O verde traz inspiração!

O verde traz inspiração, não a cor verde símbolo da esperança, mas também o verde-mata, árvores e natureza. Fornece uma sensação de liberdade e integração à mãe -Terra. Felizmente convencida a aproveitar a oportunidade, partimos eu e dezessete colegas a uma aventura na natureza. Sim, embora fosse uma fazenda, pudemos encontrar espaços bucólicos, onde observaríamos animais e plantas. Acordar com o trinado dos passarinhos, ver um gambazinho à noite fugidio pela mata, para mim já valeu a aventura. É esse, é meu sangue de profissional bióloga falando. Pudemos observar formigas-cortadeiras no seu lento caminhar. E árvores , muitas delas identificadas com sua bionomia cientifica. Ah, essa biologia, que impregna minha alma…. Andamos de cadeira motorizada, eu justo, eu com minhas barbeiragens. Tivemos também contato com os animais de fazenda, num passeio único de trator por terras enlameadas. Pudemos alimenta-los, eles com  esfomeados pelo condicionamento da situação, nos seres humanos embasbacados porque somos “todinhos”. Um prazer, ver patinhos seguindo minha mãe em fileira, como se ela fosse mamãe-pata. Entretanto não existia só biologia no lugar. Havia também esportes radicais para serem cumpridos: tirolesa, arvorismo e nem tão radicais: ciclismo, pedalinhos, piscinas . Refeições fartas(exageradas) e gostosas, fogueiras com círculos de conversa É o mais importante de tudo, um grupo de colegas-amigos dispostos a se ajudar. Pense que contei isso, sem mencionar que éramos um grupo especial, os esclerosados e seus acompanhantes, devidamente escoltados por nossa rainha guerreira(Elsita) e sua fiel ajudante(Bruna) da ABEM. Somos felizardos por essa oportunidade. Tudo correu bem, intempéries sempre existem, mas a vida está aí para ser vivida intensamente (senão loucamente).   Relato sobre viagem ao Campo Dos Sonhos Socorro-SP, no período de 21-25 novembro de 2018, propiciada pela ABEM.

A queda livre

Alguém já viu um esclerosado pegando algum objeto caído? É uma piada; se possível tudo que está ao redor cai também. Nossa Senhora da Coordenação passa longe, ela foge de um quebradinho… Se a bengala cai, as pessoas oferecem-se para pegar. É, a gente tenta agradecer, mas a gente já baixou também. Já segurou na mesa, na cadeira e provavelmente já puxou a toalha e os objetos da mesa. O banho é a parte mais interessante:  tudo que tem de cair resolve testar a lei da gravidade neste momento. E como ela é infalível, a cena fica um pastelão  para qualquer público e  época. Se sairmos com uma sacola com certeza a pisotearemos antes de sair. Não é só para quem está de pé. Quem é cadeirante também, não passa incólume; o exercício da queda livre dos objetos. É só tentar colocar a perna no pedal da cadeira, que vem abaixo, tudo que está amontoado em cima gente. A resposta à possível dúvida que tenha se formado na cabeça do leitor é : Sim, precisamos fazer isso, daquele jeito, porque tentamos economizar energia. O que nem sempre dá muito certo, por causa de nossa trapalhada. Enquanto fazemos malabarismos, a lei da gravidade continua no “round “. E nos desafia com sua presença silenciosa.

Sabedoria

Há uma diferença que nos incomoda? Que ela se torne possibilidade. Que diferença é essa? De sermos nós os esclerosados, quebradinhos, mal-acabados? Há uma deficiência física sim, talvez até mental, mas isso não nos torna menos pessoas, menos capazes , mesmo com limitações. O mundo passou a ser mais lento ou nós que nos tornamos mais lentos; não importa um quebradinho une-se a dois, três ou mais e faz a força. E é assim, também com todas as pessoas; quebradinhos pela vida de tantas formas. Lembremos que somos singulares: a humanidade, o planeta Terra. Podemos caminhar tentando respeitar diferenças, ou apenas viver brigando com nossa inapetência. Eu me acuso, como ser humano, tenho medo do diferente. Diversidade me fascina e assusta. O risco é incontrolável e com todo o medo  há a possibilidade de conhecer o novo, o diferente e de aceitar. Isso faz parte da condição humana  – o arriscar, lançar-se a uma aventura ao desconhecido. Podemos gostar ou não; mas, sempre aprenderemos, nesta aventura de astronauta, rumo ao espaço de nossas mentes. É essa proposição que quero deixar clara, com esse meu papo piegas e cheio de mimi: aprenda , descubra o diverso. É fascinante! Depois, os esclerosados descobertos antes pelo infortúnio da natureza e os amigos desse tipo de gente, sejam empáricos com esse apelo: chama-se sabedoria. Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser. William Shakespeare

