A DIFERENÇA ENTRE REMÉDIO E MEDICAMENTO

Podem parecer a mesma coisa, mas na verdade há diferença entre remédio e medicamento. Remédio: um termo mais amplo, vem do latim remedium (cura): Métodos ou cuidados terapêuticos que ajudam a aliviar desconfortos, mas que não passaram pelas etapas queum medicamento passa para ser liberado”. Medicamento: é um produto que foi desenvolvido por uma indústria farmacêutica ou farmácia magistral e que cumpriu todas as exigências legais definidas por órgãos regulatórios. Os efeitos são conhecidos e foram comprovados cientificamente por inúmeros testes. Fitoterápicos e homeopáticos também são medicamentos. Os fitoterápicos são obtidos exclusivamente de plantas medicinais. Já os homeopáticos são derivados de plantas, animais, minerais, de substâncias biológicas ou sintéticas e são utilizados conforme os princípios da Homeopatia Medicamentos são produtos que servem para: Prevenir o aparecimento de doenças (por exemplo, vacinas). Aliviar sintomas ou sinais (por exemplo, medicamentos contra dor e febre). Controlar doenças crônicas e reduzir o risco de complicações (por exemplo, medicamentos para pressão alta, diabetes, asma, entre outros). Recuperar a saúde (por exemplo, antibióticos). Auxiliar no diagnóstico de doenças (por exemplo, contrastes utilizados em radiologia e outros exames). Enfim, todo medicamento pode ser considerado um remédio, mas nem todo remédio pode ser considerado um medicamento. É importante você saber que há medidas que podem auxiliar na cura de doenças, tais como, dietas, repouso, exercícios, entre outras. Mas lembre-se de que somente um profissional de saúde habilitado pode orientar corretamente a respeito do tratamento das doenças. Fonte: Ministério da Saúde. Cartilha para a promoção do uso racional de medicamentos. 2015. https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento_fitoter%C3%A1pico Elaborado por: Enf. Dra Ivone Regina FernandesCoren-SP 34.495

Mecanismos de defesa

Mas afinal, o que é um mecanismo? De forma geral, um mecanismo abrange a definição de funcionamento, de modo a fazer com que algo funcione, figurativamente entendido como raciocínio e linguagem. Freud, por sua vez, entende os mecanismos de defesa como meios que seu inconsciente usa para mascarar a realidade, ou seja, são mecanismos usados para aliviar alguma dor ou uma forma de proteção em relação a alguma ameaça. Usamos vários desses mecanismos em diferentes situações e períodos de nossas vidas, para a Psicanálise, podemos considerar 7 mecanismos; Recalcamento ou Repressão, negação, regressão, deslocamento, proteção, isolamento e sublimação. O nosso foco será um único mecanismo, a negação. Para entendermos um pouco mais desse conceito, vamos pensar em algumas dessas seguintes situações; As pessoas são culpadas pelo seu problema? Você está sempre certo? As pessoas conspiram contra você? Tudo poderia ser diferente e eu penso em como poderia ser diferente? A situação não é tão ruim quanto os outros dizem? Nunca pensa nas consequências de seus atos? Vamos pensar agora, em um exemplo onde já passamos por uma situação muito difícil e dolorosa, para quantas dessas perguntas respondemos sim? Num primeiro momento é totalmente normal e compreensível usarmos o mecanismo de defesa da negação ao receber uma notícia desagradável, mas logo na sequência, devemos ser capazes de reconhecer a situação e lidar com ela. A fase da negação é comum no período da descoberta de uma doença crônica, pode aparecer e demonstra dificuldade de encarar a realidade, pode surgir diante de um diagnóstico inesperado e chocante. Consiste em negar uma dor, um desprazer ou algum risco (negar a doença ou coisas relacionadas aquela doença). Quando uma pessoa nega aquilo que está acontecendo, o pensamento sobre a situação é substituído por alguma fantasia, para que seja possível lidar com o problema. Leva-se um tempo para entrar em contato com o sofrimento. O problema é quando a pessoa se fixa na fantasia e não volta para a realidade, assim, age de maneira completamente disfuncional e negligente. Pode-se dizer que na negação existe uma dificuldade de lidar com a ambivalência. Ou é uma coisa, ou outra. Ou é bom, ou ruim. E isso nos faz evitar olhar e enxergar uma parte da situação, que é a parte que deixamos negada. A Negação é uma consequência natural de algo que nos dói muito. É muito comum que ao receber um diagnóstico, em algum momento existam muitos medos, muitos receios e dificuldade no processo de aceitação. A única certeza é a de que passaremos por essa fase em algum momento de nossas vidas. Entretanto, precisamos ter em mente que ao entrar em contato com o sofrimento, nos permitimos entender o que está acontecendo, cuidar de nós mesmos da melhor maneira, assim como lidar com as dificuldades. O contrário disso muitas vezes implica em mentir para nós mesmos

