Haja paciência

Recentemente adotei um filhote de cachorro. Combinei com a minha irmã que dividiríamos as tarefas: como por enquanto só eu trabalho, pago e compro o que é necessário e ela limpa e cuida de outras coisas. Vocês não imaginam nossa alegria em finalmente realizar esse sonho. O nome a gente já tinha escolhido faz tempo: Rodolfo. Pegamos ele de uma conhecida da minha mãe e foi só alegria até chegar em casa. Com o passar dos dias o entusiasmo deu lugar às responsabilidades. Veterinário, ração, acessórios, antipulga, vermífugo, vacinas… Haja dinheiro pra tudo isso. Sem contar o fato dele aprontar todas: comer o que não deve, entrar nos quartos, fazer sujeira. Até ele aprender onde fica o banheirinho dele… Apesar do estresse e dos momentos de confusão, a vinda do Rodolfo pra minha casa trouxe muita alegria e nos tem ensinado sobre paciência e compreensão. Entender que ele é só um filhote, relevar algumas bagunças, saber que levará um tempo até ele aprender tudo e não se desesperar se algo der errado. Se não der pra arrumar agora, arrumo depois. Estou combatendo o perfeccionismo na marra. Agora, uma certeza que tenho é a de que não quero ter filhos. DÁ MUITO TRABALHO!

Você pode ir à Europa – Parte 5

Sempre que falo que viajei sozinha para outros países pela primeira vez, ouço: “Mas você foi sozinha? Que corajosa!”. E me pergunto se eu fosse um homem me diriam a mesma coisa. As pessoas parecem ter dificuldade de acreditar que uma mulher possa andar sozinha por aí. Como se sempre tivéssemos que ter uma companhia, não pudéssemos nos defender ou decidir por nós mesmas. A melhor coisa que eu fiz foi ter viajado sozinha, foi uma grande oportunidade de eu me conhecer, apreciar minha própria companhia,  ver do que sou capaz e abrir minha mente, já que estava conhecendo culturas e sociedades bem diferentes das minhas. Aprendi a conter a ansiedade diária e aproveitar cada momento. A não ficar me lamentando por algo não sair do jeito que eu esperava. Vencer o medo e não me deixar dominar por sentimentos negativos. A valorizar mais as experiências do que as coisas que o dinheiro compra. Fé também foi algo presente. Poder me conectar com Deus e aprender a confiar mais n’Ele. Saí de Paris com a certeza de que devo fazer essa “loucura” sempre que for possível.   Na foto, eu e o Papa Francisco no Museu de cera em Paris.

