O semeador e as palavras

A parábola do semeador  é perfeita para descrever minha pequena missão como blogueira. Jogar sementes de ideias ao vento ou Wi-Fi. As palavras são sementes ao vento. Hoje em dia palavras são disseminadas via Wi-Fi. O nome Wi-fi é uma abreviação da expressão “wireless fidelity”, que, ao traduzir significa fidelidade sem fio. O wifi, como todos já devem saber, é uma conexão feita sem a necessidade de cabos e fios. Sendo possível vários dispositivos se conectarem em uma mesma rede. Wikipedia- acesso dia 13 de julho de 2020. As sementes podem cair num solo pedregoso, onde não há oportunidade da semente deitar raízes profundas e assim o vegetal desfalece. A missão da semente não se concretiza. As sementes podem cair num terreno espinhoso e a plântula morrer asfixiada,  finalmente, se cair em solo fecundo, com água a planta se desenvolverá. Assim, são os corações e mentes das pessoas. Às vezes são terrenos pedregosos- onde é muito difícil que a palavra ecoe, onde a frágil raiz consegue se embrenhar. As sementes podem ser jogadas em locais espinhosos, onde são .sufocadas pelos espinhos. Onde palavras são ditas com um ruído de fundo, alto e sufocante, não tem espaço para cumprir sua função. O solo fecundo são mentes abertas ao pensamento e ao diálogo. A semente que cai, viceja em frutos. As sementes são palavras, frutos as consequências Não sou Jesus Cristo nem nenhuma evangelista, muito menos pregadora, apenas eu me apropriei de uma parábola onde achei uma bonita metáfora entre ser blogueira e o semeador. Quem escreve sempre procura que suas palavras caiam em solo fecundo, receptivo à vida. Quem escreve deve lançar ideias e reflexões, não escrever por escrever. Tudo bem se o solo não é fecundo, mas a palavra foi lançada. Eu jogo sementes ao vento, espero dispersar boas plantas; enfim, tudo isso é uma parábola. Falando como bióloga as sementes podem ser dispersadas de muitas formas. Não somente pelo vento; podem ser transportadas  pelos animais no pelo; através do trato digestivo destes quando comem os frutos;  pela água etc . E na maioria das vezes, para deitar a pequena raiz precisa de água e intensos arranjos metabólicos de hormônios na pequena semente Contudo eu  serei bióloga e semeadora, enviarei minhas sementes via Wi-Fi e vocês também a receberão assim. Sinal dos tempos modernos.   “… As pessoas estão querendo o que eu tenho para oferecer? Se não, o que posso fazer diferente? … O que vocês fizeram por mim? Onde estavam na crise? Aqueles que se posicionaram contundentemente a favor de quem precisa terão dianteira enorme nos corações e nas mentes das pessoas quando a crise passar. E ela vai passar”   Onde vocês estavam na crise? Nizan Guanaes. Folha de São Paulo, 14 de julho de 2020   “Quem elegeu a busca, não pode recusar a travessia.” Guimarães Rosa