Mãe e Mulher

Mãe e mulher. Esta é uma experiência de vida. Não é ficcional. Eu admiro muito minha mãe , mulher forte e lutadora. Tudo começou em Portugal onde ela nasceu; veio com 8 anos de navio para o Brasil Não é por ser minha mãe, mas por ser uma mulher de tirar o chapéu. Estudou muito e fez faculdade, coisa inédita em sua família. E meu avô avançado para época, permitiu que ela estudasse sem trabalhar, quando o resto da família achava que ela tinha que ser costureira. Não quero desmerecer aqui nenhuma costureira, só quero dar importância ao Ensino Superior em uma época, em que não era comum, mulheres frequentarem uma faculdade. Na labuta do dia a dia, o dinheiro não veio fácil, meu avô até faxina de prédio fez, como os imigrantes faziam para ter uma renda para suas necessidades. Minha avó outra mulher que admiro, passava e engomava as camisas do maestro do teatro municipal. Lembro pouco dela; morreu cedo lutando contra um câncer. Mas voltando à minha mãe- ela se dedicou à carreira acadêmica e mais ainda à docência; foram gerações, que passaram pelo seu olhar atento e dedicação de quarenta anos. No seu trabalho enfrentou preconceitos por ser mulher, a frase de advertência era: “Mariazinha não vá engravidar” Foram inúmeros alunos pós-graduandos que passaram por suas mãos, e que hoje ocupam cargos de professores universitários. O dom de ensinar era sua estrela guia. Conseguiu se reerguer depois de sua aposentadoria quando muita gente entrega-se de corpo e alma a vadiar. Dedicou-se  ao curso: “ a arte de envelhecer” para a terceira idade. E na hora em que estávamos mais necessitados economicamente, assumiu as aulas em outra universidade. Cada mulher é uma caixinha de surpresa; ela também. Ela agora se tornou minha cuidadora:- quero agradecer, porque eu como mulher portadora de esclerose múltipla era uma pessoa deprimida e tinha meus demônios  com quem lidar, . Minha mãe me atende em minhas necessidades : quando caio é a mão que me ergue; quando me machuco, me ampara. Nunca desistiu; e olha que dou trabalho, sou teimosa.. Para mim, ser mulher, é um símbolo de resistência: -quem pode dar à luz e no dia seguinte estar no tanque lavando fraldas de outras três crianças, minhas irmãs? Sei que para meu pai, não deve ter sido fácil, “era o bendito entre as mulheres” : quatro mulheres na adolescência, fortes de gênio Mas estamos aqui- unidas pela minha mãe, ela quer sempre a família unida. Ela é  hoje cuidadora de uma filha com ESCLEROSE Multipla, ela nunca imaginou isso, às vezes a tristeza bate Mas ela é forte, é mulher. Juntas, somos mais fortes “…Além disso, a vantagem feminina também se manifesta na menor prevalências e nos melhores resultados de diversas doenças infecciosas; de fato. diferenças inatas e adaptativas do sistema imunológico entre os sexos, e a favor das mulheres já estão bem documentadas” (The  Better Half: on The Genetic superiority of Womem, Sarin Moalen citada por Cecilia Machado – Ser homen é fator de risco para Covid. Folha de São Paulo 02/03/21

