Professor

Sou professora com muito orgulho, na minha família é uma profissão herdada. Sim, digo herdada, e parece ser genética (kkkkkk) , brincadeiras à parte. Resolvi escrever com esse título porque senti uma necessidade extrema em  minha alma . Professor tem formação formal para exercer uma profissão, mestre é aquele com título académico de Mestrado, elaborou um trabalho de conclusão de curso (TCC), enfrentou uma banca. Educador é aquele que trabalha com educação, não obrigatoriamente com formação formal. Enfim, todos os termos são usados como sinônimos. Para facilitar vou usar o termo professor Professor é uma profissão que deve ser remunerada adequadamente como qualquer outra, desde que se trabalhe, o soldo é justo. Professor é o “cara” que corre entre escolas, para lecionar e tirar seu sustento. Retirando já essa parte de que a docência nunca foi satisfatoriamente, remunerada no país, recolho-me a minha ignorância das questões trabalhistas. Professor é aquele “cara” que está sempre estudando, sempre se aprimorando, porque como facilitador do conhecimento, tem que estar a par das novidades. Professor está sempre agitado, com correções de exercícios, provas, planos de aulas. Ele parece até meio desligado do mundo por causa disso, mas você se engana; professor está”pilhado” no mundo. A descoberta é seu chamariz. Professor deve descobrir potenciais nas pessoas, nos acontecimentos. Professor é o “cara” que tem que lidar com a indisciplina das gerações insurgentes, tem que preparar aulas, que esquece com carranca oucom um sorriso aberto seu almoço, por causa de uma duvida l de um aluno. Professor também assume papel de inquisidor e carrasco e tem contrastando um colo de aconchego. Professor é o “cara” que já está acordado às cinco horas porque a labuta começa às sete,  e no meu caso os que primeiro falam bom dia . Professor é o cara. Muito embora muita gente diga que não e os “outlines” para cima e para  baixo, os maus profissionais, eu admiro essa profissão. Uma coisa digo, ser professor é uma vocação principalmente, porque nunca ganhará bem financeiramente, já emocionalmente  é o profissional mais rico de todos. É uma questão de “coceira” que precisa ser coçada. E um bichinho que mina minha alma. Uma vez professor sempre professor. “Mestre não é aquele que ensina, é aquele que de  repente aprende.” Desconheço o autor

Mães heroínas

Chego sempre cedo no dia que tenho consulta no hospital da Clínicas porque há muita fila no ambulatório da Neurologia. Podia passar o texto inteiro descrevendo minhas sensações em relação ao local, às urgências e ao circo de horrores, que é tanta gente doente. Entretanto, – preferi falar de um segmento  esquecido no dia a dia, só referenciado um domingo por ano. São as mães do HC: falo sobre mães heroínas que acompanham seus filhos às consultas. São novas e idosas, e me preocupo mais em falar das mães das crianças da neurologia. São crianças com paralisia cerebral, com deficiências neurológicas: muitas não falam, não andam, babam e gritam. Estão impacientes aguardando sua consulta chorando. E as mães pacientemente aguardam, fazem de tudo para confortar seus rebentos. São mães-polvo, tem braços suficientes para mochila com fraldas, empurrar cadeira de rodas ou carrinho, bolsa e papelada: exames e prescrições. São mães que aceitam crianças com “buraco” na cabeça, a estenose encefálica. E as crianças grandes- maiores que elas próprias, em força e estatura. Por que são esquecidas em  sua dor e determinação? São mães heroínas, não sei de onde vem sua força, mas as admiro. Onde arranjam forças para embalar suas crianças mal “acabadinhas”? Eu as homenageio com simples palavras: queria eu alcançar esse patamar de bondade…

