E quando a dor vem ?

Somos iguais, todos somos seres humanos, feitos de carne e osso, milhões de células e moléculas, mas apesar disso somos diferentes cada uma com suas características físicas e psiquícas, com suas crenças e opiniões. Creio que nos igualamos mesmo quando sentimos dor, “todo mundo é parecido quando quando sente dor”. Ela vem, pode ser sentida fisicamente muitas vezes, outras não, está lá no fundo, dentro da alma, do coração. Quando sentimos dor é dilacerante, arrasador, muitas vezes ela nos derruba, nos impossibilita, nos paralisa. às vezes a dor da alma, do coração reflete no nosso físico, os psicalistas diriam que muitas vezes isso ocorre. Nenhum de nós está imune, uma hora ou outra, certamente sentiremos dor. A diferença está com o que faremos com essa dor, esse sentimento. Podemos ficar parados e esperar que passe por si só, podemos nos revoltar com ela e torná-la ainda maior… Cada um tem um jeito, uma fórmula, mesmo que inconsciente. Essa semana, especialmente, estou sentindo muitas dores de cabeça e nas pernas. Confessso que na maior parte do tempo quis ficar deitada, jogada na cama, torcendo mesmo parq que tudo passasse, não adiantou. Resolvi tomar analgésico, também não adiantou, então tive que ignorá-las e fazer o que deveria fazer. Levar e buscar minha filha na escola, no judô, no inglês, caminhando andandando. Percebi que muito do que estava sentindo era produção da minha própria mente, pois estava chateada e incomodada com uma situação. Parei, respirei fundo, meditei e acabeo tomando algumas decisões que me aliviaram. É verdade que as dores não passaram completamente, mas amenizaram. Ainda falta a ação, mas a decisão já foi tomada. O que quero compartilhar com isso é que todos sentimos dor por um motivo ou outro, mas para resolvê-la a única forma ée enfrentá-la. Não é fácil, tampouco simples, também pode levar um tempo maoir d que o você gostaria, porém ela pode e será sanada com força de vontsda e fé. Não fala de fé religiosa, mas fé na vida, em si mesmo e na sua capacidade de resolver os problemas. Mas, para que tudo aconteça é preciso dar o primeiro passo, tomar a iniciativa, por menor que seja. Para alcançarmos o qu está longe, sempre é preciso dar o primeiro passo… Não vamos nos acostumar com a dor, com esse sentimento, tenhamos FORÇA, SABEDORIA E CORAGEM para vencê-la!

