Ei , você que utiliza antibióticos a torto e a direito e faz uso indiscriminado de antibióticos, atenção. Antibióticos são salvadores quando há uma infecção bacteriana. Uma gripe não deve ser combatida com antibióticos, antibiótico e para combater bactérias não vírus. A gripe e viral, porém se houver complicações como infecções bacterianas na garganta , vias aéreas e /ou pulmões, justifica-se o uso de antibióticos. O uso de antibióticos, também é profilático, toda vez que abrimos a barreira natural para bactérias, como intervenções cirúrgicas ou fazer um canal de dente, justifica-se o uso de antibióticos. Qual o problema de ficar utilizando o antibiótico constantemente? A seleção de linhagens de bactérias, “torna-as” cada vez, mais resistentes até um momento em que não haverá nenhum antibiótico conhecido para combater a superbactéria. Além do que, nossa microbiota, sim somos também “habitados” por elas, que vivem num equilibrio dinâmico, com os antibióticos podem ser eliminadas ou suas populações desequilibradas. Quando o médico receitar um antibioticos, pergunte a ele quais os benefícios e efeitos colaterais e decida com ele seu uso. Não sou contra os antibióticos afinal, eles salvarão muitas vidas, mas como qualquer outro remédio, há perdas e ganhos, nos quais você deve pensar no seu uso. Abaixo colei um artigo científico sobre a descoberta do antibiótico penicilina, achei bem legal e importante para você refletir. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial Print version ISSN 1676-2444 Bras. Patol. Med. Lab. vol.45 no.5 Rio de Janeiro Oct. 2009 http://dx.doi.org/10.1590/S1676-24442009000500001 Alexander Fleming e a descoberta da penicilina Oficial médico inglês, Alexander Fleming voltou da Primeira Guerra Mundial com um sonho: pesquisar uma forma de reduzir o sofrimento dos soldados que tinham suas feridas infectadas, impondo dor e por tantas vezes um processo ainda mais acelerado em direção à morte. De volta ao St. Mary´s Hospital, em Londres, em 1928, dedicou se a estudar a bactéria Staphylococcus aureus, responsável pelos abscessos em feridas abertas provocadas por armas de fogo. Estudou tão intensamente que, um dia, exausto, resolveu se dar de presente alguns dias de férias. Saiu, deixando os recipientes de vidro do laboratório, com as culturas da bactéria, sem supervisão. Esse desleixo fez com que, ao retornar, en contrasse um dos vidros sem tampa e com a cultura exposta e contaminada com o mofo da própria atmosfera. Estava prestes a jogar todo o material fora quando, ao olhar no interior do vidro, percebeu que onde tinha se formado bolor, não havia Staphylococcus em atividade. Concluiu que o mofo, oriundo do fungo Penicillium, agia secretando uma substância que destruía a bactéria. Ainda que por acaso, estava criado o primeiro antibiótico da história da humanidade – a penicilina – que é para tantos cientistas uma das mais vitais descobertas da historia humana. Para eles, a medicina só se tornou ciência verdadeira a partir dos antibióticos. Antes deles, era um bom exercício para o diagnóstico das enfermidades infecciosas. Quanto ao tratamento e à cura, só a interpretação religiosa podia compreender ou ajudar. Com a descoberta de Alexander Fleming, abriam-se as portas de um novo mundo, com o surgimento de uma grande indústria que passou a se dedicar à produção de penicilina e outros antibióticos responsáveis pela possibilidade de vida com qualidade para pessoas que sofriam de tuberculose, pneumonia, meningite, sífilis, entre outras infecções. A penincilina só foi verdadeiramente isolada em 1938, por Ernst B. Chain e Howard W. Florey, também na Inglaterra. Em bora logo após a descoberta de Fleming tivesse surgido uma onda de desconfiança sobre a eficácia do bolor, ela não impediu que cientistas médicos continuassem estudando a substância. Com a Segunda Guerra Mundial e a necessidade de ajudar cada vez mais os feridos, Dr. Florey, patologista da Universidade de Oxford, tomou para si a pesquisa da penicilina, retomando o cultivo do bolor de Fleming e dele extraindo um pó marrom. A substância foi testada em 80 tipos de bactérias, provando sua eficácia contra os micróbios e inatividade com relação aos glóbulos brancos. Em 1940, a penicilina foi utilizada, na Inglaterra, no primeiro paciente humano, um policial, vítima de grave infecção sanguínea. O mundo passava a conhecer e desfrutar de uma arma absolutamente vital à vida e existência a partir de então.