, porque acho que o santo não batia)  deu uma bíblia a ela. Ela não entendeu nada, mas ficou feliz. A gente cresceu, a Gu envelheceu e adoeceu. Um dia ela se foi. Hoje preciso de uma Gu, não só eu, minha mãe e irmas. A cuidadora Gu, amiga e sempre de bom humor. Simplesmente a Gu.     Faça uma homenagem a todas cuidadoras e cuidadores, de crianças pequenas e grandes como nós, quebradinhos.

NORMAL?!

Quem já não ouviu a frase: “de perto ninguém é normal”. Confesso que quanto mais o tempo passa, concordo com essa afirmativa. Se ninguém é “normal” consequentemente ninguém é “igual”. É todos somos diferentes, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. O bicho homem vive em sociedade, está se relacionando o tempo todo com os outros, e isso ocorre cada vez mais e mais. Os meios de comunicação estão cada vez mais diversificados e conseguem fazer com que as pessoas estejam em contato umas com as outras o tempo todo, no mundo inteiro. Parece loucura, mas é a pura realidade. O Grande desafio consiste em como estar em sociedade e comunicar-se o tempo todo com todos e não ocorrerem conflitos? Se cada um é de um jeito, pensa e age de um jeito, como conseguir harmonizar tantas ideias e tantas pessoas e grupos ao mesmo tempo. Ainda não alcançamos esse estágio… Por tudo que sabemos e vemos as diferenças muitas vezes falam mais alto e causando guerras, confrontos e desavenças. Pensemos um pouco: o que significa ser diferente? Ser e agir cada qual no seu cada qual? Creio que isso significa que somos únicos, singulares e que cada um tem sua importância e papel nessa loucura que chamamos de vida. Somos todos diferentes, enfermos ou saudáveis cada um tem sua opinião, seu lugar e seu espaço. Ter a consciência disso me fortifica, pois apesar de ter esclerose múltipla, sei que posso e tenho vez e voz. Já falei sobre isso algumas vezes, mas não canso de repetir: quero ser protagonista da minha vida e de alguma forma ocupar meu espaço na sociedade, no mundo. Algumas vezes as forças faltam, some a disposição, a dor toma conta do corpo, aí é preciso ter paciência e sabedoria para reperá-las e sentir-se bem novamente. A esclerose múltipla têm sintomas flutuantes, que vão e vem, isso resulta em constantes mudanças nesses pacientes, como eu. Não quero tapar o sol com a peneira e dizer que tudo é sempre lindo e perfeito, mas quero entender que todos somos diferentes, eu sou diferente, e então conseguir lidar com toda essa diversidade. Acredito que o mais importante é tentar entender toda essa loucura para conseguirmos seguir sempre em frente, caminhando, aprendendo, vivendo… Mas aí penso como entender tudo e todos se fomos e agimos sempre diferentemente. Talvez a palavra chave seja: RESPEITO. Com doença ou sem doença, todos somos diferentes. Normal é ser diferente, eis a regra. Então, não vamos nos esconder ou negar que temos uma patologia e por isso somos inferiores. Apenas somos diferentes, como todo mundo. Saber, falar e viver com esclerose múltipla não é fácil, sei bem disso, mas quando penso na diversidade que existe no mundo e nos problemas e questões que vêm com elas, consigo até ser mais resignada. Resignação não quer dizer conformismo ou inércia, apenas quer dizer: tudo bem sei que sou diferente e muitas vezes o caminho que preciso percorrer é diferente do da maioria das pessoas. Somos diferentes, somos NORMAIS.