Clipping Advocacy – Março 2019

Olá Queridoleitor!   Nesse mês de março muitas coisas aconteceram, mas acredito que a mais importante foi a reunião com o Ministro da Saúde em que pedimos a regularização da entrega de medicamentos para os nossos pacientes.   No último dia 20 de março estivemos em uma reunião com o novo Ministro da Saúde – Luiz Henrique Mandetta. Nesta oportunidade, entregamos, em mãos, ao excelentíssimo Ministro, um ofício com as demandas de interesse das pessoas com EM, como por exemplo, regularizar a constante falta de medicamento nas secretarias de saúde, possibilidade  de aprovação de um PCDT aberto e não em linhas de tratamento, implementação da neuroreabilitação no SUS e a facilitação diagnóstica.   Também em Brasília fomos recebidos pela Ana Paula Nedavaska – chefe de gabinete da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos.   Participamos do evento CLAVIS “valor em saúde” no qual apresentamos a perspectiva do paciente de esclerose múltipla e como precisamos ampliar essa conscientização sobre valor.   Esse mês de março o Ministério da Saúde também nos brindou com um novo tipo de compra de medicamentos, a compra via modalidade de compartilhamento de risco, pois nesse modelo ofornecedor e compradorenvolvidos concordam que a definição do preço da tecnologia se dará no futuro, conforme os resultados apresentados a partir dos dados de mundo real. O que é diferente das compras regulares,  em que o estado, pagador, arca integralmente com os riscos de uma incorporação (principalmente nos casos de incertezas em relação aos benefícios da tecnologia no mundo real), e o produtor, a indústria, somente fornece a tecnologia, no compartilhamento de risco há uma celebração de contrato entre o Estado e a Indústria.   Aqui na ABEM começamos o projeto “RedeABEM” para unir as associações de pacientes de esclerose múltipla e assim ecoarmos nossa voz com mais força. Visitamos então a Alsapem – Esclerose Múltipla Litoral Santista, fomos carinhosamente recebidos por Ana Bernarda, Priscila e Carla Rafael Oliveira e também pelas parcerias do projeto Casinha Amarela.   Por fim nosso canal sempre aberto para sua sugestão:estagio.juridico@abem.org.br e ajude-nos a construir o próximo clipping!     NOTICIAS DE DESTAQUE:   CONITEC:   CONSULTAS PÚBLICAS ENCERRADAS   Este mês de março foi um mês bastante agitado na CONITEC para a EM.  Tivemos o encerramento de três consultas públicas importantes, sendo a de número 03, que tratou da proposta de revisão do PCDT, cujo término se deu em 07.03.2019, conforme abaixo.     Também as CP de número 09 e 10, que trataram, respectivamente da incorporação do Ocrelizumabe para EMPP e para EMR, cujo término se deu em 13.03.2019, conforme abaixo.   Estamos acompanhando e tão logo tenhamos o relatório após CP apresentaremos por aqui. Fiquem atentos!     Medicamento para a Doença de Crohn     Até o dia 15 de abrilpodemos enviar contribuições para a inclusão do vedolizumabe para o tratamento da doença de Crohn, que como a esclerose múltipla é autoimune, provocada pela desregulação do sistema de defesa do organismo que passa a agredir os tecidos do trato digestivo, causando lesões que vão desde a boca até o ânus. Em um primeiro momento a CONITEC optou por não incluir o medicamento, vamos ver o resultado da consulta publica http://conitec.gov.br/consultas-publicas     MINISTERIO DA SAUDE (MS):     Nos últimos dois anos tivemos baixa ocorrência de dengue, mas esse quadro mudou! A incidência aumentou e os óbitos pela doença também aumentaram 67%, entre 30 de dezembro e 16 de março de 2019, em comparação ao mesmo período de 2018, sendo a maior concentração no estado de São Paulo. A melhor forma de evitar o agravamento e as mortes por dengue é com diagnóstico e tratamento oportunos. É preciso que  todosfiquemos atentos para a dengue na hora de fazer o diagnóstico. Apesar do aumento expressivo no número de casos, a situação ainda não é considerada uma epidemia. No último ano de epidemia no país, em 2016, foram registrados 857.344 casos da doença no mesmo período. Por isso é importante intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti para que o número de casos de dengue não continue avançando no país. Em relação aos óbitos, os profissionais devem ficar atentos. O aumento neste ano é de 67% em relação ao mesmo período de 2018, passando de 37 para 62 mortes. Destaque para o estado de São Paulo, que registrou 31 óbitos, o que representa 50% do total registrado em todo o país.     Estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações hospitalares. A maior parte é provocada por microrganismos presentes no próprio paciente ou no meio ambiente e que se aproveitam quando o sistema de defesa está mais frágil. As infecções também podem ser transmitidas pelas mãos do profissional de saúde ou do acompanhante, por equipamentos invasivos, como respirador para ventilação mecânica, ou mesmo por contato com outros pacientes. Por isso, de acordo com a metodologia do projeto, o simples ato de lavar as mãos é o ponto inicial para a diminuição das infecções no ambiente hospitalar.   A adoção de novos hábitos e cuidados por pacientes e profissionais de saúde em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de 119 hospitais públicos do país reduziu a ocorrência de infecções hospitalares. Ao todo, foram evitadas 1.715 infecções da corrente sanguínea, urinárias e pneumonia. Significa que 558 vidas puderam ser salvas neste período. Esta marca foi alcançada durante um ano e meio de execução do projeto colaborativo “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”. A meta é reduzir em 50% a incidência de cada uma dessas infecções até 2020.   ANVISA:   A Anvisa simplificou o procedimento de importação de produtos à base de canabidiol, em associação com outros canabinóides, dentre eles o tetrahidrocanabinol (THC), por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para tratamento de saúde conforme RDC 17/2015. A autorização excepcional concedida pela Anvisa possui validade de um ano e, a partir da publicação da RDC 17/2015, durante o período de validade … Ler mais