Dia da Mulher

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Dia 08 de Março é considerado o Dias Das Mulheres, eu confesso que para mim todos os dias é dia de comemorar e valorizar à tudo e à todos, mas infelizmente perante nossa sociedade precisamos determinar um dia específico para podermos valorizar à nós mulheres… Existem mulheres que gostam do ditado: ” Ah… como mulher sofre…” eu prefiro dizer e acreditar: ” Ah… como mulher é vencedora, mulher tem o corpo transformado a vida inteira, tanto externamente como internamente (esses hormônios são incríveis, na capacidade de nos transformar), e lá estamos nós firmes e fortes, Donas de uma poder de transformar nossa volta, incrível e que muitas vezes não nos valorizamos e nem nos permitimos que o outro nos valorize…. Aliás dia 08 é o dia que a maioria de nós esperamos de maridos, filhos, companheiros, pais, chefes e etc… a nos parabenizar ou até mesmo nos presentear…. Você mulher que está lendo esse texto já pensou em fazer isso por outras mulheres incríveis que você tem a sua volta? Ou melhor ainda, já pensou em tirar esse dia para se valorizar e se enxergar o quão fantástica e maravilhosa você é? Sabe aqueles milhões de sonhos que sempre deixamos para trás?! Que tal pegar ao menos um deles e colocar em prática? Talvez um novo curso, ou mesmo um jantar consigo mesma, para comemorar a mulher fantástica que é? Sonhos tenho certeza que não faltam a nós mulheres, então pegue toda a força que temos que fazer tudo a todos e nesse dia faça por si…. Quando conseguimos nos Amar verdadeiramente, nos perdoar pelos erros que cometemos ou pelas situações que nos forçamos a passar, começamos a realmente nos valorizar e isso muda tantooooo nossa vida!!! Te convido a exercitar essas mudanças a partir de hoje! No ano passado eu me presentei com um grande sonho meu…. Um curso online de gastronomia… Eu sempreeeee amei cozinhar, mas sempre coloquei outras coisas como prioridade, e então resolvi me valorizar e me amar me presenteando com o curso… Foi incrivelmente maravilhoso e engrandecedor, esse aprendizado e experiência… Aliás agora no período de quarentena que estamos vivendo, vocês já perceberam a quantidade de cursos, experiências, lives e etc, que podemos consumir gratuitamente e com isso aprender e mesmo nos presentear? São shows incríveis que muitas vezes sonhamos em ir e não fomos por não termos condições, são cursos maravilhosos que talvez não fizemos por serem longe, são museus do mundo inteiro que você pode visitar sentadinha ou sentadinho no seu sofá…. Então minha amiga…. se valorize vire sua prioridade, quando cuidamos bem de nós e do nosso eu podemos fazer tudo melhor para todos, do jeitinho que a Mulher Gosta!!! Feliz dia 08 de março dia das Mulheres… Felizes todos os dias!!! Um grande beijo e até o próximo texto!!!

Aconselhamento COVID-19 global para pessoas com Esclerose Múltipla (EM)