Antibiótico

Ei , você que utiliza antibióticos a torto e a direito e faz uso  indiscriminado de antibióticos, atenção. Antibióticos são salvadores  quando há uma infecção bacteriana. Uma gripe não deve ser combatida com antibióticos, antibiótico e para combater bactérias não vírus. A gripe e viral, porém se houver complicações como infecções bacterianas na garganta , vias aéreas e /ou pulmões, justifica-se o uso de antibióticos. O uso de antibióticos, também é profilático, toda vez que abrimos a barreira natural para bactérias, como intervenções cirúrgicas  ou fazer um canal de dente, justifica-se o uso de antibióticos. Qual o problema de ficar utilizando o antibiótico constantemente? A seleção de linhagens de bactérias, “torna-as” cada vez, mais resistentes até  um momento em que não haverá nenhum antibiótico conhecido para combater a superbactéria. Além do que, nossa microbiota, sim somos também “habitados” por elas, que vivem num equilibrio dinâmico, com os antibióticos podem ser eliminadas ou suas populações desequilibradas. Quando o médico receitar um antibioticos, pergunte a ele quais os benefícios e efeitos colaterais e decida com ele seu uso. Não sou contra os antibióticos afinal, eles salvarão muitas vidas, mas como qualquer outro remédio, há perdas e ganhos, nos quais você deve pensar no seu uso. Abaixo colei um artigo científico sobre a descoberta do antibiótico penicilina, achei bem legal  e importante  para você refletir.   Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial Print version ISSN 1676-2444 Bras. Patol. Med. Lab. vol.45 no.5 Rio de Janeiro Oct. 2009 http://dx.doi.org/10.1590/S1676-24442009000500001   Alexander Fleming e a descoberta da penicilina    Oficial médico inglês, Alexander Fleming voltou da Primeira Guerra Mundial com um sonho: pesquisar uma forma de reduzir o sofrimento dos soldados que tinham suas feridas infectadas, impondo dor e por tantas vezes um processo ainda mais acelerado em direção à morte. De volta ao St. Mary´s Hospital, em Londres, em 1928, dedicou se a estudar a bactéria Staphylococcus aureus, responsável pelos abscessos em feridas abertas provocadas por armas de fogo. Estudou tão intensamente que, um dia, exausto, resolveu se dar de presente alguns dias de férias. Saiu, deixando os recipientes de vidro do laboratório, com as culturas da bactéria, sem supervisão. Esse desleixo fez com que, ao retornar, en contrasse um dos vidros sem tampa e com a cultura exposta e contaminada com o mofo da própria atmosfera. Estava prestes a jogar todo o material fora quando, ao olhar no interior do vidro, percebeu que onde tinha se formado bolor, não havia Staphylococcus em atividade. Concluiu que o mofo, oriundo do fungo Penicillium, agia secretando uma substância que destruía a bactéria. Ainda que por acaso, estava criado o primeiro antibiótico da história da humanidade – a penicilina – que é para tantos cientistas uma das mais vitais descobertas da historia humana. Para eles, a medicina só se tornou ciência verdadeira a partir dos antibióticos. Antes deles, era um bom exercício para o diagnóstico das enfermidades infecciosas. Quanto ao tratamento e à cura, só a interpretação religiosa podia compreender ou ajudar. Com a descoberta de Alexander Fleming, abriam-se as portas de um novo mundo, com o surgimento de uma grande indústria que passou a se dedicar à produção de penicilina e outros antibióticos responsáveis pela possibilidade de vida com qualidade para pessoas que sofriam de tuberculose, pneumonia, meningite, sífilis, entre outras infecções. A penincilina só foi verdadeiramente isolada em 1938, por Ernst B. Chain e Howard W. Florey, também na Inglaterra. Em bora logo após a descoberta de Fleming tivesse surgido uma onda de desconfiança sobre a eficácia do bolor, ela não impediu que cientistas médicos continuassem estudando a substância. Com a Segunda Guerra Mundial e a necessidade de ajudar cada vez mais os feridos, Dr. Florey, patologista da Universidade de Oxford, tomou para si a pesquisa da penicilina, retomando o cultivo do bolor de Fleming e dele extraindo um pó marrom. A substância foi testada em 80 tipos de bactérias, provando sua eficácia contra os micróbios e inatividade com relação aos glóbulos brancos. Em 1940, a penicilina foi utilizada, na Inglaterra, no primeiro paciente humano, um policial, vítima de grave infecção sanguínea. O mundo passava a conhecer e desfrutar de uma arma absolutamente vital à vida e existência a partir de então.