Saudade

Fico pensando o que saudade tem a ver com esclerose múltipla, provavelmente nada. Mas como os quebradinhos também são humanos, eles também sentem saudades. Saudades gostosas de objetos, tempos e pessoas. Mas, principalmente, de coisas que eram ou foram. Chegamos à conclusão que tudo era diferente só pelo fato de ter sido. Recebi uma visita e minha mente tornou-se nostálgica, de tempos que já se foram. Revivi um tempo, conjunturas. Revirei bastante tempo para dormir. O que era aquilo; que me tirava o sono? A recordação, a esperança de fazer diferente, de planejar. A oportunidade de abrir a janela d’alma  para sonhar de novo. E quem diz, que reviver estórias não é viver no presente? Para mim, o mundo tinha acabado com o diagnóstico e outras incertezas tristes da vida. Renasceu quando muitos não desistiram de mim: colegas, profissionais da saúde, amigos e família. A fênix reviveu, com adaptações, transformações; mais forte talvez. De repente , ela morre de novo e tudo se instala novamente, como num circuito eletrônico semi-programado. Tudo passa a nossos olhos num simples relato de meio de tarde. No fim, éramos nós portadores capazes de tantas coisas. E, percebemos que toda humanidade era capaz  de tanta coisa. Não foi nossa dificuldade de andar, de saltar, de tomar banho sozinho ou até de  deitar que nos fez diferente. Foi nossa capacidade de sentir. E ainda são os olhos velados, que resvalam em todo passado, de sentirmos que tínhamos ou éramos e não do que temos e somos. Saudade… Ausência…   AUSÊNCIA Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. Carlos Drummond de Andrade

Fazei o bem

Fazei o bem , não importa a quem. Treine fazer o bem. Ele está acima de nossas paixões desenfreadas ou não. Ele está acima de nossos pensamentos, do raciocínio. Ele é uma instância filosófica, é um gesto concreto. O bem não precisa de convicções; ele é puro em si mesmo. Homens e mulheres que o praticam estão acima de qualquer cidadão. Na rua, num gesto de gentileza; na família com os amigos, os não-tão – amigos. Fazer o bem é  o exercício mais humano. Fazer o bem é a resposta para uma pessoa desacorçoada em seus pensamentos de dúvida Fazer o bem não é religião, não é mandamento; é uma necessidade, uma condição da família humana. Fazer o bem é o correto embora e está acima de qualquer moral. E para o bem, “a prática faz o ladrão” Pratiquemos todos os dias, para que seja o alento da nossa alma. Fazer o bem, Dignifica e livra da tortura da condição soturna da existência. Fazer o bem, acima de qualquer tentação. Assim seja, para que sejamos enfim livres de nossas estupidas correntes.

Mente vazia

Mente vazia, oficina do Diabo Entre os ditados antigos que diziam nossos avós, não há um tão verdadeiro quanto esse. Quando estamos à toa, sem trabalho, começamos a maquinar. O cérebro funciona (ele sempre funciona enquanto estamos vivos, pode ser bem ou mal, mas isso já é outro assunto), mas o que realmente o ditado quer dizer? Quando colocamos nossas ideias e pensamentos para produzir o mal, seja para outras pessoas ou para nós mesmos; há uma facilidade quando estamos à toa de cuidarmos da vida do alheio ou da própria existência. Se você se ocupa, as questões operacionais da atividade levam você a pensar em planejamento e execução de ações. Explico-me: você toma o café da manhã, tem o planejamento de seu dia, por exemplo: cuidar da casa , para isso você precisa realizar algumas tarefas: lavar, varrer… Sua mente está cheia de coisas para fazer… Você é um perfeito robô doméstico. Kkkkk Acho que nossos antepassados, não pensavam isso, quando expressaram sabedoria através do ditado. Muito provavelmente, também não ouviram a expressão ócio criativo… Não fazer nada explica a criatividade? Acho que não, em todos os casos. Mas, o que quero dizer com a reflexão: -há pensamentos que “entram na nossa cabeça” , pensamentos bons e criativos e aqueles que não deveriam  entrar porque eles só se apoderam da gente porque estamos doentes, estamos com preguiça ou escolhemos; -os pensamentos que não deveriam entrar , aqueles a que me refiro, são aqueles como citados acima que fazem mal a nós ou outras pessoas; Assim, temos que aproveitar a porta para “brecar” pensamentos autodestrutivos, ou  destrutivos para outros; esta  instalação de pensamentos para mim é a oficina do Diabo, é quando armamos nossas traquinagens. Amigo, fazer atividades  com planejamento nos livra da pequenez da nossa existência e do ser humano em geral. Amigo esclerosado ou não, enjaulado pela doença, em diferentes graus, pinte um quadro, tome banho, leia, ocupe-se: o tempo passa, a vida se esvai. Transforme sua vida na produção de felicidade; a mente vazia é uma esponja, de coisas boas e más, fechar ou abrir a porta é sua escolha.   O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove. Fernando Sabino