COVID-19 é uma nova doença que pode afetar seus pulmões, vias respiratórias e outros órgãos. É causada por um novo coronavírus (denominado SARS-CoV-2) que se espalhou pelo mundo. O conselho abaixo foi desenvolvido por médicos especialistas em pesquisa de EM. É baseado em evidências emergentes de como COVID-19 afeta pessoas com EM e na opinião de especialistas. Este conselho será revisado e atualizado à medida que mais evidências sobre COVID-19 e SARS-CoV-2 forem disponibilizadas. Para obter informações sobre vacinas COVID-19 e MS, role para baixo. Clique aqui para baixar a declaração completa em PDF, incluindo a lista das pessoas e organizações consultadas.   Conselhos para pessoas com EM As evidências atuais mostram que simplesmente ter EM não aumenta a probabilidade de você desenvolver COVID-19 ou ficar gravemente doente ou morrer devido à infecção do que a população em geral. No entanto, os seguintes grupos de pessoas com EM são mais suscetíveis a um caso grave de COVID-19: Pessoas com EM progressiva Pessoas com EM com mais de 60 anos Homens com esclerose múltipla Negros com esclerose múltipla e possivelmente pessoas do sul da Ásia com esclerose múltipla Pessoas com níveis mais altos de deficiência física (por exemplo, uma pontuação EDSS de 6 ou acima, que se relaciona à necessidade de usar uma bengala) Pessoas com esclerose múltipla e obesidade, diabetes ou doenças do coração ou pulmões Pessoas tomando certas terapias modificadoras de doenças para sua EM (veja abaixo) Todas as pessoas com EM são aconselhadas a seguir as  diretrizes da Organização Mundial da Saúde para reduzir o risco de infecção com COVID-19. Pessoas em grupos de alto risco devem prestar atenção especial a essas medidas. Recomendamos: Pratique o distanciamento social mantendo pelo menos 1,5 metros *** de distância entre você e outras pessoas, para reduzir o risco de infecção quando elas tossem, espirram ou falam. Isso é particularmente importante em ambientes internos, mas também se aplica a ambientes externos. Torne o uso de máscara uma parte normal de estar perto de outras pessoas e certifique-se de que está usando-a corretamente, seguindo estas instruções. Evite ir a lugares lotados, especialmente se estiver dentro de casa e a sala for mal ventilada. Onde isso não for possível, certifique-se de usar uma máscara e praticar o distanciamento social. Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou um produto à base de álcool (teor de álcool 70% é considerado o mais eficaz). Evite tocar em seus olhos, nariz e boca a menos que suas mãos estejam limpas. Ao tossir e espirrar, cubra a boca e o nariz com um cotovelo ou lenço de papel flexionado. Limpe e desinfete as superfícies com frequência, especialmente aquelas que são tocadas regularmente. Converse com seu provedor de serviços de saúde sobre os melhores planos de cuidados, por meio de consultas por vídeo ou visitas pessoais quando necessário. Visitas a clínicas / centros de saúde e hospitais não devem ser evitadas se forem recomendadas com base em suas necessidades de saúde atuais. Mantenha-se ativo e tente participar de atividades que irão melhorar sua saúde mental e bem-estar. São