Você pode ir à Europa Parte 4: Como lidei com a esclerose

“Ah, Rafaella, porque você falou tão pouquinho de Amsterdã e está falando tanto sobre Paris?”, você pode se perguntar. Pra ser sincera, eu também não sei. Talvez seja porque lá eu visitei mais lugares, enfrentei mais medos (por não falar francês, por exemplo) e por ver coisas que antes só conhecia pelos filmes. Tudo surreal, sabe? Talvez tudo isso tenha feito a experiência mais empolgante e rica, ao meu ver. E desde já peço desculpas por demorar tanto, mas quero tentar passar o máximo para vocês. Também quero mostrar que é possível um paciente de esclerose múltipla se virar e se aventurar por esse mundo. Tomo duas medicações diárias: Gilenya (Fingolimode, para a EM) e outro para insônia. Também uso vitamina D em alta dosagem (20 mil unidades diárias) e levei tudo isso na minha mala. Aliás, levei uma pequena farmácia, pois me precavi para qualquer dor que pudesse sentir. Tive um relacionamento sério com o Dorflex naqueles dias rsrsrs Além disso, o floral de Bach me acompanhou antes, durante e depois da viagem, o que me ajudou a controlar a ansiedade e manter o equilíbrio. Tambem tive o cuidado de levar a quantidade certa de cada medicação e relatório do meu neurologista em português e inglês, caso fosse necessário apresentar no aeroporto ou em caso de alguma emergência. Outra coisa muito importante, que todo mundo deve fazer – com ou sem alguma doença – é adquirir um seguro viagem. Além de te proteger se sua bagagem for extraviada, por exemplo, ele te deixa seguro caso sofra um acidente, precise de atendimento médico ou comprar remédios. Dessa vez não precisei, mas em 2015 eu fui pra Irlanda no outono e fiquei gripada logo nos primeiros dias. Acionei o médico do seguro e ele veio até mim. Ele era espanhol ou italiano, não falava português e nem inglês, mas apesar disso conseguimos nos entender. Ele me examinou e me deu a receita de um medicamento. Comprei e na minha volta ainda fui reembolsada pelo valor que tive de gastar. O seguro é o tipo de coisa que você compra esperando não precisar usar, mas é melhor se precaver do que ter uma intercorrência e ter que pagar tudo em euros (já que lá não tem sistema de saúde gratuito). É melhor evitar. Mas no geral, não tive grandes problemas por conta da EM na viagem. A fadiga me pegava de vez em quando, o que me obrigava a ter de descartar alguns passeios. No meu último dia em Paris, por exemplo, meu plano era ir à Torre Eiffel, à Catedral de Notre Dame e à igreja do Sagrado Coração. Estava um dia de muito calor e já havia ficado horas na fila para subir ao topo da Torre (apesar de ter tido a facilidade de pegar uma fila diferente, por causa do diagnóstico). Mesmo após almoçar e descansar um pouco, não conseguiria ir a outros lugares. O jeito foi me conformar e voltar para o hostel rsrsrs Falei demais né? Vou parar por aqui, mas semana que vem ainda tem mais! Vou tentar terminar de contar a minha história, prometo! Te vejo lá 🙂 Fotos: eu, do alto da Torre Eiffel e a vista do Rio Sena do alto da Torre.    

Você pode ir à Europa – Parte 3

Finalmente estava em Paris! Depois de mais de 7h sem comer nada, só bebendo água, eu estava no meu hostel. Tive de sair em busca de comida e naquela altura do campeonato qualquer coisa servia. Na esquina, havia uma hamburgueria e foi lá que matei quem estava me matando. Depois de tomar um bom banho e dormir muito, já estava pronta pra conhecer a Cidade Luz! Era domingo e meu roteiro seria: Museu do Louvre e Arco do Triunfo. Tudo de graça! Como consegui?  No momento em que fiz a reserva do hostel no Booking.com ganhei entrada gratuita em várias atrações o que, mais uma vez, me poupou de enfrentar filas enormes. Da mesma forma como em Amsterdã, é possível comprar a entrada antecidapada para os pontos turísticos parisienses. Antecipe-se e economize muito tempo! Já de longe eu avistei o lado de fora do Louvre, a cúpula triangular. A medida que eu entrava, ia ficando cada vez mais boba: eu realmente estava no museu mais famoso do mundo! Nem parecia real, de tão incrível! Já de cara fui conhecer a Monalisa: um quadro pequeno e há  mais de 5 metros de distância do público. Depois fui caminhando sem rumo pelos corredores, entrava onde dava vontade. Tudo muito lindo! E sim, o lugar é enorme. Dizem que leva 4 dias para ver tudo. Depois de 2h eu já estava cansada e faminta então saí para almoçar. Eles realmente têm o costume de deixar mesas do lado de fora dos restaurantes e é uma delícia comer ao ar livre, observando a paisagem. Depois era hora de conhecer o Arco do Triunfo e lá a esclerose múltipla serviu pra alguma coisa. Só era possível subir ao topo do edifício pelas escadas, o que eu não estava bem um pouco afim de fazer (o elevador era só para deficientes físicos). Pensei em falar que tinha EM, estava sem meu relatório médico, mas poderia mostrar a caixa do remédio que uso caso precisasse comprovar o diagnóstico. Para minha surpresa, não pediram nenhum comprovante e assim que falei que tinha esclerose me direcionaram para o elevador! Subi feliz da vida por economizar tempo e esforço. E lá em cima pude apreciar uma vista sensacional da cidade. Não dava vontade de descer, mas após alguns minutos tive de sair. O cansaço falou mais alto e voltei para o hostel. No próximo texto, vou mostrar outros lugares que visitei,  dentre eles a Torre Eiffel. Te vejo semana que vem  🙂 Foto da vista do topo do Arco do Triunfo e na frente do Louvre.