Fisiologia

Fiquei pensando sobre o que escrever e, aceitando sugestões, escrevi dobre um tema um pouco árido, mas não menos importante: o funcionamento de um organismo. Da fisiologia palavra difícil, mas que encerra grande beleza. O funcionamento dos seres vivos: plantas e animais. É estranho, mas você já parou para pensar quantas funções são desempenhadas para que um organismo dê certo. Ele precisa de energia e de sua gestão. O que um ser vivo faz? Respira, alimenta-se, movimenta-se, reproduz-se e morre. Alguém se habilita a dizer, como isso acontece? Para simplificar, vou falar de funcionamento ao nível macroscópico, microscópico e molecular. Exemplifico também com o corpo humano porque é mais próximo de nós, mas animais. plantas e micro-organismos também  participam e dependem desses processos. O ser humano respira, temos narinas, traqueia pulmões. Como eles funcionam? O ar entra pelas narinas, é conduzido até os pulmões. Temos músculos que funcionam alternadamente para esse ar chegar aos pulmões. Microscopicamente, os alvéolos estão trocando gases, molecularmente o gás carbônico é trocado pelo oxigenio. Tudo depende de sua visão macro,  micro ou molecular. O ser humano caminha, os sistemas muscular e esquelético se unem harmonicamente. O alimento chega ao sistema digestório, como? Pela boca com ação dos dentes, o alimento e conduzido pelo tubo digestivo: esôfago, estômago e intestino. Essa é a parte mecânica da digestão. Na parte molecular o alimento digerido por ação de enzimas, secretadas pelo estômago e intestino. Temos o funcionamento, a fisiologia macro, micro e molecular. Cansou só de imaginar tudo isso? O funcionamento harmonioso de todo corpo humano precisa de coordenação e regulação. É onde entram nosso sistema nervoso e endocrino (glândulas ou estruturas que secretam hormônios). Nosso cérebro participa das ações de regulação e coordenação. Imaginem uma fábrica, sem um gestor, as máquinas que funcionam em série. Alguém precisa por ordem na bagunça, e isso quem faz no corpo humano é o sistema nervoso e o endócrino, o mensageiro, que diz: é hora de ligar a máquina. O sistema nervoso funciona molecularmente com neurotransmissores e impulsos elétricos. Complicou o suficiente? Imagine o ato de alimentar, quanto há de órgãos, estrutura s sendo alocados e quanta “regência”  o processo precisa.  Como e quando o corpo sabe quando liberar a enzima digestiva. Imagine agora isso para todas funções do corpo: respiração, digestão, excreção, movimentação e tantas outras. Todos os níveis da fisiologia macro, micro, molecular para todas funções….. Deixando mais “uma pulga atrás da orelha” , todos os seres vivos apresentam essa fisiologia. Até plantas, micro-organismos, virus, de maneiras diversas, mas o funcionamento desses seres vivos, sim depende dessa fisiologia. É o que é fisiologia mesmo é o estudo do funcionamento. Tema complexo e belo, mas que exige muito conhecimento. Queria somente, que vocês sentissem que o complexo, também é belo. “Toda a beleza do corpo é a congruência  de partes com uma certa suavidade de cor.” Santo Agostinho

Tô nem aí

Que frase feia de se dizer!  Mas, como ela já faz parte  do nosso cotidiano. O fato de não estarmos aí, não ligarmos para o que está acontecendo, pessoas ou coisas é fruto de um descaso nosso com a vida. É claro que há situações em que temos necessidade de parar de nos importarmos  porque nossos circuitos dão um” tilte”. É fisiológico, e químico , o cansaço e esgotamento. Entretanto ,quero falar de outra situação: que não estar nem aí, é uma escolha consciente, arquitetada. Não estar nem aí, faz parte de um desanimo generalizado que estou observando na espécie humana. As coisas mais extraordinárias tornaram-se naturais, sejam elas boas ou ruins. Não nos emocionamos com as crianças enjauladas, com a guerra na Síria ou na África; com o homem que morreu de frio, ou com o desespero do doente sem atendimento ou remédio. Essa insensibilidade é protetiva? Estamos indiferentes para não nos ferirmos mais? E quando sentimos? Roubam milhões na nossa cara, mas só somos capazes de indignação. Não fazemos  algo para mudar. O que falta a nós? Somos tão bobos  incapazes de ações? A torneira está pingando, mas somos incapazes de fecha-la, deixando esvair precioso líquido. Esse sentimento de não estar nem aí nos paralisa. Seja pela proteção de não sentir, seja por nossa escolha parte do desânimo coletivo, que assola nossa pátria. Ser patriota está na moda? Correndo atrás de uma bola, torcendo para um gol é ser patriota? Quando torcemos num esporte, estamos sendo patriotas? Torcer é bom, aviva sentimentos adormecidos. Mas seremos capazes de ser patriotas, numa escolha em outubro, nas próximas eleições? Seremos capazes de pensar um mundo diferente se somos tão indiferentes a ele? Não podemos sentir o poder da canção , do abraço e do sorriso. Não estamos nem aí, por descaso, por não conseguirmos suportar a situação, por que? De fato e não estamos nem aí… Como diz o autor Érico Veríssimo : O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença…  