incentivados exercícios físicos e atividades sociais que podem ocorrer ao ar livre e com distanciamento social. Cuidadores e familiares que vivem com, ou visitam regularmente, uma pessoa com EM em um dos grupos de maior risco também devem seguir essas recomendações para reduzir a chance de trazer a infecção COVID-19 para dentro de casa. *** As diretrizes nacionais e internacionais sobre distanciamento físico variam entre pelo menos 1 metro e 2 metros. As pessoas devem considerar sua orientação nacional e estar cientes de que essas são distâncias mínimas, quanto mais quanto melhor.   Conselhos sobre terapias modificadoras de doença para EM Muitas terapias modificadoras de doenças (TMDs) para EM atuam suprimindo ou modificando o sistema imunológico. Alguns medicamentos para EM podem aumentar a probabilidade de desenvolver complicações com COVID-19, mas esse risco precisa ser equilibrado com os riscos de interromper ou atrasar o tratamento. Recomendamos que as pessoas com EM atualmente em tratamento com TMDs continuem com o tratamento, a menos que sejam aconselhadas a interromper pelo médico responsável pelo tratamento. Pessoas que desenvolverem sintomas de COVID-19 ou teste positivo para infecção devem discutir suas terapias de EM com seu provedor de cuidados de EM ou outro profissional de saúde que esteja familiarizado com seus cuidados. Antes de iniciar qualquer novo TMD ou alterar um TMD existente, as pessoas com EM devem discutir com seu profissional de saúde qual terapia é a melhor escolha para suas circunstâncias individuais. Esta decisão deve – entre outros fatores – considerar as seguintes informações: Curso e atividade da doença de EM Os riscos e benefícios normalmente associados a diferentes opções de tratamento Riscos adicionais relacionados ao COVID-19, como: A presença de outros fatores para um caso mais grave de COVID-19, como idade avançada, obesidade, doença pulmonar ou cardiovascular preexistente, EM progressiva, raça / etnia de maior risco etc., conforme listado acima O risco COVID-19 atual e futuro previsto na área local Risco de exposição ao COVID-19 devido ao estilo de vida, por exemplo, se eles são capazes de se isolar ou estão trabalhando em um ambiente de alto risco Evidências emergentes sobre a potencial interação entre alguns tratamentos e a gravidade do COVID-19 Infecção anterior com COVID-19 Disponibilidade e acesso a uma vacina COVID-19   Evidências sobre o impacto dos TMDs na gravidade do COVID-19 É improvável que os interferons e o acetato de glatirâmero tenham um impacto negativo na gravidade do COVID-19. Existem algumas evidências preliminares de que os interferons podem reduzir a necessidade de hospitalização devido ao COVID-19. As evidências disponíveis sugerem que as pessoas com EM que tomam fumarato de dimetila, teriflunomida, fingolimode, siponimode e natalizumabe não apresentam risco aumentado de sintomas mais graves de COVID-19. É improvável que as pessoas com EM a tomar ozanimod tenham um risco aumentado, uma vez que se presume que seja semelhante ao siponimode e ao fingolimode. Há algumas evidências de que as terapias que têm como alvo o CD20 – ocrelizumabe e rituximabe … Ler mais