Montanha Russa

Estou atrasada, eu sei, não consigo achar uma justificativa melhor para meu atraso que uma gripe; daquelas danadas, com direito a nariz entupido e tosse. O assunto, porém não é esse. Muito embora, voltarei a ele depois. Quero falar hoje de montanha russa, aquele brinquedo que dá um frio na barriga e  que alguns insistem emir de olhos fechados, o vento batendo no rosto, e o estômago no coração. Refletindo bem, não é exatamente  sobre ele, mas uma comparação da nossa doença com o brinquedo. Todos nós vivemos momentos de altos e baixos, uma alegria, uma tristeza, mais análogo a uma gangorra citando a analogia de brinquedos. A esclerose múltipla parece uma montanha de emoções, um dia você está muito bem, consegue desempenhar todas as atividades de vida diária, as famosas AVDs; outro dia não consegue amarrar os sapatos, escovar os dentes, comer… Fisicamente abalados, os quebradinhos revoltam-se, mas há também a montanha russa de emoções que ocorrem associadas ou não , à montanha russa de condições físicas. É um “looping” de tristeza, ansiedade, rebeldia, não aceitação:- por que fiquei assim? – estava tão bem. Da mesma forma que subimos e descemos numa gangorra na vida (pelo menos na maioria das vezes, não como montanha russa) para um portador de esclerose múltipla, as condições físicas e as emoções podem ocorrer; vertiginosamente. Não estou dizendo que é uma característica clínica da doença; apenas que é uma observação, uma impressão, minha vida e acho que muitos compartilhem dessa impressão, parece uma montanha russa; cada mergulho um flash. Tudo é muito rápido, a tristeza, a alegria, a capacidade de fazer ou não. A diferença da gangorra é a emoção do brinquedo, para qual muitas vezes não estamos preparados, tudo é muito rápido, o silêncio, o barulho. Sinto que o mundo cai vertiginosamente e com muito peso no meu colo e parafraseando Carlos D. De Andrade , o poeta, “ não pesa mais que a mão de uma criança”. E para você amigo (a) , sua impressão é a mesma que a minha? A vida é uma gangorra ou uma montanha russa? Ps: Quanto ao resfriado, já é incapacitante para muitas pessoas, para mim em especial: o que me aborrece é a tosse, ela faz meu corpo inteiro estremecer e eu fico mais cansada, mais que o normal. Não preciso dizer que detesto estar gripada.