Desmistificando a Fadiga na Esclerose Múltipla

A fadiga é um sintoma comum na esclerose múltipla, caracterizada pela sensação de desgaste, cansaço e falta de energia, que pode acometer não só pessoas com doenças neurológicas e autoimunes, mas também aquelas que não apresentam patologias, uma vez que pode surgir decorrente de distúrbios do sono, distúrbios cognitivos e, principalmente, da dor. Daí você pode perguntar: a fadiga acontece da mesma forma em um paciente com EM e em uma pessoa sadia? A resposta é não. Na EM, segundo levantamento realizado, recentemente, cerca de 80% dos pacientes sofrem com a fadiga. E o resultado é um impacto limitante enorme na rotina diária destas pessoas. Ainda muito pouco compreendida, a fadiga é habitualmente confundida com uma depressão ou, até mesmo, fraqueza muscular, sendo uma das principais causas de desemprego em pacientes com EM. Este sintoma pode se desenvolver de diversas formas. Existe a fadiga de cunho fisiológico, como a muscular, visual ou auditiva, e podemos, ainda, compreendê-la dentro de um contexto psicológico, associando-a ao estresse, depressão ou ansiedade. Não importa qual delas é aquela que te incomoda, o importante é você reagir diante do quadro, uma vez que nenhum medicamento é 100% eficaz em relação ao sintoma. A “fadiga primária” é a mais frequente na EM, sendo de grande intensidade e associada a um grau de incapacidade persistente, principalmente, nas rotinas diárias, não estando associada aos surtos da doença. Pode acontecer de forma isolada, em períodos de remissão. Estudos sugerem que a fadiga muscular assume papel importante na patogênese funcional da EM, ou seja, ela acentua dificuldades de realizar simples tarefas, principalmente em pacientes com maior incapacidade física. E como enfrentar a fadiga? Um relevante número de estudos comprova que, em diversas situações, um bom condicionamento físico pode levar à melhora da fadiga. Diante disso, podemos afirmar que a atividade física tem se mostrado o principal aliado na luta contra este sintoma que tanto incomoda os pacientes com EM.. De qualquer forma, é importante lembrar que nenhum caso na EM é igual ao outro. Portanto, antes de definir a melhor linha terapêutica para a fadiga, é necessário identificar, junto a profissionais capacitados, qual a intensidade de fadiga apresentada pelo paciente, como ela está agindo e se manifestando, quais os fatores desencadeantes ou agravantes. A partir disso, serão determinados os programas físicos e terapêuticos ideais. Segundo a neurologista Maria Fernanda Mendes, “na abordagem global da fadiga, devemos considerar, além dos aspectos fisiológicos e psicossociais, os aspectos culturais e comportamentais, únicos para cada indivíduo, e com interferência direta nas suas consequências e, desta forma, na sua qualidade de vida”, diz ela. Ou seja, todos os fatores são levados em conta para enfrentar a fadiga. Atividade física e terapias emocionais mostram ótimos resultados, assim como uma dieta direcionada, associada à presença e apoio da família. Quando juntamos a isso pequenas coisas que fazem bem, como ler, ir ao cinema, assistir uma série preferida ou brincar com o cachorro, teremos uma linha multidisciplinar que poderá ajudá-lo a enfrentar este que é um dos maiores fatores limitantes da EM. Respeite seu corpo, suas dores e limitações, mas não cruze os braços diante da dificuldade.     Wellington Oliveira Educador Fisico CREF: 16983 G/RJ  