O valor de pequenas coisas

Pentear meu  cabelo; besteira. Por opção (sou um ser descabelado) ou por incapacidade. Mas, só será possível se você puder combinar habilidades símias de coordenação e força; só será possível se ainda existirem cabelos… Tomar banho: uma luta, há que tirar a roupa, tarefa ingrata, caminhar ao chuveiro, regular água e temperatura. Sentar (antes eu não tomava banho sentada), passar shampoo, quando a tampa do vasilhame não briga com você , esfregar a cabeça, pegar o sabonete (se ele não escorregar para debaixo do banco e você conseguir pegá-lo). Tentar lavar os dedos dos pés, o corpo, as orelhas, os detalhes das orelhas sujas. Termino enfim, agora enxugar o corpo. Ai que cansaço; e a gente achava que era besteira, prazer ou obrigação. Comer em cinco minutos cada garfada  é um sucesso.  Nem para apreciar o sabor da comida; mastigar. Cada coisa boba você fala. Uma amiga falou em maquiagem. O que quero dizer: é que basta não conseguir fazer, não poder fazer. Falar e pronunciar as palavras claramente; tomar fôlego é tão básico, tão simples. E eu não dava valor às pequenas coisas que fazia. Havia dores de outrem porque para mim era fácil. Tirava “com o pé nas costas” a maioria das coisas; o desprezo continuava. E o mundo foi girando nas patas do meu cavalo… O valor mudou. Coisas pequenas se tornaram grandes desafios e conquistas. Por isso amigo (a) a vida é relativa, o que desejamos se torna dinâmico, o ideal é só um desejo ou sonho. Antes que eu me perca em elucubrações transcendentais, gostaria de deixar algumas palavras ao cientista e ser humano Stephen Hawking, físico, cujas teorias não entendo muito, mas me esforço para entender. Queria homenagear todos cientistas  que conseguem partilhar conosco pobres mortais sua dedicação e também gostaria de dizer que as palavras não são minhas, foi um trecho que achei belo e transcrevi mais  abaixo. Três anos de vida eram o prognóstico para Hawking, trabalhou 30 anos como catedrático da Universidade de Cambridge, é comparado a Einstein e Newton, como personalidade da ciência. -Você acha pouco, quer mais? Amigo (a) arregace as mangas, o nosso obstáculo é a mente não o corpo. Paradoxo Hawking “Eis o paradoxo Hawking: a ciência em sua realização mais estratosférica que contrariando os prognósticos, soube retornar ao chão da humanidade para com ela compartilhar as belezas intrigantes que o pensamento produz.” O paradoxo Hawking- editorial Folha de São Paulo  – 16/03/2018 Pense no valor das coisas pequenas que você faz….

Meio cheio ou meio vazio?

Um copo com água pela metade está meio cheio ou meio vazio? Como vemos os acontecimentos, os problemas e os contra tempos que a vida nos apresenta. Eu prefiro pensar que o copo está sempre meio cheio, que com mais de esforço, perseverança e água ele estará cheio, quem sabe até transbordará. Os problemas existem para serem resolvidos. Existem coisas que não podem ser mudadas por nós então o que fazer? Talvez tentar um caminho diferente, passando ao lado daquela situação, ou escolher outra estrada mesmo. Recalcular a rota para alcançar o resultado pretendido. Paciência, tolerância e resiliência são essenciais nesses momentos. Temos limitações e dificuldades físicas, mas em compensação temos inteligência e imaginação (copo meio cheio). Com um pouco de planejamento e força de vontade podemos alcançar nossos objetivos. Por vezes tenho muitos lugares para ir no mesmo dia, não posso dirigir, portanto, dependo do transporte público, e aí o que fazer? Penso em tudo o que preciso fazer e onde preciso ir, coloco numa lista as prioridades e começo por elas. Hoje faço uma coisa, amanhã farei outra, assim ao final da semana terei alcançado meus objetivos. Pensar e planejar, dividir não é sinal de fraqueza ou de falta de vontade, motivação, é sim uma prova de inteligência e imaginação. Os problemas físicos que enfrentamos são reais, mas não colocam um ponto final em nossas vidas. Vamos rever e refazer nosso caminho com atenção. O poeta já disse: “tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Basta repensar, refazer o caminho, para alcançar o que queremos. Quando temos, ou estamos com alguma limitação precisamos pensar “fora da caixinha”, só assim conseguiremos executar as tarefas ou fazer aquilo que desejamos. Mais uma vez: o copo está meio cheio, falta pouco para enchê-lo, pode demorar um pouco mais, posso ter de pegar um caminho que seja mais longo, mas conseguirei, sou capaz. A vida pode apresentar dificuldades e obstáculos que parecem intransponíveis, mas se pensarmos melhor, refazermos nosso planejamento, refazermos a rota, chegaremos lá. É preciso coragem para enfrentar os problemas e reconhecer nossas limitações, mas não vamos perder de vista as possibilidades que temos, usando a inteligência e a imaginação. Então o que temos para hoje? Um copo meio cheio de água, esperanças, projetos, desejos… E tudo o que quisermos! Tudo é possível!!! Copo sempre meio cheio, é claro.