A Energia do Feminino

Iniciamos o mês de março e iremos completar neste mês um ano da pandemia COVID-19 e seus desdobramentos no Brasil. Inclusive os casos de violência doméstica contra a mulher cresceram muito no país durante a pandemia. No terceiro mês do ano temos algumas datas comemorativas e hoje queremos focar do dia 08 de março. Em 1975 esta data foi instituída como o Dia Internacional da Mulher pela ONU (Organização das Nações Unidas) e atualmente a mesma é comemorada em mais de 100 países. As origens da data são controversas e deixaremos este ponto para as historiadoras de plantão. No entanto a finalidade de cunhar uma data é ampla e, neste caso, envolve: Chamar a atenção para a luta por direitos trabalhistas, igualdade; Relembrar as conquistas econômicas, históricas, políticas e sociais; Ter uma data para ampliar, discutir, debater o tema, podendo desta maneira avaliar os avanços e retrocessos ao longo da história da humanidade; Consideramos relevante mencionar aqui a Lei Federal Número 11.340, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha que foi sancionada em 2006 com o objetivo de criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e também prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher. No dia 08 temos o nascimento também de algumas figuras públicas que fazem parte da história do nosso país, são elas Maria Bonita, Hebe Camargo, Letícia Sabatella entre outras. Queremos também lembrar de Ana Maria Almeida Amarante Levy, uma mulher com um grande coração, que ajudou a fundar e dedicou-se por muitos anos à ABEM com o intuito de proporcionar o “bem” (sic) às pessoas com esclerose múltipla. Em 2021 sentimos a necessidade de exaltar e enaltecer todas as mulheres pela importância e relevância na sociedade. Principalmente as mulheres que lutaram e lutam pelo progresso científico, as mulheres que trabalham na linha de frente desta pandemia.  Historicamente a mulher já ocupa este lugar do cuidado, porém a ideia é que elas ocupem também todos os outros lugares que desejarem. Telefones e referências que podem ser úteis: Ligue 180 – A Central de Atendimento à Mulher é um serviço criado para o combate à violência contra a mulher e oferece três tipos de atendimento: registros de denúncias, orientações para vítimas de violência e informações sobre leis e campanhas. https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-somos.html. Acesso em 25 fev. 2021; CDCM – Centro de Defesa e de Convivência da Mulher que possui como objetivo: Acolher as mulheres em situação de violência, oferecendo atendimento psicossocial, orientações e encaminhamento jurídico necessários à superação da situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate de sua cidadania. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/protecao_social_especial/index.php?p=28935. Acesso em 25 fev. 2021; CRMs – Centros de Referência da Mulher.  Os Centros de Atendimento para Mulheres Vítimas de Violência são unidades voltadas para a mulher em situação de violência doméstica e familiar. O objetivo é oferecer suporte para as mulheres que sofreram agressões, como também disponibilizar orientações jurídicas para futuras ações legais. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/mulheres/centros_de_atendimento/index.php?p=144279. Acesso em 25 fev. 2021. Equipe de Psicologia da Abem