Dona Dodo

  Na terça feira passada fui visitar uma amiga doente: minha amiguinha de 90 anos de sabedoria e de luta. Na verdade, conhecia a filha dela , minha amiga de muitos anos; a mãe dela é que é a dona Dodo. Minha amiga júnior foi minha colega de trabalho, compartilhamos nele, alegrias , tristezas e até algumas fofocas (ninguém é de ferro). Dona Dodo cuidou dos filhos, sozinha, porque o pai da minha amiga morreu muito cedo. Imagine há quase cinquenta anos atrás, uma mulher se virar sozinha. Trabalhar e sustentar a casa. Acho que veio daí a  força de dona Dodo. Não conheço inteiramente sua estória de vida; sei que foi agente de saúde quando a tuberculose era doença comum; sei também que gosta muito de ler, de pintar telas e tem opiniões firmes sobre diversos assuntos. Não gosta muito de se alimentar, e adorava passear com a Flora, cachorrinha adotada pela filha e,  que se tornou neta adotiva. Bondosa, reparte o que é seu com os menos favorecidos. Sei da sua descendência espanhola o que lhe rende a alcunha de ser muito brava e teimosa (não queria comentar isso, mas eu também sou ). Tudo isso para contar que não sai com dó ou pena dela depois da visita; tinha só respeito, respeito pela sua idade, por sua estória de vida, pela sua voz ainda altiva, por suas opiniões , por sua fibra de viver. PS: pessoas assim como eu e ela, damos muito trabalho aos nossos cuidadores e familiares por causa da nossa teimosia, de lutarmos por nossas opiniões. Somos voluntariosos, mas nossa vontade de viver é a única coisa que resta. No final é isso mesmo; para você quebradinho também, depois da notícia má (diagnostico), ressonâncias, exames de liquor, remédios, tratamentos mil, para você não quebradinho , depois de vitórias e derrotas, épocas de tristeza e desilusão, épocas de luz e alegria, No final é isso que resta à nossa fraqueza humana: vontade de viver. PS2: o que vocês acham ? E se o próximo texto for sobre antibióticos, vocês acham interessante? Será uma semientendida falando, vocês topam?

Jogar papo fora

Quem me conhece acha estranho. Estou sem fazer nada numa margem de tempo interminável. Um observador astuto notaria que não estou tricotando, crochetando; estou fazendo nada, jogando papo fora ou mesmo só escutando, observando. Acho importante a troca; somos semelhantes na humanidade, em nossos problemas e quando estou na ABEM em nossa doença.  Somos diferentes também ; e aprendemos a respeitar nossas diferenças. Parece uma inutilidade, mas não há nada jogado pelos ares. Cada palavra para mim, passa pela reflexão. Ecoa no âmago de ser. com certeza para outros também. Fico feliz ao receber um bom dia, uma pergunta sobre minha situação (se estou bem, alegre ou triste, cansada, revoltada) mas não é só isso, jogar papo fora, quer dizer conversar sobre o café da manhã, sobre o trabalho doméstico, sobre o transporte, sobre uma pessoa estranha, sobre qualquer coisa. Jogando papo fora, negociamos, respeitamos opiniões, discutimos não agressivamente, aprendemos e ensinamos. Jogar conversa fora, é ouvir, principalmente; uma virtude esquecida  de hoje. Silenciar… Justifico meu silêncio assim; o esforço de escutar; entretanto, se só houver silencio, não vai haver diálogo, não há papo furado. Enfim, o importante  é tentar jogar papo fora, o resto é silêncio… “Os melhores bate-papos são aqueles sem planejamento, quando parece que estamos jogando conversa fora? Será que jogar conversas fora é trocar ideias?  É entender, é saber sobre a vida do outro? É colocar suas opiniões de maneira  não agressiva?”. Educação socioemocional-Betina Serson- Folha de SP- 07de abril de 2019