Pós pandemia

O que acontecerá quando tudo acabar? A pandemia pode acabar de várias maneiras, dependendo do ponto de vista. Epidemiologicamente, depende da famigerada imunidade de rebanho, quando a população chegar a ela. Imunidade de rebanho  é o efeito de proteção que surge em uma população quando uma percentagem alta de pessoas se vacinou contra uma certa doença. Por obra da “imunidade de rebanho”, mesmo quem não está vacinado fica protegido do patógeno causador da doença. Exemplo clássico de vacina que produz imunidade de rebanho quando 95% de uma população a recebeu: a vacina contra o sarampo. Com 95% das pessoas imunizadas, o vírus não circula mais, a doença desaparece e quem não pode tomar a vacina fica protegido. http://coronavirus.butantan.gov.br/ultimas-noticias/o-que-e-imunidade-de-rebanho Biologicamente, será mais  um fenômeno natural e evoluído que não terminará, apenas se processará Se a definição de pandemia valer, nossa mente poderá ter  noção de um final, não o processo biológico em si. O assunto do texto não é o final da pandemia- mas o que será depois . O que será depois de nós, da Terra, da economia , da liberdade, do beijo, do abraço ou  do aperto de mão. Eu não sou advinha, não tenho premonições. Gostaria como sempre de refletir. Nos recuperaremos economicamente? Muito provável, mas vai demora, e exigirá muito cuidado ;  mas o mercado se restabelecerá, continuarão existir pobres e ricos; e,  a desigualdade continuará, de qualquer maneira. Como serão nossas relações como amigos? Talvez estejamos mais ternos, mais compreensivos, mas ainda teremos medo de nossas manifestações de amizade; curtiremos um aceno  e nos contentaremos assim. Como serão os encontros de família, o almoço de domingo, ,o Natal? Aprenderemos  com a pandemia, qual o verdadeiro significado destas datas dessas reuniões? Comeremos em público um cachorro quente lambuzado no carrinho da rua? Acho q sempre, a fome fala mais alto, seja a sua ou do vendedor do “Hotdog”  que põe  à  mesa o arroz feijão. As relações de trabalho serão diferentes? Sim; a tecnologia, proporcionará artefatos antes inexistentes, meios de produção diferentes..  Podemos trabalhar em casa e produzir mais; porém essa produtividade poderá nos escravizar com a exigência patronal A dualidade mestre-senhor do filósofo Hegel mudará. A liderança será diferente Os núcleos familiares serão menores e mais embalados pela confiança. A escola vai transformar-se; os alunos da pandemia perderam a experiência das aulas presenciais, mas ganharam um verniz de aspecto tecnológico. Acentuará mais as diferenças sociais também pela distribuição desigual da famigerada internet Já não leremos gestos, expressões faciais, porque nosso sorriso será enquadrado  virtualmente numa vídeo chamada. A solidariedade existirá, mas as suas lições  serão esquecidas. A história conta que a humanidade com sua capacidade de adaptação resistirá , se adaptará. Já  aconteceram: guerras, a peste negra, a gripe espanhola, e, embora catastróficas; algumas coisas não mudam. Oxalá,  a humanidade mudasse para melhor, para o cuidado de si e do planeta. Se você tem insônia, por causa de ansiedade sobre o que acontecerá depois da pandemia, se você acredita em um “novo normal” , desculpe não existe normal . Existe só a história de uma maneira diferente. Nem melhor , em pior apenas diferente. Seremos ainda humanos com mais experiência e diferentes. Espero que não seja só isso.   “Quando a situação for boa desfrute a . Quando a situação for ruim , transforme a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se.    “Não espero mais nada da  minha vida. – Não e a vida que espera algo de você?” Viktor Frankl   Ambas citações  Folha de São Paulo, 30 de abril citado por Mirian Goldenberg