Duas considerações

Consideração um -projeto conscientizaCAO Minha amiga tem um projeto de conscientizaCAO. Assim mesmo, com letra maiúscula mesmo , de CÃO. Vou detalhar depois a essência dele. A ideia é mais profunda mesmo. Não adianta sentir pena dos pobres animais, dizer que ama de paixão, que simpatiza. É preciso conhecer para abraçar uma causa. Fiquei pensando, por que o nome conscientizaCAO? Por que projeto? Projeto porque penso sempre em construção, sempre em aperfeiçoamento, porque se têm planos e diretivas para ele. Conscientização  é o ato de tornar consciente, ou seja, informar alguém ou receber uma informação a respeito de determinado assunto, por exemplo. A conscientização consiste na ação de tomar conhecimento de algo, sendo que a partir de então, hábitos e atitudes poderão ser alterados para que possam se ajustar à nova realidade conhecida. Entre alguns dos principais sinônimos de conscientização estão: informação, percepção, alcance, compreensão, descortino, antevisão e mentalização. Tão importante é a conscientização, para conseguirmos os objetivos; mas quão inglório o processo. Quanta luta, no caso dela pela proteção  do animalzinho e castração, quanta luta para alcançar a mente e coração das pessoas. Luta que passa pela informação, reflexão e ação do conscientizado. Conscientizar é possibilitar a escolha, é informar, dispor para meditar, num estado de entendimento. Conscientizar é formar. Conscientizar é prever. Já pensou que toda pessoa pode fazer isso? Até nós, os quebradinhos.   Consideração dois – a surpresa Às vezes , na vida surgem surpresas, fatos que não esperamos; fatos  que aparecem para nossa alegria ou tristeza. Penso o seguinte: não adianta ficar matutando, ruminando em pensamentos sobre o que aconteceu, aquelas perguntas, o que fiz de errado Na maioria das vezes, enchemo- nos de preocupação e gastrite. A resposta, está no desfoque da situação, nosso foco está falhando. E além do que só podemos compreender uma situação, sobre nossa condição humana limitada; por isso, às vezes não nos compete descobrir razões, mas apenas saber lidar com a situação.   Vamos sair de nossa história de vidinha comodista. Conscientizar-se no trânsito, conscientização sobre os animais, sobre o ambiente, sobre a doença. Não seja tão quebradinho, alguma cidadania podemos exercer, e se a vida vier de assalto, lute para conscientizar e afastar essas situações surpresa. A vida prega peças, mas sem elas, que graça teria?   “Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão” Antoine  de Saint-Exupéry

Ano Novo II

E ele veio sorrateiro, invadindo a roda de amigos, as guerras políticas e as famílias reunidas. Chegou sensacional e pomposo, cheio de ideias e planos. E ele veio devagarinho na lentidão do tic-tac dos relógios, veio na noite escura quente ou gélida, chuvosa ou limpa… Veio aos corações atribulados com romances perdidos e nos calmos. Ele estranhamente pegou a mão da moça tímida, da velha inclinada, da criança cheia de crenças, do homem com seu temível trabalho. Dividiu-se em esperanças e planos, muitas ideias e projetos, no desespero mudo do suicida. Veio aclamado em gritos lamuriantes, desesperados, em canções harmoniosas de louvores e salvação. Chegou e agora já é passado; engrenagem reticente do tempo. Ele tornou-se presente e de repente já era passado…. No tempo em que dividimos racionalmente ou sentimos emocionalmente. Ele é matéria a ser trabalhada pelo jornalista e manchete de dias atrás. Ele chegou e já está partindo, corra para pegar esse trem, amanhã já será depois do ano novo. Ele é a oportunidade de transformar ou manter aquilo que nos foi dado. A única oportunidade de tempo, o ano novo, presente-futuro que é nos dada na nossa pequenez é infinita inocência. Chegou como presente, invadiu os corações alheios e atentos à sua chegada, chegou para vivê-lo intensamente. Por isso, viva-o; é todo seu e só seu…  