A inclusão

“As questões que hoje envolvem entraves inclusivos e de acessibilidade e dependem muito mais de visão técnica, de conhecimento de causa, de adesão tecnológica, de novas atitudes do que apenas boa vontade e espírito solidário. O assistencialismo puro não muda condições de vida nem oferece novas oportunidades , ele apenas cuida, mantém” Jairo Marques-Folha de São Paulo  31/10/18 Começo o blog com essa reflexão. O que vivemos é uma  era de assistencialismo e concordo com o autor que isso não muda a vida de ninguém, mas pode manter. Concordo também com que ele fala sobre acessibilidade: falta uma visão técnica sobre o assunto, um preparo para incluir; esse preparo envolve conhecimento do objeto que se quer incluir, ou melhor, da pessoa que se quer incluir. Já dizia meu pai: “de boa vontade o inferno está cheio”-embora deva existir a boa vontade, temos que estar preparados para incluir. Nosso conhecimento e criatividade nos favorecerão na inclusão. No país, a inclusão para deficiente, é muito incipiente. Sim, quando há boa vontade, o caminho já estará meio andado; mas a técnica, as tecnologias podem auxiliar. Quebradinhos, uni-vos, vocês necessitam reivindicar além da  existência de leis; o cumprimento delas de modo completo, não uma pseudoinclusao, ou assistencialismo. Não adianta dizer que é acessível, se realmente não é. Postes no meio da calçada, buracos, rampas para descer sem correspondente para subir. Isso diz respeito ao poder público, mas o privado também peca ;quantos hotéis se dizem acessíveis, mas não há rampas, cadeiras de rodas que não cabem no elevador, nem barras nem cadeira para banho. Além da falta, há a ausência de uma coisa pratica e funcional. Quebradinhos, vocês tem que ser protagonistas das mudanças; pensem, sugiram e quem puder execute: é assim que vamos dar passos em direção a inclusão.

Nosso Olhar acerca do Relatório de Recomendação da CONITEC para a nova redação do PCDT – Esclerose Múltipla

A ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, na qualidade de organização social, sem fins econômicos, que representa as pessoas com Esclerose Múltipla no Brasil, apresenta suas considerações acerca da proposta de nova redação para o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para EM, proposta pela CONITEC em Consulta Pública de número 03/2019.    Vale esclarecer que tanto a comunidade médica, assim como os pacientes e as associações de pacientes do EM no Brasil, clamam por mudanças no PCDT.   Atualmente, dos oito medicamentos liberados pela ANVISA, 07 (sete) estão disponíveis, porém o protocolo exige que o paciente seja tratado primeiro com os medicamentos de primeira linha, que têm menos efeitos colaterais, mesmo que não sejam os mais adequados para seu caso. As mudanças que esperávamos para o PCDT era no sentido de que fosse estabelecido o critério “atividade da doença” para definição da conduta terapêutica escolhida pelo médico, a fim de que fossem minimizar os efeitos com a perda de tempo em tratamento menos eficaz e garantir ao paciente o atendimento adequado desde o início do tratamento. “Engessar” o acesso aos tratamentos que uma pessoa deveria ou poderia ter logo do diagnóstico da Esclerose Múltipla, leva este paciente a um risco muito grande de incapacidade permanente ou de sequelas importantes e irreversíveis. E tudo isso, muitas vezes num paciente jovem, que é geralmente o portador da esclerose múltipla. Vale destacar que a EM é uma doença crônica, progressiva, sem causa definida e sem cura, que acomete o adulto jovem, na sua fase produtiva da vida e que quanto antes tratarmos estas pessoas com drogas mais eficientes e quanto maior for o acesso aos medicamentos, melhor qualidade de vida e maior tempo de independência podemos proporcionar a estas pessoas. Temos percebido o esforço das autoridades sanitárias, sobretudo da CONITEC, em encontrar a melhor forma de disponibilizar os tratamentos aos pacientes, porém, ainda, entendemos que falta “ouvir” com maior importância, as associações de pacientes, que estão à frente dos percalços que seus assistidos percorrem em busca de um tratamento com medicamentos de alto custo pelo SUS. Alcançarmos um PCDT renovado, com critérios de diagnóstico McDonald atualizados, acompanhando as atualizações internacionais e de toda a sociedade médica que trata de esclerose múltipla, bem como um PCDT que recepcione as 03 formas de apresentação da EM (i) Surto Remissão, (ii) Secundariamente Progressiva e (iii) Primariamente Progressiva e ainda um PCDT que traga como estratégia terapêutica a atividade da doença, dando ênfase em tratar a pessoa e não a patologia é o cenário mais próspero e que melhor atende as pessoas com esclerose múltipla no Brasil.   Faça sua contribuição, é muito importante este exercício da cidadania.    http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=45564

DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS RARAS!