10 coisas positivas que aprendemos com o Coronavírus

Estamos cientes do momento difícil que estamos vivendo, mas queremos espalhar um pouco de positividade em meio a tanta mensagem negativa. Porque, sim, mesmo em situações difíceis é possível obter algo de bom. Vamos colocar o foco no copo meio cheio. Em meio à pandemia causada pela COVID-19, mais conhecida como o coronavírus, a sociedade vive com medo e parece que nada de bom pode vir desta situação. Mas como tudo, tem dois duplo,  queremos prestar atenção a alguns dos aspectos que foram gerados e que nos podem ajudar a tornar o processo mais suportável.   Redução das emissões de Co2   As alterações climáticas são fatos que estão atingindo níveis preocupantes, causando catástrofes naturais e outras situações que põem em perigo o planeta que habitamos. O Coronavírus obrigou os países a fechar, entrou em colapso econômico, mas a poluição diminuiu consideravelmente, tornando melhor a qualidade do ar que respiramos.   Esforços para conciliar a família e o trabalho   Esta situação resultou num avanço nas técnicas de Home Office para a progressão de novos sistemas de conciliação familiar e de trabalho que estão sendo experimentados agora e que podem servir para o futuro. Trabalhar a partir de casa pode ser eficaz e até agradável, se criarmos o ambiente certo.   O antídoto para as Fake News    A crise do coronavírus também vai ter consequências importantes no mundo da informação e poderá ser a vacina perfeita contra as tão denunciadas “fake news”. O consumo de notícias disparou nos últimos meses em todos os meios de comunicação físicos e online, que viram o seu número de visitas aumentar consideravelmente.  Mas aqueles que serão realmente fortalecidos serão os meios de comunicação que realmente satisfazem a voracidade da informação útil e verdadeira dos leitores. Quando a saúde está em jogo, nem tudo vale o clique. Nós jornalistas estamos verificando todo o resto para as redações oferecendo a melhor informação sobre o coronavírus, e qualquer coisa que cheire a “fake news”, sensacionalismo ou desinformação.   Aprender a se proteger   Tossir no cotovelo, não tocar no rosto, lavar as mãos, respeitar a distância entre as pessoas… Há três anos, os pediatras inventaram o “rap da tosse e do cotovelo” para ensinar as crianças a reduzir a transmissão de doenças contagiosas. Mas foi preciso um coronavírus para nos ensinar de uma vez por todas a importância de manter uma higiene básica como cortesia e responsabilidade individual, também para futuras infecções de doenças mais brandas. Existe uma grande quantidade de informação sobre formas de evitar doenças.   Hábitos alimentares mais saudáveis   Como se a mensagem de que uma dieta mais natural e equilibrada é crucial não tivesse ido suficientemente longe, este vírus vem dizer como é importante comer alimentos como frutas e vegetais para impulsionar o nosso sistema imunológico. Além de fazer yoga e outros exercícios físicos que equilibram a nossa mente e o nosso corpo, os quais, afinal de contas, andam de mãos dadas, um não pode estar certo sem o outro.   Maior consciência social   Voltando ao sábio discurso de Morelli, “numa fase social em que o pensamento sobre si próprio se tornou a norma, este vírus nos envia uma mensagem clara: a única saída é nos unirmos, fazer emergir em nós o sentimento de ajudar os outros, de pertencer a um colectivo, de fazer parte de algo maior pelo qual somos responsáveis e que este, por sua vez, é responsável por nós. Co-responsabilidade: sentir que o destino das pessoas à sua volta depende das suas ações, e que você depende delas”.    Efeitos de solidariedade   Em frente a esta crise, surgiram situações de solidariedade que mostram que os seres humanos são bons e simpáticos. O ser humano faz sobressair o melhor de si próprio em situações limite como a que estamos vivendo. A ameaça global do coronavírus colocou à prova a capacidade de solidariedade e empatia dos cidadãos. Podemos afirmar que a sociedade respondeu com uma multiplicidade de iniciativas de solidariedade para ajudar os mais vulneráveis e para manter a mente ativa durante os dias de confinamento. Porque não estamos sozinhos na luta contra a doença.   Ser capaz de parar e desfrutar de coisas simples que nos trazem bem-estar   Obviamente, não estamos de férias. Esta é uma situação excepcional em que é melhor ficar confinado à casa para não infectar ou ser infectado. O que é que fazemos? Bem, aproveitamos para desfrutar do nosso tempo livre, do muito necessário descanso, com uma reputação tão má. “Numa sociedade baseada na produtividade e no consumo, onde todos corremos 14 horas por dia a persegui-la, não se sabe muito bem o que, sem descanso, sem pausa, de repente nos é imposto uma paragem forçada. Em silêncio, em casa, dia após dia. Contando as horas de um tempo às quais por vezes não damos o valor que realmente tem.   Uma criatividade Transbordante   O medo da doença nos faz refletir sobre a necessidade do contato físico, mas também desencadeou a criatividade, inventando novas formas de relacionamento que podem, talvez, permanecer para sempre. Jantares de skype, cânticos das janelas, consertos online, visitas virtuais a museus… Estas são apenas algumas das iniciativas que surgiram para apaziguar o sentimento de solidão causado pelo isolamento.   Dar mais importância à Pesquisa Científica   A atribuição de mais recursos à pesquisa é algo que tem sido constantemente solicitado. Sem pesquisa, não há cura e isto parece ter se tornado mais evidente na esteira do Coronavírus. A melhoria do sistema de saúde pública tem sido também um efeito secundário desta situação sem precedentes. Dadas as circunstâncias, vamos tentar manter a calma e ver as coisas de uma perspectiva mais positiva.    Referências: https://www.emonetoone.es/vivir-con-em/10-cosas-positivas-que-hemos-aprendido-con-el-coronavirus?fbclid=IwAR35vSvdwZZRfk4yiSq1jc1EBw3F3NuZne1OM-QPpbHNb8kKPYm_4iLgdSw  