RENASCER

E começou chegou 2018. A princípio vem a vontade de renascer, como uma criança que vai começar a viver a partir dali. Porém, não é exatamente assim, já sou adulta, tenho problemas e responsabilidades. Os problemas não sumiram como um passe de mágica com a mudança da folhinha do calendário. Só resta encarar os problemas e tentar resolvê-los da melhor forma possível. Algumas resoluções já foram elaboradas no ano passado e estou colocando-as em prática, mas é preciso evoluir, caminhar para frente. Para isso é necessária à vontade e a determinação para começar e concluir novos projetos e planejamentos. O que posso fazer nesse novo ano que começou? Esta é a pergunta que estou me fazendo estes primeiros dias do ano. Estou pensando em fazer um curso a distância de filosofia. Creio que irá acrescentar muita coisa na minha vida, além, é claro, de exercitar o pensamento, caminhar por outras paisagens, “sair da caixinha”. O tempo que passou não voltará, porém todos os dias quando acordo, tenho todo o tempo do mundo. Sendo assim quero fazer, realizar. Não me contento em ser expectadora da minha própria vida, sou e quero ser protagonista dela. Estes pensamentos que exponho são um convite para que todos nós possamos fazer coisas diferentes e mudarmos no sentido de evoluirmos cada vez mais. Podemos todos e podemos ir onde nossos pensamentos e nossa imaginação nos levar. Passamos por momentos amargos e duros, isso é fato, porém nossos pensamentos devem ser cada dia melhores, no sentido de evoluirmos. Os problemas existem para serem resolvidos e se a vida colocou-os para nós com certeza é porque podemos resolvê-los. Existem outras coisas que não podem ser alteradas por nós, fazem parte do cenário, da paisagem. Daí a saída é tentar compreender melhor a situação e lidar com ele da melhor forma possível. Todos os dias quando abro os olhos pela manhã agradeço a oportunidade de começar a fazer algo novo e de caminhar mais um pouquinho procurando melhorar como ser humano. Físico, mente e alma caminham juntos, devemos cuidar deles sempre com paciência e alegria! Força, fé e foco! Essas são as diretrizes para o ano. Vamos juntos?

Desejo de um ano novo

Quero um ano novo que se dissipe no infinito, cheio de graça e infortúnios. Quero um ano novo igual a esse, mas diferente. Quero nele, a capacidade e a oportunidade de fazer diferente. Aos quebradinhos, quero um ano novo, onde todos tenham soluções para seu diagnóstico, medicamentos e conhecimento. Desejo também rampas e calcadas onde se consegue andar. Aos pobres de qualquer tipo, quer seja de dinheiro, sabedoria, amor, generosidade ou espírito: a oportunidade  de se tornarem ricos. Aos ricos o voto de pobreza, de partilha. Às mulheres  e aos homens desejo a realização, seja como pais, profissionais e pessoas. Aos filhos a superação de obstáculos e o sonho inacabado. Ao idoso, uma consciência tranquila, um sonho. Aos animais, plantas e outros seres vivos: a continuidade. Ao planeta Terra: saúde À guerra desejo um final não apoteótico. À paz: resiliência Aos nossos sonhos desejo mais um ano de liberdade Aos estudantes: o sucesso. As nossas ambições: a cautela Ao nosso país desejo um ano de Brasil, de desenvolvimento, sustentabilidade e equidade. Aos meus  amigos mais um ano em que possamos dividir a nossa vida. Aos que leem esse texto, um ano novo em que valha a pena ler. A todos, um ano em que a pena por tentar e arriscar fazer um ano novo:um momento  feliz.   “Para ganhar um Ano Novo Que mereça , este nome, você , meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil. Mas tente experimente, consciente. É  dentro de você que o Ano Novo  cochila e espera sempre.” Carlos Drummond de Andrade