Em tempos de isolamento social

Oi! Meu nome é Valquiria Liz Sganzerla, tenho 63 anos, sou de São Paulo, jornalista aposentada, sou divorciada e tenho uma filha que é linda, por dentro e por fora… Há um ano estou vivendo o isolamento social dentro de casa, sozinha. Dá pra contar nos dedos de uma mão o número de vezes em que eu saí durante essa pandemia, que já causou a morte de mais de 245 mil pessoas, no Brasil, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Compras? Tenho feito tudo pela Internet, inclusive as de supermercado, legumes e frutas. Qualquer coisa que chegue pra mim no prédio onde moro, incluindo correio, é deixada na porta do meu apartamento. Disponho de uma rede de apoio de vizinhos e funcionários que é fantástica, o que me traz muita tranquilidade e segurança. Há três anos eu moro sozinha, o que não é nenhuma  novidade  pra  ninguém. Conheço muitas pessoas  que também moram sozinhas. O que talvez torne essa história um pouco diferente, ou mais instigante, é que sou cadeirante. Em 1993 descobri a esclerose múltipla na minha vida, essa doença neurológica que atinge o sistema nervoso central, impedindo, progressivamente, os movimentos do corpo de quem a desenvolve.  São 28 anos de diagnóstico, mas o primeiro sintoma apareceu mais de quarenta anos atrás, quando eu era uma jovem de 18 anos e fiquei surda do ouvido direito por quatro meses e, depois, parcialmente cega do olho direito por quarenta dias. Como para quase todos os pacientes, até chegar ao diagnóstico foi bastante complicado, até porque naquela época, precisamente 45 anos atrás, acredito que grande parte dos médicos não conhecia esta doença. No finalzinho de 2016, eu escrevi o livro  “Que Falta Faz Um Corrimão”, onde conto toda a minha experiência com a esclerose múltipla, chamando a atenção sobre como senti falta de uma cartilha, tipo Be-a-bá, que pudesse ter me ajudado a lidar melhor com os sintomas e, enfim, com a própria doença. Todos os dias de lançamento do livro, realizados em diversos lugares, e em seguida, as palestras que fiz (a última foi às vésperas da pandemia), foram momentos muito enriquecedores! Desde então houve certa cobrança, a partir de mim mesma, para escrever um novo livro, até mesmo para atualizar a minha história.  Agora que, nesta pandemia, as redes sociais dispararam a velocidade de comunicação entre as pessoas, quis compartilhar como tem sido o meu isolamento social, uma experiência radicalmente nova para todo mundo. Como eu já falei, estou numa cadeira de rodas porque atualmente tenho muita dificuldade para andar. Só saio da cadeira quando eu quero, ou preciso, seja para andar na esteira entre as barras paralelas que instalei na minha sala, ou para fazer transferência para o sofá, para o vaso sanitário, cadeira de banho, para a cama ou para qualquer outro lugar em que eu deseje me acomodar. Para que o ritmo no meu dia a dia fique mais seguro, evitando ao máximo o risco de uma queda, eu preferi ficar na cadeira de rodas quase o tempo todo e desse jeito tocar a vida. Sendo assim, entendo que as pessoas se surpreendam e até se preocupem comigo, sobretudo quando descobrem que eu moro sozinha. Até quem me ajudava com faxina e com a comida está também em isolamento e não vem mais à minha casa. Eu tenho passado esta pandemia sozinha, exceto por um período de quase um mês e meio, quando tive uma queda e a minha filha e sua mulher tiveram que acampar aqui em casa para me ajudar. Estou sozinha mesmo, mas tudo bem! Isso não é um problema pra mim, já estou acostumada. Aliás, eu fiz a escolha de tomar as minhas decisões sozinha quando deixei um casamento de 35 anos para trás, mas essa pode ser uma história para outra conversa… Eu quis dar este depoimento pra mostrar para o mundo que sim, é possível para qualquer pessoa maximizar a  condução da sua própria vida, mesmo que ela seja cadeirante e tenha que enfrentar mais dificuldades no seu dia a dia do que as pessoas que não tem uma deficiência física. Por uma razão ou por outra todo mundo passa por dificuldades. Mesmo que não seja nada agradável lidar com elas, sobretudo sozinha, a gente precisa acreditar que pode ser possível para qualquer um se sair bem, resolver os seus problemas e ser feliz. Já vi na Internet histórias de pessoas cuja condição física é muitíssimo mais frágil do que a minha e isso não é empecilho para elas darem conta do recado. Quero chamar atenção então, para os prós e os contras dessa situação. Para começar, um ponto que pra mim é positivo é que faço tudo do jeito que eu quero, na hora em que eu quero e como eu gosto ou posso, e não tem ninguém para contestar. Por outro lado, se eu quiser tomar café pela manhã, logo depois de acordar, sou eu que tenho que ir pra cozinha fazer. Quando estou com fome, sou eu que tenho que providenciar o que vou comer. Agora uma coisa que é bem chata e incômoda: quando eu faço sujeira derrubando coisas no chão, a minha reação é imediata, em alto e bom som: “você que vai ter que limpar”. Sou mestra em derrubar coisas no chão, de tampinha de garrafa pet a papel, caneta, lixa de unha, tampa de panela, laranja, maçã,  e por aí vai. É, tem os momentos mais delicados… Eu preciso focar o tempo todo no que estou segurando. Haja terapia ocupacional pra ajudar a compensar a minha falta de tato fino… Outra coisa que também é muito complicada: a hora da faxina. Acho que é fácil para todo mundo imaginar como é limpar o chão com pano úmido de detergente ou desinfetante, não? E manobrar uma cadeira de rodas ao mesmo tempo, também é? Eu costumo dizer que ninguém tem noção do trabalho que isso dá e nem de como é exaustivo limpar as marcas do pneu molhado que ficam estampadas no … Ler mais