Barulho e silêncio

Espero que você me apresente silêncio, de palavras não dormidas. Posso escutar os suspiros do silêncio exasperado. O silêncio está tornando-se cada vez mais raro. Há um incessante barulho de informações desencontradas… Ahhh, esse barulho dos circuitos integrados de um celular, do computador , dos gritos das pessoas! Estamos sucumbindo ao ruído de mensagens sem aviso: o mundo está em guerra, a violência assola a cidade maravilhosa e a não maravilhosa, o acidente choca, o fogo fere, desabriga. Tudo ao mesmo tempo num turbilhão. A seca que não dá frutos, a enchente que derruba, o ar seco e poluído que intoxica. É um barulho terrível: das rodas de uma cadeira de rodas Onde posso te encontrar  amigo silêncio? A doença mata e contamina, o mundo complica-se e a música do silêncio; já não escuto mais. Todas as vozes lamuriosas falam ao mesmo tempo: notícias antigas, notícias imediatas , notícias distantes e próximas. Um amigo morreu, uma conhecida ganhou neném, faz tempo éramos nós e o silencio. Transito, o sinal de mensagem no celular, o habito continuo de verificar. O barulho está estampado no nosso interior, respira a vida apressada. O barulho da vida corrida, da vida sem paz, sem medida. O barulho de nossos passos na roda vida… Quando a vida é só silencio inexato em nosso intimo, verdadeiro deserto solitário. Há corridas por todo lado, mas o que permanece é a busca incansável ao silêncio. Silencio- paz, profundo tic –tac do tempo

Simplesmente Gu

Lembrei da minha infância, da minha segunda mãe, a Gu. Ela chamava-se Agostinha, mas quando essa que escreve , estava dando apelido a todas pessoas, ela virou Gu. Religiosa ao extremo trabalhava cantarolando hinos religiosos e, embora., não fossemos da mesma religião, seu caráter muito correto é bondoso formou o meu. Ela limpava a casa, mas, sobretudo cuidava da gente. Dava banho, fazia o almoço e as nossas “maria chiquinhas.” Esperava com a gente na frente de casa o transporte para a escola. Quando nas férias, a gente tomava banho de mangueira, enquanto ela lavava o quintal; como não tínhamos permissão para esse banho de meus país, era nosso segredo, éramos cúmplices. Era quieta, mas se perguntada, engatava conversa como uma boa mineira contando um caso. Chegou migrante das Minas Gerais, ainda bem jovem, com uma mão na frente e outra atrás; minha avó a acolheu e ajudou-a tornar-se adulta. Quando minha avó morreu, veio como herança bendita para minha mãe e herdou quatro crianças para tomar conta. Quebrava a cabeça para bolar nosso lanche da tarde: pão na chapa com manteiga, achocolatado com leite no liquidificador e creme de abacate. Socorreu uma cabeça cortada, um pedaço de orelha comida pelo cachorro, febres, resfriados, dores de garganta, cortes, joelhos esfolados e manhãs. Sim, muitas manhãs, minha mãe trabalhava fora, todos os dias, durante todo o dia; a gente queria minha mãe que tinha que trabalhar para ajudar a sustentar quatro boquinhas em crescimento, sobrava a Gu nos acalentar. Sempre endividada, com quatro filhos seus para criar, minha mãe sempre a ajudou como podia e ela ajudava minha mãe. Um dia, meu pai (ele e ela que não travavam muita conversa, porque acho que o santo não batia)  deu uma bíblia a ela. Ela não entendeu nada, mas ficou feliz. A gente cresceu, a Gu envelheceu e adoeceu. Um dia ela se foi. Hoje preciso de uma Gu, não só eu, minha mãe e irmas. A cuidadora Gu, amiga e sempre de bom humor. Simplesmente a Gu.     Faça uma homenagem a todas cuidadoras e cuidadores, de crianças pequenas e grandes como nós, quebradinhos.