Amanhã

  Estamos bem perto do fim de 2017. Época de reflexões e planos. O que devemos ter em mente é que qualquer mudança que desejamos deve começar imediatamente. Existem promessas clássicas como: emagrecer, parar de fumar, fazer mais exercícios físicos, viajar… Tudo isso pode e deve começar hoje. Afinal o amanhã será continuação e consequência do que fizermos hoje. Ano novo, vida nova, depende do estamos fazendo hoje. Para produzir um resultado diferente é preciso que façamos diferente hoje. Ficamos repletos de expectativas e bons pensamentos para quando o novo ano chegar, então por que não começar a agir diferente agora, pensar positivo hoje. O futuro é complemente dependente do presente. O que podemos fazer, devemos fazer agora, sem ficar esperando a mudança do calendário para começarmos a fazer. A vivência com a esclerose múltipla tem me ensinado bastante sobre isso. Há dias em que estou indisposta, com dor de cabeça, dores no corpo e sentindo-me demasiadamente cansada. Nessas horas é preciso parar, descansar, até me exercitar um pouco para  melhorar. Em compensação há dias que sinto-me plena, com disposição, aí vou passear, jogar conversa fora com uma amiga, brinco com minha filha, vou ao  banco, ou a outro lugar qualquer. Não fico olhando para o calendário dizendo amanhã farei isso ou aquilo. Começo a fazer as coisas assim que percebo que consigo, que posso. O futuro começa hoje, agora, no presente. O que virá com certeza não sabemos, porém podemos ter algum prognóstico analisando nossos atos hoje. Como será o amanhã? Com certeza não sabemos, mas o que podemos fazer hoje para que o amanhã seja melhor? O amanhã começa agora! Sendo assim, faço um convite: vamos começar a pensar positivo desde já, começar a mudança que almejamos em nossa vida agora. O passado passou e não pode ser mudado, pode ser usado com aprendizado, o presente deve ser vivido intensamente e o futuro só depende do que fizermos hoje. Então, vamos começar a fazer diferente, ter pensamentos positivos e principalmente ações positivas nesse momento. O amanhã depende inteiramente do hoje… Como diz a canção: “Como será o amanhã? Responda que puder…” Eu respondo que será melhor que ontem e muito melhor do que é hoje. Quero viver intensamente todas as etapas da vida e tudo aquilo que ela proporciona e para isso estou mudando minhas atitudes e pensamentos desde já. Vamos embarcar em 2018 já com novos sentimentos e vibrações! Nos encontramos lá… Até já!    

A preguiça

O pior de tudo é a preguiça de começar alguma coisa; sei lá se é preguiça ou é cansaço. Como já falei sobre o cansaço, só me restou falar sobre a preguiça. Para falar desse tema, temos que falar de acomodação e vejam bem, não falo de adaptação. Adaptação é o que nos faz viver e nos torna, falando em termos biológicos, uma espécie bem sucedida. Ao longo dos anos, muitos anos, a seleção natural “correu” atrás de nós tentando nos “pegar” e a espécie humana está aqui , firme e forte. Aos biólogos, peço desculpas pelo meu determinismo e linguagem, mas achei que devia colocar esse ponto de vista. Adaptação,  também é quando enfrentamos situações novas, por exemplo, uma doença ou perda de emprego, uma adversidade e, resolvemos com novas estratégias essa situação inédita. A nossa capacidade de adaptação é que nos leva a evoluir e ser bem sucedidos. Melhor a nossa capacidade de adaptação é que nos  permite viver. Quero falar em nome de um cidadão comum que se encontra em uma situação de desemprego; ele adapta seus gastos à nova situação financeira.  Ou em nome de um quebradinho, que tem que enfrentar a situação de uma perna que se arrasta, e que passa usar um andador para caminhar. São essas estratégias que permitem a nos vivermos. Agora, acomodação, tem sentido como aceitação. Acomodação a uma nova situação  necessita de aceitação; e, para aceitar precisamos analisar e pensar de como vamos continuar a viver, com a perna arrastando ou desempregados, isso é estratégia. Aí, é que entra a nossa preguiça, preguiça de pensar, preguiça de sair da situação nova numa “boa”, preguiça de aceitar; preguiça de termos nossas próprias ideias, de ouvir e sorrir na nossa situação. Sim, sorrir, dar risada, da própria vida. O sorriso é a solução, o remédio para ferida evolutiva que nos impregna para a vida.  

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