Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, inflamatória, progressiva, degenerativa e crônica que ocasiona vários sintomas em função da lesão no sistema nervoso central (SNC), cujos dados clínicos, laboratoriais e de imagem são fundamentais para diagnóstico e tratamento.
Objetivo: Analisar os dados sócio demográfico e epidemiológico de pacientes com EM, no período de 2006 a 2009.
Método: Pesquisa retroativa de análise transversal de dados sócio demográfico e epidemiológico, de amostra aleatória, no período de 2006 a 2009, de 82 pessoas do total de 600 entrevistados. Foram enviados via correio, questionários, para pessoas com EM, em todo Brasil, abordando questões sócio demográficas e epidemiológicas.
Resultado: Obteve-se o resultado predominante de preenchimento do questionário de 30% homens e 70% mulheres, de 61% em 2006, de 67% de São Paulo, nascidos na década de 70 são 44%, com graduação 52%, casado 59%, branco 74%, católico 46%, com tipo remitente recorrente 33%, sendo que 40% não sabiam informar o tipo de EM, com inscrição no seguro social de saúde (INSS) 54%, trabalhando 36%, sem relacionamento com outras pessoas com EM 60%, com convênio médico 33%, hospitalização em surto 30%, não recebe remédio na cidade 48%, que já fizeram ressonância magnética cervical 35%, tórax 12%, lombar 30%, crânio 61%, que fizeram exame de liquor 65% e de potencial evocado 28%.
Discussão: Percebe-se que a gravidade dos achados reside no acometimento de pessoas em idade e escolaridade produtiva, um alto percentual da amostra não sabe o tipo de EM, não está inscrito no INSS, não tem convênio médico, não tem relacionamento com outras pessoas com EM e não recebe remédio na própria cidade. Conclusão: Os dados sócio demográfico e epidemiológico analisados de pacientes com EM, no período de 2006 a 2009, mostram pontos preocupantes com as questões sociais, de tratamento e de qualidade de vida.