Você pode ir à Europa – Parte 2

No primeiro texto sobre minha viagem, contei um pouco sobre minha estadia de 3 dias em Amsterdã. De lá parti de ônibus em direção à Paris. Foram 7 horas de viagem, que contou com alguns contra tempos, como o fato de eu não ter levado comida o suficiente e ter passado muita fome e de na conexão em Bruxelas ter tomado uma chuva gelada que me deu mais vontade ainda de parar tudo e ir embora pro Brasil. “Você não vai chorar e não vai reclamar! É tudo aprendizado pra você se preparar melhor para as próximas vezes”, disse para mim mesma. Meu maior receio em ir à Paris era em relação ao que já tinha ouvido falar sobre a forma como muitos parisienses  tratavam os estrangeiros. Ouvi muitas histórias deles ignorando ou sendo grosseiros com quem não falava francês. Tinha ensaiado algumas frases básicas para pelo menos cumprimentar e perguntar algumas coisas no idioma. Seja o que Deus quiser rsrs Chegando lá o próximo desafio seria chegar até o hostel e me achar entre as centenas de estações de metrô. Sério, o mapa do metrô é E N O R M E! Em cada esquina tem uma estação e é preciso prestar muita atenção para não pegar a linha ou o sentido errado e se perder. Aqui vai uma dica: lá você pode comprar um bilhete especial para andar no transporte público (metrô, ônibus, tram) à vontade por 1, 2, 3 ou 5 dias. O nome é “Visite Paris” e cada um tem um preço. No meu caso comprei o de 3 dias, que custou 26 euros. Ainda há outros tipos de bilhetes, se você pesquisar em sites e blogs de viagem vai encontrar outras opções que mais se adequam ao seu bolso. Depois de muito perguntar e quase começar a chorar de novo achei o hostel. E logo já fiz amizade com a moça que dividiria o quarto comigo: uma chilena muito simpática que também andou comigo em vários lugares. Foi a oportunidade de eu treinar o meu “portunhol” rsrsrs Uma das coisas que mais gosto é conhecer novas pessoas e culturas e me hospedar em hostel me ajudou nessas duas coisas. Em Amsterdã, dividi o quarto com mais 5 pessoas e a cada dia uma ia embora, dando lugar a outra. Era uma surpresa diária! Conheci homens e mulheres de todo canto do mundo: Estados Unidos, Londres, Espanha, Marrocos, Irlanda, Canadá… Era uma oportunidade diária para aprender algo novo. Se isso também te encanta, trate de economizar dinheiro, colocar uma mochila nas costas e fazer o mesmo! Bom, acho que o texto ficou bem grande e eu não consegui contar o que vivi em Paris, nem como lidei com a esclerose nesses dias. Acho que você terá de voltar semana que vem para saber como essa viagem continua. Te espero aqui! Na foto, eu e a Monalisa, no Museu do Louvre.