Um apelo

Precisamos de pequenos gestos, migalhas desprezíveis, mas precisamos agir. Nossa incapacidade de perceber que alguns comportamentos podem ser parte de um conjunto maior. Tudo caminha a diminutos passos. A ciência caminha assim; a arte caminha dessa maneira; a sabedoria também. A proteção do meio ambiente, depende de comportamento individual e também da consciência de coletividade.  Você só  compra a ideia  se você faz,  se você pratica. Nossas ações são como reflexos num lago de consequências. Poupar água, desligar luzes desnecessárias são pequenas ações que, até os quebradinhos podem tomar. Às vezes as ações não precisam de braços, mas de mentes. Sim, isto é um apelo a você que acha que sua atitude pequena  não pode mudar o “status quo’. Se você desliga a torneira enquanto escova os dentes . -parabéns. Se você explica a uma criança ou adulto, o porquê disso.. Você é privilegiado. Você, quebradinho, pode também ajudar a preservar  o ambiente com seu exemplo, com seu diálogo. Todos nós podemos fazer alguma coisa; é só querer. Todos somos filhos da mãe Terra, e, é nossa responsabilidade  cuidar da nossa casa. Se você fez corpo-mole por causa de sua doença, sua condição, não se esqueça, que você também sobrevive nessa espaçonave e utiliza recursos dela  e eles são finitos . Vivemos uma pandemia:  alguém já perguntou se há relação entre o aparecimento desse vírus  e o desmatamento, o desaparecimento de habitats e a complexidade da vida. Tudo está relacionado: a vida, o vírus  e nosso comodismo. E se  a gente for além de nosso comportamento individual e conseguir ações públicas em favor do meio ambiente Você  pode pensar e,   assim, planejar uma coleta seletiva no seu condomínio? O que você fez hoje para cuidar da nossa casa: a Terra? Achou que eu ia deixar os quebradinhos fora dessa? Prestem atenção, somos todos  responsáveis uns pelos outros. Por favor, tenham compaixão pelos outros, por nós, pela Terra!   “A ciência e grandes coisas resultam de uma série de pequenas coisas”  máxima de Vicent van Gogh   “Isso não significa, é claro, que a conduta pessoal não tenha algum peso. O problema está em se contentar com essas posturas individuais. Uma boa ação feita em casa não exclui o bom samaritano de se responsabilizar pelo apoio a transformações em níveis mais amplos, como pressionar por medidas sustentáveis. “Ecologo -prof USP .Luiz Antônio Martineli   “Seremos bem sucedidos apenas em conjunto. Será que um de nós consegue?; se sim , será  que todos nós podemos fazer mais?” Abraham Lincoln, ex presidente dos EUA. Veja 2635-ano 52 no. 21