Dia Mundial das Doenças Raras: relevância do tratamento da Esclerose Múltipla Em homenagem ao Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado em 28 de fevereiro, destaca-se a necessidade de informar e consciencializar a população sobre a Esclerose Múltipla, doença definida como rara pelo Ministério da Saúde. A Esclerose Múltipla é uma doença neurodegenerativa complexa, pois pode afetar qualquer parte do cérebro e do corpo, evoluir de várias formas e se manifestar a partir de diversos sinais e sintomas. Sinais observados por médicos neurologistas: avaliação clínica e análise de exames de sangue, ressonância magnética e punção lombar (líquor). Sintomas frequentes: fadiga, dormência, depressão e dificuldades para urinar, evacuar, enxergar, falar, caminhar e dormir, entre outros. A ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, ressalta que a Esclerose Múltipla costuma se apresentar de diferentes modos e varia entre as pessoas acometidas, o que dificulta o diagnóstico preciso. Apesar de não ter prevenção ou cura, o tratamento medicamentoso e a reabilitação multiprofissional, reduzem as incapacidades causadas pela doença e contribui para melhora da qualidade de vida. Dúvidas e orientações sobre o assunto, contate a ABEM.

Clipping Advocacy – Fevereiro 2019

Olá Querido leitor!   2019 começou intenso com muitos acontecimentos e atividades na defesa dos portadores de esclerose múltipla:   No final de janeiro o MPF – Ministério Público Federal pediu uma multa maior ao Ministério da Saúde por atrasos no envio de remédios para esclerose múltipla a São Paulo, pois há mais de dois meses faltavam muitos medicamentos como Betainterferona 1a 22 mcg e 44 mcg.   Em 06 de fevereiro estivemos na reunião da CONITEC para acompanhar a apresentação inicial do ocrelizumabe para EMR e EMPP.   Domingão 17/02 agitamos na FIESP o “Ação + Saúde” sobre esclerose múltipla, com um conjunto de vivencias sobre a doença e com testes neurológicos abertos ao publico que estava curtindo a Av Paulista.   Em 23 de fevereiro começamos em Valinhos/SP, tivemos um encontro com o grupo de esclerose múltipla de da Acesa de Capuava para unirmos forças.   Carta para Organização Mundial da Saúde para colocar na lista de medicamentos essenciais os tratamentos para esclerose múltipla.     Por fim nosso canal sempre aberto para sua sugestão: estagio.juridico@abem.org.br e ajude-nos a construir o próximo clipping!   NOTICIAS DE DESTAQUE:   CONITEC:   Esclerose Múltipla Aberta até o dia 7 de março, a Consulta Pública sobre o PCDT de Esclerose Múltipla para sugestões da sociedade sobre a atualização do documento, com a incorporação do medicamento Glatirâmer 40 mg para pacientes adultos com o tipo remitente recorrente, quando a evolução da doença é caracterizada por surtos súbitos com posterior recuperação total ou parcial. O SUS já ofertava a apresentação de 20 mg desse medicamento. Todavia ainda é necessário que o paciente passe por todas as linhas de tratamento apesar de receber o diagnostico em um momento mais avançado da doença quando se torna necessária as últimas alternativas de tratamento para se ter o controle da doença. Até o dia 13 de março, podemos enviar contribuições para a inclusão do ocrelizumabe, um medicamento novo que retarda o agravamento da incapacidade física em pacientes com Esclerose Múltipla. Está em análise na CONITEC, a incorporação da tecnologia no SUS para duas formas dessa doença: a remitente recorrente (EM-RR) e a primariamente progressiva (EM-PP). A Comissão avaliou as evidências científicas sobre a eficácia (benefícios clínicos), segurança, custo-efetividade e impacto orçamentário para uma possível inclusão do medicamento ao SUS e, preliminarmente, recomendou a não incorporação para ambos os tipos. A consulta pública pretende ampliar a discussão e saber a opinião da sociedade sobre o tema. Vamos participar! http://conitec.gov.br/consultas-publicas   