Montanha Russa

Estou atrasada, eu sei, não consigo achar uma justificativa melhor para meu atraso que uma gripe; daquelas danadas, com direito a nariz entupido e tosse. O assunto, porém não é esse. Muito embora, voltarei a ele depois. Quero falar hoje de montanha russa, aquele brinquedo que dá um frio na barriga e  que alguns insistem emir de olhos fechados, o vento batendo no rosto, e o estômago no coração. Refletindo bem, não é exatamente  sobre ele, mas uma comparação da nossa doença com o brinquedo. Todos nós vivemos momentos de altos e baixos, uma alegria, uma tristeza, mais análogo a uma gangorra citando a analogia de brinquedos. A esclerose múltipla parece uma montanha de emoções, um dia você está muito bem, consegue desempenhar todas as atividades de vida diária, as famosas AVDs; outro dia não consegue amarrar os sapatos, escovar os dentes, comer… Fisicamente abalados, os quebradinhos revoltam-se, mas há também a montanha russa de emoções que ocorrem associadas ou não , à montanha russa de condições físicas. É um “looping” de tristeza, ansiedade, rebeldia, não aceitação:- por que fiquei assim? – estava tão bem. Da mesma forma que subimos e descemos numa gangorra na vida (pelo menos na maioria das vezes, não como montanha russa) para um portador de esclerose múltipla, as condições físicas e as emoções podem ocorrer; vertiginosamente. Não estou dizendo que é uma característica clínica da doença; apenas que é uma observação, uma impressão, minha vida e acho que muitos compartilhem dessa impressão, parece uma montanha russa; cada mergulho um flash. Tudo é muito rápido, a tristeza, a alegria, a capacidade de fazer ou não. A diferença da gangorra é a emoção do brinquedo, para qual muitas vezes não estamos preparados, tudo é muito rápido, o silêncio, o barulho. Sinto que o mundo cai vertiginosamente e com muito peso no meu colo e parafraseando Carlos D. De Andrade , o poeta, “ não pesa mais que a mão de uma criança”. E para você amigo (a) , sua impressão é a mesma que a minha? A vida é uma gangorra ou uma montanha russa? Ps: Quanto ao resfriado, já é incapacitante para muitas pessoas, para mim em especial: o que me aborrece é a tosse, ela faz meu corpo inteiro estremecer e eu fico mais cansada, mais que o normal. Não preciso dizer que detesto estar gripada.

Não poderia deixar de falar de…

Não poderia deixar de falar de … Além da tragédia humana e o drama das famílias, a superexploração pelos noticiários. Além da culpa nas mais diferentes esferas de: indivíduos, empresa, governos. Gostaria de falar sobre um prejuízo maior: o do meio ambiente, talvez com consequências menores que em Mariana, um desastre ambiental que destruiu milhões de anos de evolução, representados pelos seres vivos : plantas e animais. O rio  está morto, sem oxigênio, e era imensamente piscoso. Azar dos pescadores. Azar nosso. Metade de Belo Horizonte recebia água do Paraopeba, agora nem pensar, ainda bem que existem outras fontes. É o São Francisco será que receberá rejeitos? Oxalá,  não. O resíduo, da pedra itabirito e hematita, ambos minérios de ferro foi acumulado numa barragem de alteamento montante; opção mais barata e menos segura. Será que valeu a pena? O mais barato pode sair mais caro. Um poeta profetizou problema: homem é feito de ferro e havia uma pedra no caminho. A água chora barrenta e poluída. Quanto demorará a consertar isso? Não consigo fazer uma previsão, mas levará  muito tempo. Vocês conseguem perceber a efemeridade do acidente e a permanência do desastre? Pouco tempo para ocorrer, muito tempo para recuperar, o que há para recuperar,  muitas coisas não são recuperáveis. Trocamos o sustentável pelo econômico? O econômico passa na frente da sobrevivência dele mesmo, da sustentabilidade, o sustentável é feito de escolhas. Assim como o rio passa uma única vez num lugar, a lama passou uma única vez e deixou seu rastro. O barro que seca a vida, destrói a construção humana, tudo porque alguém não previu. Ou se previu, não preveniu. E a natureza chora lá fora.   Não adianta sonhar com uma reforma da natureza ou com a colonização da galáxia. Só o reconhecimento do caráter frágil e único da biosfera terrestre saciará a fome humana por um sentido da vida.  Edward O. Wilson

O que nos leva a tomar uma decisão?