O potencial da Cannabis medicinal para a Esclerose Múltipla

Temos visto, ao longo dos anos, uma revolução com novos tratamentos para o controle da doença. Por enquanto nenhum dos tratamentos é curativo, tampouco temos visto pouca evolução em medicamentos que tratem os SINTOMAS causados pela esclerose múltipla. Naturalmente muitos pacientes procuram tratamentos alternativos e complementares, tais como o uso da cannabis. Pesquisas recentes indicam que componentes encontrados na Cannabis sativa L., como o canabidiol (CBD), podem ser importantes aliados na garantia de qualidade de vida para o paciente. E neste artigo você confere quais os benefícios da Cannabis medicinal para a Esclerose Múltipla. Entre os principais, estão:  A desaceleração do processo neurodegenerativo, a neurorregeneração e a limitação da progressão da doença, já que o canabidiol possui propriedades anti-inflamatórias;  Seu efeito analgésico em pacientes com dores neuropáticas;  O efeito ansiolítico e sobre o humor também fazem dos produtos de Cannabis medicinal ótimos antidepressivos, combatendo o desequilíbrio mental;  Controle das convulsões, tendo as doenças que causam crises epilépticas (convulsivas ou não) como a principal responsável pela procura dos produtos de Cannabis medicinal no país  Controle de espasticidade muscular, neste caso comumente administrado com doses equivalentes de THC, o composto psicoativo da Cannabis sativa, com excelentes resultados antiespasmódicos. No Brasil, a ANVISA aprovou o uso dos fitofármacos derivados da cannabis mediante a receita e relatório médico que embase o seu uso, mas apesar disso, ainda existe muito estigma social envolvendo o uso desses medicamentos. Perguntas mais frequentes sobre o CBD:  O canabidiol é alucinógeno? Não O CBD não é uma substância psicoativa e não causa o barato associado à Cannabis. O THC é o composto psicoativo da planta quando em concentração acima de 1%.  O uso do CBD é legal no Brasil? Sim Em 2014, a luta da família Fischer garantiu a mudança da lei brasileira. Hoje, a ANVISA aceita pedidos de importação para pacientes com receita e laudo médico.  O CBD gera dependência química? Não O canabidiol não apresenta qualquer efeito indicativo de abuso ou potencial de dependência, sendo seguro para o consumo. Vale ressaltar que é primordial entender como os Canabidióides agem no organismo para que ela seja uma opção segura de tratamento.

HÁ ESPERANÇA!

Nunca imaginei que escreveria um texto falando de uma momento de pandemia mundial, ou melhor, nunca imaginei que passaria por um momento desse. Já faz muito tempo, quase um ano, que estamos numa situação completamente inusitada. Um inimigo invisível nos trancou em casa, roubou nossa liberdade de ir e vir, de nos reunirmos com colegas, amigos e parentes. Esse inimigo levou milhares de vidas mundo afora, gente de longe, gente de perto, gente de bem pertinho de nós. Porém como tudo que acontece em nossas vidas  sempre há o outro lado, que não apaga a tragédia, mas acalenta nossos corações. Diante de tanto sofrimento vimos crescer redes solidárias e as pessoas, pelo menos por instante, colocaram-se no lugar das outras daqueles que sofrem, daqueles que estão excluídos e necessitados de tudo. A pandemia expôs as diferenças sociais, as desigualdades e absurdos e abismos sociais. Estamos todos no mesmo mar, mas alguns de iate, outros de lancha, bote, boia e até nadando por si só. As dificuldades são imensas, mas não podemos deixar de olhar para o outro com empatia e compaixão, dar as mãos para chegarmos em terra firme o mais rápido possível. Percebi que o sentimento de empatia tocou muito em várias pessoas e por isso digo há esperança. Esperança está na vacina, que já começou a ser aplicada, na máscara que nós devemos continuar usando, na higienização que fazemos nas mãos, nos calçados. Estamos passando, sobrevivendo bravamente a esse caos, e isso com certeza nos fará mais fortes e pensou que mais solidários, mais humanos. Não posso deixar de falar das dores do coração, causadas pelo distanciamento, avós e netos se se abraçarem, namorados sem namoro, casais em colapso, pais e mães desgastados e desnorteados, crianças sem escola, sem amigos, sem convívio social. Triste realidade, mas nesse momento temos que ser fortes, usar das tecnologias disponíveis para acalmar nossa mente e nosso coração. Não fique envergonhado se precisar ligar para um psicólogo para tirar a ansiedade, a angústia, o medo. Ou mesmo ligar para um amigo, um conhecido para trocar umas palavras ou até mandar uma mensagem no zap para alguém que não fala há algum tempo. Por isso, não vamos esmorecer, tenhamos força, fé e amor em nossos corações, pois tudo passa, e isso tudo também há de passar. Quando passar veremos quanto crescemos e nos fortalecemos. Esperança sempre em nossos corações e mentes, paz e paciência. O momento pede um pouco mais de paciência, como diria o poeta. Estamos vendo a saída do caos, estamos vencendo batalhas e tenho fé que venceremos o inimigo. Paciência e Esperança meus amigos, sem sustos, nem surtos, tenho certeza que nós venceremos a guerra!