Dislipidemia ou “gordura no sangue” Até o dia 11 de março, a CONITEC recebe contribuições da sociedade sobre a atualização do PCDT de Dislipidemia, conhecida popularmente como “colesterol alto” ou “gordura no sangue”. Esse também é um problema de saúde pública fruto da nossa alimentação e sedentarismo. É importante cuidarmos do colesterol pois assim previne os acidentes cardiovasculares como derrame e infarto. O SUS dispõe de excelentes tratamentos para esse problema e a proposta do PCDT mantem as alternativas vigentes Síndrome dos Ovários Policísticos Até o dia 11 de março, podemos contribuir para este PCDT que trata sa desordem hormonal definida por um aumento de tamanho dos ovários, que levam a formação de vários cistos. A análise e avaliação dos estudos apresentados confirmaram a eficácia do tratamento já vigente para este problema, na pratica são necessarias mudanças no estilo de vida da paciente, perda de peso, uso de anticoncepcionais, além da administração de medicamento para controlar os níveis hormonais.   MINISTERIO DA SAUDE (MS): Ajudem a conscientizar a todos sobre os benefícios da vacina de HPV para meninos e meninas em idade escolar! O levantamento Saúde Brasil 2018, do Ministério da Saúde, traz a análise do primeiro Estudo de Prevalência do Papilomavírus no Brasil: POP-Brasil, realizado pela pasta juntamente com o Hospital Moinhos de Vento. O estudo mostrou que a infecção por HPV acomete pessoas de todas as condições sociais, sem distinção. O levantamento aponta que a prevalência do HPV no Brasil foi de 53,6%, sendo o HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer presente em 35,2%. O estudo avaliou 7.693 pessoas sexualmente ativas entre 16 e 25 anos, de todas as classes sociais em todo o Brasil. O índice de vacinação está perigosamente baixo! – palavras do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A baixa cobertura vacinal e a necessidade de ampliar a imunização contra doenças que já haviam sido eliminadas ou erradicadas, mas que voltaram a circular no país, como sarampo, levou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A proposta para a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que conta com representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde, além do Governo Federal. Atualmente, três estados (Amazonas, Roraima e Pará) estão com transmissão ativa do vírus por registrarem casos confirmados recentes. Dados preliminares de 2018 apontam que, dos 5.570 municípios do país, 2.751 (49%) não atingiram a meta de cobertura vacinal de sarampo, que é igual ou menor de 95%. Os dados são ainda mais preocupantes nos estados com surto: no Pará 83,3% dos municípios não atingiram a meta; Roraima foram 73,3% e Amazonas, a metade 50%. ANVISA: Ano passado a Anvisa registrou 827 medicamentos sendo 33 continham uma nova substância ativa aqui no Brasil. Entre estes estão medicamentos destinados ao tratamento de doenças raras em crianças além de 24 registros de medicamentos genéricos inéditos e quatro registros de produtos biossimilares. Medicamentos genéricos e biosimilares sempre trazem uma redução no custo dos tratamentos, mas apenas os medicamentos genéricos são intercambiáveis! Veja o infográfico completo no link: http://portal.anvisa.gov.br/documents/2857848/0/Infogr%C3%A1fico.pdf/440c23f8-a762-45cf-9d4c-24a95dd9a0a2   NA CIÊNCIA E NA MIDIA:   Este é um estudo feito em duas bases de dados médicos eletrônicos distintos: o sistema de saúde militar do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DOD) e o DataLink Research Datalink (CPRD) do Reino Unido. Neste estudo foram coletados os dados de pacientes com um primeiro diagnóstico de esclerose múltipla entre 2001-2016 (CPRD) ou 2004-2017 (DOD). Descreveu-se os sintomas do paciente, as comorbidades e uso de medicação no momento do diagnóstico de esclerose múltipla. Esses dados foram comparados aos dados … Ler mais