Você pode ir à Europa-Parte 1

Em agosto tirei as minhas desejadas férias. Como eu precisava delas! Não só para descansar o corpo, mas principalmente a cabeça. Desde o início do ano eu estava planejando minha viagem: iria para Dublin, na Irlanda, Amsterdã, na Holanda, e Paris. Quase um mini mochilão. Já havia calculado os gastos e todas as passagens e hospedagem já haviam sido pagas. Não digo que foi fácil, mas com economia e planejamento, tudo se encaixou. Uma prova de que você não precisa ser rico (a) para conhecer a Europa. O importante mesmo é ser mão de vaca e não fazer questão de luxos: hostel em vez de hotel, lojas populares em vez de lojas de marca, comida simples ou até uma passada no supermercado em vez de um restaurante “tré chic” rsrs Mas outro detalhe que foi essencial para que tudo acontecesse foi coragem e fé para vencer os medos. Falo inglês a nível intermediário e em Dublin ficaria hospedada na casa de um amigo com quem passaria uma semana. Mas para os outros dois países eu iria pela primeira vez e sozinha. Será que eu senti medo? Sim, e como! Quando cheguei em Amsterdã via placas com frases em holandês e só conseguia me perguntar onde eu estava com a cabeça quando decidi fazer essa viagem.   Estava cansada, com fome e o que eu mais queria era voltar para o Brasil, para minha casa, para minha cama. “Agora já era, estou aqui e vou encarar isso. Rafaella, você vai conseguir!”, dizia para mim mesma. E não é que eu consegui? No mesmo dia fiz amizade com uma paquistanesa com quem andei pela cidade. No total, fiquei três dias por lá. Se você pretende conhecer a cidade, vou dar um spoiler sobre o que te espera: se prepare para enfrentar bicicletas indo e vindo por todos os lados  (quase que algumas me atropelaram rsrs). E também se prepare para sentir cheiro de maconha o tempo inteiro. Lá as drogas são legalizadas então também não estranhe as dezenas de lojas que vendem tudo com e sobre a erva rsrsrs E compre as entradas para os museus e atrações antecipadamente, pela internet. Ou se prepare para ficar pelo menos 3 ou 4 horas em cada fila. Museu de Anne Frank, do Van Gogh, passeio pela fábrica da Heineken, Rijksmuseum, Stedelijk, Madame Tussauds (Museu de cera) e todos os outros podem ser adquiridos online. É só dar um Google. Na próxima semana falo sobre Paris e como lidei com a EM nesses dias. Até lá!

Reféns do espelho

A maioria das mulheres trava uma batalha, muitas vezes cruel, contra o próprio corpo. Vira e mexe, queremos mudar algo em nós mesmas e, sejam anônimas ou celebridades, dificilmente estamos 100% satisfeitas com a nossa aparência. E a culpa é de quem? Vivemos à mercê do estereótipo de beleza imposto pela moda e pela mídia. Só se mantém no padrão quem nasceu agraciada pela magreza natural ou vive dessa indústria e é capaz de passar horas por dia em uma academia para modelar cada músculo. O problema é que essa imposição midiática muda a forma como as pessoas se enxergam e como veem umas às outras. Daí surgem os preconceitos, problemas de autoestima, imagem deturpada de si mesmo, transtornos alimentares e tantos outros. Recentemente, a atriz Estefani Abiaquila, de 28 anos, foi mais uma dessas vítimas. Ela compartilhou em seu Facebook uma foto de quando estava em uma festa com amigos (veja foto no início do texto), mas, além das curtidas e reações, também recebeu uma mensagem, no mínimo, constrangedora. Um colega da época da escola enviou o seguinte texto: ‘Em nome dos momentos e amizade bacana que tivemos queria te dar um conselho. Roupa com barriga de fora é pra quem tem corpo, fora isso tá passando vergonha’. “Quando vi que ele tinha me mandado mensagem, fiquei muito feliz porque fazia tempo que não nos falávamos, mas quando li o conteúdo fiquei sem reação. Na hora pensei em xingar, postar no Facebook e marcar ele, mas achei melhor visualizar, não responder e excluí-lo, para não reforçar o discurso de ódio”, relata Estefani. E, para ajudar a combater o preconceito, a atriz resolveu compartilhar sua experiência em sua página, mas o que ela não esperava era receber o apoio dos familiares, amigos e até de estranhos. Muitos tiraram fotos de suas barrigas e compartilharam na rede social criticando o ataque à amiga. “Eu fiquei emocionada com o carinho, recebi várias mensagens de apoio e depoimentos de pessoas dizendo que já passaram pela mesma coisa”, fala. “Infelizmente, a mídia vende que o bonito é a mulher branca, de cabelo liso e magra. E eu sou totalmente o contrário. Não foi fácil eu me aceitar, precisei de amigos me mostrando o quanto eu era linda do jeito que eu sou. As pessoas não podem ser reduzidas à beleza física, existem coisas mais importantes que isso”, reflete. Não sei quando elegemos alguém para ditar o que e quem faria parte do mundo fashion. Não sei como fomos capazes de permitir que todos esses estereótipos fossem aceitos e transformassem nosso paladar estético. Não lembro onde eu estava quando os corpos se tornaram mais importantes do que as pessoas. Mas eu sei quando isso vai acabar. Quando eu e você pararmos de acreditar nessas mentiras. Quando não aceitarmos mais nos moldar à opinião de pessoas que nunca se dariam o trabalho de conhecer nossa história. De dar audiência para quem só tem um único objetivo: sugar nosso tempo, paz de espírito, dinheiro e, depois de ter extraído a última gota, abandonar nossos restos no meio da estrada. Essa revolução começa em você.  