Como bióloga, devo responder: a genética e o ambiente. Explico, o  nosso legado de milhões de anos de evolução e toda sua complexidade; porém, quero falar hoje não como bióloga, mas como alguém que faz uma reflexão. Toda a carga de nossa personalidade influência nossas escolhas; aí se incluem os fatores que contribuíram e contribuem para nossa formação. O que chamamos valores e/ou costumes estão nos fazendo opinar e agir. Há também os fatores situacionais que nos influenciam em nossas atitudes; seria aquilo que defino “naquela situação eu faria assim” ou  “ a ocasião faz o ladrãozinho”. Não estou aqui para julgar; desejaria apenas que fizéssemos uma reflexão sobre nossa vida. Quantas vezes a situação nos faz fugir dos nossos valores? Uma situação fácil, a entrega de um troco errado (claro favorecendo a você) com uma fila quilométrica atrás  para passar num caixa de supermercado. O que fazer? Ficar com o dinheiro ou gastar alguns segundos, do tempo precioso de todos para explicar o engano? Uma situação difícil, contar ou não contar a um paciente idoso sobre sua doença terminal, projetando tornar uma vida de qualidade para tal paciente. A situação, às vezes nos define. A personalidade, a experiência de vida e a carga emocional também. Amigos, tudo é reflexão, mas aposto que todos quando crianças (ou adultos mesmo) olharam para seu lado e quiseram  a merenda de outrem, o salário de alguém, simplesmente porque ele tão ser humano como você, tinha. Sair no passeio porque os outros podiam. A situação exigia outra resposta e nós ficamos com nossa escolha “forçada” e frustrante. Todos querem alguma coisa e planejam, basta pensarmos quem comanda a escolha e depois a ação. Quem é mais forte, nós ou a situação? Boa escolha para você.

Desprezo pela humanidade

“…há momentos em que o desprezo pela humanidade nos cega para o que ainda merece ser salvo- João Pereira Coutinho -Viajando com Guliver”   Às vezes me sinto assim, desprezando minha humanidade e de outrem. Às vezes são atos não honrosos bobos, como furar uma fila, ou ver um não deficiente usando uma vaga por direito de algum quebradinho. Não honrosos e importantes. Por vezes são atos deploráveis como uma paulada num cachorro, e, algumas vezes, são execráveis como um assassinato. Como podem existir ações que nos tornam capazes de acreditar na natureza humana? Ainda assim, temos que acreditar que nosso desprezo é tão imperfeito, que podemos ser salvos por enxergar um pouco além. Que força é essa que cega para aquilo que merece esperança? A revolta é o algoz, da nossa cumplicidade. Será que todos odeiam assim a humanidade ou só eu odeio? É um sentimento geral? Ou uma tentativa exclusiva minha, digna de nota ou sem relevância? Concomitantemente, me traio com um sorriso inocente de um belo gesto humano. Como podemos lidar com tanta contradição? Amo a humanidade, mas a desprezo tanto? Não, não nos deixemos cegar pelo desprezo, embora por vezes merecido; de tudo, somente podemos acreditar sempre.  

O que eu te desejo para 2019?

Eu te desejo garra , muita garra; “Grit” em inglês para parecer contemporânea. Garra que define uma combinação de esforço e paixão , como comenta Claudia Costim sobre a educação e suas empreitadas. Folha de São Paulo -14 de dezembro de 2018. Nos mais variados ambientes  e épocas , eu peço garra. Garra para continuar sobrevivendo às pressões políticas, históricas, ambientais , biológicas… Garra porque o mundo parece frouxo ou alguns componentes do mundo parecem frouxos. Enquanto muitos lutam para se manter vivos perante a fome, a doença, a pobreza e a guerra, outros são tão mornos , relativístico e incapazes de lutar porque falta garra. Garra é uma coisa que se aprende na luta diária; é uma coisa que se transforma, se adquire. Situações desesperadores, exigem medidas também desesperadas, isso também é garra. Estou falando porém de uma coisa silenciosa que alimenta nossa sede de viver, de ver o produto final como construção de nossas mãos. O sentimento que espero para todos nós seres humanos  é garra ,fruto de esforço e paixão como definido anteriormente. A esperança,  não expectativa, que tudo vai dar certo com nossa ajuda, com nossa garra. Troque suas folhas, mas não mude suas raízes. Mude suas opiniões, mas não perca seus valores.  Desconheço o autor