Não poderia deixar de falar de…

Não poderia deixar de falar de … Além da tragédia humana e o drama das famílias, a superexploração pelos noticiários. Além da culpa nas mais diferentes esferas de: indivíduos, empresa, governos. Gostaria de falar sobre um prejuízo maior: o do meio ambiente, talvez com consequências menores que em Mariana, um desastre ambiental que destruiu milhões de anos de evolução, representados pelos seres vivos : plantas e animais. O rio  está morto, sem oxigênio, e era imensamente piscoso. Azar dos pescadores. Azar nosso. Metade de Belo Horizonte recebia água do Paraopeba, agora nem pensar, ainda bem que existem outras fontes. É o São Francisco será que receberá rejeitos? Oxalá,  não. O resíduo, da pedra itabirito e hematita, ambos minérios de ferro foi acumulado numa barragem de alteamento montante; opção mais barata e menos segura. Será que valeu a pena? O mais barato pode sair mais caro. Um poeta profetizou problema: homem é feito de ferro e havia uma pedra no caminho. A água chora barrenta e poluída. Quanto demorará a consertar isso? Não consigo fazer uma previsão, mas levará  muito tempo. Vocês conseguem perceber a efemeridade do acidente e a permanência do desastre? Pouco tempo para ocorrer, muito tempo para recuperar, o que há para recuperar,  muitas coisas não são recuperáveis. Trocamos o sustentável pelo econômico? O econômico passa na frente da sobrevivência dele mesmo, da sustentabilidade, o sustentável é feito de escolhas. Assim como o rio passa uma única vez num lugar, a lama passou uma única vez e deixou seu rastro. O barro que seca a vida, destrói a construção humana, tudo porque alguém não previu. Ou se previu, não preveniu. E a natureza chora lá fora.   Não adianta sonhar com uma reforma da natureza ou com a colonização da galáxia. Só o reconhecimento do caráter frágil e único da biosfera terrestre saciará a fome humana por um sentido da vida.  Edward O. Wilson

O que nos leva a tomar uma decisão?

Como bióloga, devo responder: a genética e o ambiente. Explico, o  nosso legado de milhões de anos de evolução e toda sua complexidade; porém, quero falar hoje não como bióloga, mas como alguém que faz uma reflexão. Toda a carga de nossa personalidade influência nossas escolhas; aí se incluem os fatores que contribuíram e contribuem para nossa formação. O que chamamos valores e/ou costumes estão nos fazendo opinar e agir. Há também os fatores situacionais que nos influenciam em nossas atitudes; seria aquilo que defino “naquela situação eu faria assim” ou  “ a ocasião faz o ladrãozinho”. Não estou aqui para julgar; desejaria apenas que fizéssemos uma reflexão sobre nossa vida. Quantas vezes a situação nos faz fugir dos nossos valores? Uma situação fácil, a entrega de um troco errado (claro favorecendo a você) com uma fila quilométrica atrás  para passar num caixa de supermercado. O que fazer? Ficar com o dinheiro ou gastar alguns segundos, do tempo precioso de todos para explicar o engano? Uma situação difícil, contar ou não contar a um paciente idoso sobre sua doença terminal, projetando tornar uma vida de qualidade para tal paciente. A situação, às vezes nos define. A personalidade, a experiência de vida e a carga emocional também. Amigos, tudo é reflexão, mas aposto que todos quando crianças (ou adultos mesmo) olharam para seu lado e quiseram  a merenda de outrem, o salário de alguém, simplesmente porque ele tão ser humano como você, tinha. Sair no passeio porque os outros podiam. A situação exigia outra resposta e nós ficamos com nossa escolha “forçada” e frustrante. Todos querem alguma coisa e planejam, basta pensarmos quem comanda a escolha e depois a ação. Quem é mais forte, nós ou a situação? Boa escolha para você.