Apoio na luta contra o câncer Filha faz vídeo para animar a mãe que enfrenta a doença e emociona internautas

No Brasil e no mundo, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, depois do de pele não melanoma, de acordo com o Instituto Nacional de Cânces (Inca). Há sete meses, a pernambucana Marinalva Silva foi mais uma a enfrentar este terrível diagnóstico. Sua luta contra a doença ficou conhecida após sua filha, Geysa Souza, de 16 anos, comover as redes sociais com um vídeo postado em seu Twitter. Na publicação, a jovem colocou seu próprio cabelo sobre a cabeça da mãe (que já está careca pela quimioterapia) para mostrar como ela ficaria quando vencesse o câncer. Marinalva viu tudo pela câmera do celular da filha, mas não sabia que estava senda filmada e gargalhava com a brincadeira da jovem.   Geysa resolveu compartilhar a gravação que, em menos de 24 horas, teve mais de 20 mil compartilhamentos e mais de 43 mil curtidas. Assista abaixo:  https://twitter.com/stylesperta/status/876527243538964480   Por Rafaella Rizzo     

Criança vê noiva na rua e pensa que ela é a princesa da capa de seu livro!!

Essa criança também não se importou com o fato da mulher do encarte ser branca e a noiva negra !!!   Por Rafaella Rizzo / Fotos: Stephanie Cristalli   Uma das coisas mais belas nas crianças é a pureza. Elas não se importam com detalhes que, às vezes para os adultos, fazem diferença como a cor da pele, por exemplo. Para elas, todas as pessoas são iguais. Prova disso foi um curioso caso que aconteceu durante um casamento em Seattle, nos Estados Unidos. O casal Shandace e Scott posava para fotos na rua quando perceberam que uma menininha olhava encantada para a noiva. Ela estava com a mãe e carregava um livro que tinha a imagem de uma mulher vestida de branco na capa. O livro é um romance do século XIX, que não foi escrito para crianças. Além disso, a pequena menina ainda não sabe ler, mas levava esse livro como se fosse a história de uma princesa. Ao ver Shandace vestida de noiva, teve certeza de que ela era a heroína de seu livro. Mas a beleza dessa história está no fato de que a mulher da capa é branca, enquanto Shandace é negra, detalhe que foi totalmente ignorado pela menina. O casal parou para conversar com ela e tirar algumas fotos. Scott, o noivo, publicou as imagens que, em dois dias, teve mais de 600 mil visualizações e agora ultrapassa as 700 mil. “Acho que as pessoas estão se conectando com sua criança interior ao ver estas fotos, e se contagiam com a felicidade expressada pela menina”, comentou Shandace. Ser como uma criança!! Por meio de sua pureza, simplicidade e inocência, a menininha deu exemplo de como os adultos devem agir: olhar o próximo como igual e não olhar as características que podem nos diferenciar. Infelizmente ao crescer, muitos são contaminados por racismo e preconceito, mas o relato acima nos ajuda a lembrar de que a etnia, a cor, a classe social ou qualquer outra característica física não devem impedir o respeito e os relacionamentos de acontecerem.  

Bala é 1 real. A conversa é de graça.

“Obrigado pela conversa”, me disse o jovem vendedor ambulante antes de descer do ônibus e ir para outro, continuar o seu trabalho. Não que tivesse sido uma conversa extensa, cheia de assuntos e troca de ideias. Idade, onde mora, “vende bem?”, “no trem vende mais” e coisas parecidas. Começou com: “você aceita cartão?”. Ele não tinha máquina, então eu fiquei sem a minha bala ‘Fini’. Mas o agradecimento me chamou a atenção. Algo simples e gratuito como o ar receber um “obrigado”.   “Vai com Deus, bom trabalho”, respondi.