Isolamento social

Isolados deixaram os  níveis de emissão de gás carbônico e dióxido de enxofre  baixos,  pouca poluição, uso de petróleo menor; o  planeta Terra agradece. Isolados- alguns puderam contar com mais convívio do grupo familiar, puderam brincar com seus filhos, experimentar criá-los. Isolados – outros tiveram a oportunidade de parar o ritmo frenético de trabalho, meditar e encontrar seu “eu” Isolados – também ouviram música e dançaram Isolados – reinventaram suas vendas e seu aprendizado. Isoladas – as crianças aprenderam em cursos on-line, brincaram, brigaram e fizeram as pazes. Isolados – os namorados pensaram em seu relacionamento. Isolados – aprenderam a beijar e abraçar com o coração e não com o gesto. Isolados – perceberam os seus sentimentos cristalinos e verdadeiros pelas pessoas. Isolado, alguém se sentiu só , muito sozinho e caiu em depressão e ansiedade, Não isolados continuaram seguindo com sua vida, seus negócios, seu aperto de mão. Não isolados queriam se isolar- mas o dever os chamava, profissionais da saúde,  coletores de lixo, guardas, motoristas de ônibus, caminhoneiros, entregadores em geral. Não isolados queriam se isolar, mas seus lares comportavam muitas pessoas por cômodo, as comunidades da periferia. Não isolado também foi a vizinha teimosa e idosa, que foi dar um “role” sem máscara. Não isolados estavam em filas nos bancos e supermercados. Não isolados estavam os jovens em seu baile funk corriqueiro. Isolados – nós observando tudo: desfalecer a economia e a saúde. Isolados, nós percebemos a fragilidade da vida e todas as mazelas que podem ocorrer numa situação de crise de luta contra um inimigo que não conseguimos enxergar. Isolados, nós estamos nus, a nossa sociedade, está nua e não podemos esconder nossas vergonhas, a falta de equidade, um sistema cruel que seleciona quem vai viver. Isolados, nós estamos sós, porque não aguentamos a nossa angústia. Isolados- daremos uma folga ao sistema de saúde, com máscaras protegendo o próximo. Talvez, quando isolados ou não, aprenderemos o que é importante. Espalharemos redes solidárias… Isolados e não isolados, conseguimos de novo polarizar, como conseguimos sempre.   Qual é o nosso maior valor? Não responda, apenas reflita e aja.  # Fique em casa, pelo menos por enquanto, lave as mãos e aja

O Dia em que a Terra parou.

Por: Lucyara Canhadas   Essa noite eu tive um sonho: todas as pessoas combinaram de não sair de casa. O empregado não saiu para trabalhar, pois sabia que o patrão não estava lá. O estudante não foi estudar, pois sabia que o professor não estava lá. A sociedade escolheu sacrificar almas para o bem coletivo. São médicos, enfermeiros, profissionais de todas as áreas que a saúde pode abranger. São super-homens e supermulheres se dedicando para salvar vidas. O COVID-19 veio para salvar a humanidade. A Natureza deu sinais através das catástrofes naturais (queimadas, enchentes, deslizamentos, erupções e terremotos) no mundo inteiro. Quando a população mundial entendeu que ficar em casa era a única solução para se cuidar, a Natureza demonstrou sinais de agradecimento. O clima está mais limpo e respirável, pois os carros não estão soltando gás carbônico. Os rios e mares estão mais limpos e cristalinos, e, à noite, podemos ver estrelas. Sem falar das famílias que estão compartilhando o prazer de estarem juntos, mostrando dotes culinários que nem sabiam que tinham, brincando com as crianças e animais de estimação, assistindo aos filmes que nem sabiam que tinham no catálogo. Eu digo a vocês: isso vai passar. Até quando Deus achar que nós aprendemos a lição.   Em tempo: Lave sempre as mãos com muita água e sabão; Use máscaras de proteção se houver necessidade de sair de casa; Use álcool em gel; Proteja sua família e seus amigos.   Juntos venceremos essa luta. “ComVida-20”

Luta Mundial Contra o COVID-19

A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – (ABEM),a Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF) e a Aliança de Dados da Esclerose Múltipla (MSDA), uniram-se e lançaram uma Plataforma Mundial de Coleta de Dados de pessoas com Esclerose Múltipla que se contaminaram ou tiveram a suspeita da contaminação pelo COVID-19. Pedimos por gentileza aos pacientes que se contaminaram ou tiveram a suspeita do COVID-19 e também aos médicos e/ou profissionais da Saúde que atenderam pessoas com EM, preencham o questionário acessando o link abaixo: covid19.abem.org.br Vamos nos unir e trabalhar juntos , porque juntos somos mais fortes.