Saiba como conseguir medicamentos de alto custo no SUS

O departamento jurídico da ABEM preparou uma breve orientação para esclarecer aos pacientes quais são os procedimentos necessários para se obter medicamentos de alto custo no Sistema único de Saúde – SUS. Veja abaixo os passos e se tiver alguma dúvida, entre em contato com a ABEM pelo telefone (11) 5587-6050 ou pelo email juridico@abem.org.br Se você mora no estado de São Paulo, deve seguir a Resolução nº 54/2012: “A Secretaria Estadual de Saúde, com o objetivo de melhor atender os pacientes do Estado de São Paulo, compôs um Comitê Executivo da CF, constituído por 17 membros, representantes da Secretaria de Saúde, Comunidade Acadêmica, Hospitais Universitários e Conselhos Regionais, onde estabeleceram a Resolução nº54/2012 de 11/07/2012, com as novas normas e procedimentos para obtenção de medicamentos não inclusos no rol de cobertura do SUS com registro na ANVISA.” Este é o passo a passo para obter um medicamento NÃO incluso no rol do SUS: 1º Passo Entrar no site da Secretaria de Saúde: Clicar: Comissão de Farmacologia da SES/SP Clicar: Para ter acesso a cobertura da Comissão de Farmacologia clique aqui Clicar: Solicitação de Medicamento por paciente (de Instituição de Saúde Pública ou Privada) Clicar: Laudo de Avaliação de Solicitação de Medicamento Imprimir, entregar ao médico para preenchimento, assinatura e carimbo 2º Passo Documentos: Paciente: juntar seus documentos pessoais – RG, CPF, comprovante de residência com CEP; Médico: juntar as cópias de exames que justifiquem a necessidade do medicamento, que não faz parte dos medicamentos inclusos no rol do SUS. Fazer em 02 (duas) vias; 3º Passo Finalizado o laudo médico (juntar os documentos acima descritos), que deve ser entregue a Instituição de Saúde, onde faz tratamento, sendo assinado pelo diretor responsável e enviado á Comissão de Farmacologia da Séc. Estadual de Saúde. Endereço: Rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, nº 88, Cerqueira César, São Paulo – SP CEP: 05403-000 4º Passo No prazo estimado de 30 dias a Instituição de Saúde e o Paciente receberão um telegrama informando a decisão. Trata-se de um grande avanço para a saúde no Estado de São Paulo, onde o paciente, que não atende ao protocolo de medicamentos entregue pelo SUS, poderá requerer outro medicamento não incluso através da via administrativa evitando a judicialização. 5º Passo No caso de negação da Secretaria Estadual de Saúde a medida cabível é a via judicial. Se você mora FORA do Estado de São Paulo: 1º Passo Apresentar o laudo médico para solicitação, avaliação e autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica geralmente é fornecido e preenchido pelo próprio médico. Caso ele não forneça, peça o formulário em uma unidade de saúde e volte ao consultório para ele preencher. O laudo detalha aspectos da doença do paciente e do tratamento, de modo a deixar clara a necessidade do uso do medicamento. Nesse relatório, o médico deve mencionar o código da doença na Classificação Internacional de Doenças e indicar seu número de cadastro no Conselho Regional de Medicina, assinar e carimbar o seu nome completo. Leve uma cópia simples junto a original. 2º Passo Apresente a receita médica O laudo médico não exclui a necessidade da apresentação da receita médica, que deve ser anexada junto com os demais documentos. Nela, o médico deve mencionar o nome do remédio com seu princípio ativo e o nome genérico, a quantidade necessária a ser usada por dia, semana ou mês e a indicação de comprimidos, frascos ou refis. A receita é válida somente por 30 dias. Leve uma cópia simples também. 3º Passo Apresente uma cópia do comprovante de residência É mais seguro levar a unidade de saúde o exemplar original junto a uma cópia simples. 4º Passo Vá a uma das unidades responsáveis pelos remédios de alto-custo Informe-se na unidade de saúde onde você passou por consulta ou onde pegou o laudo médico sobre esse espaço. Somente neles você poderá fazer o pedido administrativo do remédio. 5º Passo Peça cópia do protocolo do pedido Ao fazer o pedido, peça uma cópia do protocolo. Isso fará toda a diferença se você não receber o medicamento. Para poder ingressar com uma ação judicial, você vai precisar do documento que comprova que houve solicitação. Feito isso, o funcionário que pegou os documentos vai iniciar um procedimento administrativo para obtenção do medicamento. Por meio de um telegrama, você saberá quando e onde – geralmente uma unidade de saúde mais próxima de sua casa – o remédio vai estar disponível. No entanto, não há prazos regulares, podendo ser entregue na hora, em dias ou em até três meses (em casos extremos). 6º Passo Fazer um requerimento administrativo Nem sempre os pedidos são aceitos, mesmo casos considerados urgentes. Quando isso acontece, o paciente pode entrar com um requerimento administrativo na Secretaria de Saúde de seu estado ou com uma ação na Justiça. O procedimento é simples: o paciente escreve uma carta informando ter determinada doença para qual o médico lhe receitou o medicamento. O pedido médico deve estar anexado ao documento. É possível partir para uma ação judicial tão logo ocorra à negativa, mas, segundo os advogados, vale fazer o requerimento primeiro porque, além de não haver necessidade de um advogado para isso – qualquer pessoa pode fazer – o juiz pode não dar ganho de causa justamente por achar que o paciente “queimou etapas”. Muitas vezes o juiz não dá ganho de causa ao paciente alegando que não entrou anteriormente com o pedido administrativo. Se o paciente não receber o medicamento em até 15 dias, pode entrar com medida judicial. 7º Passo Procure um Juizado Especial da Fazenda Pública Qualquer pessoa pode ingressar com ações nos Juizados de forma gratuita e sem a necessidade de contratar advogado. Mas isso só é possível desde que o custo do medicamento seja de no máximo 60 salários mínimos, num período de 12 meses. Em alguns estados brasileiros, os Juizados Especiais ainda não estão em pleno funcionamento. Por isso, vale checar se já há um juizado no seu Estado de origem. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública foram … Ler mais

Teatro Ruth Escobar com peças gratuitas para pacientes da ABEM

Atenção pacientes da ABEM, o Teatro Ruth Escobar em parceria com a ABEM está disponibilizando 100 ingressos gratuitos para nossos pacientes. São 3 peças em cartaz do dia 10/01/15 à 01/03/2015. Casal TPM (comédia) – sábados 21h30 e domingos 19h30. A Vida Secreta das Coisas (drama leve) sábados 17h30. Se Essa Rua Fosse Minha – Espetáculos de Brincar (infantil) – domingos 17h30. Essa iniciativa da ABEM com o Teatro Ruth Escobar, atende nossa missão e especialmente no período de férias, promove qualidade de vida, lazer e entretenimento. Somente válida para cadastrados na ABEM e seus familiares e /ou acompanhantes. Participe encaminhando um e-mail para qualidade@abem.org.br, informe a peça de sua preferencia (podendo escolher as 3 peças) e o nome completo. Maiores informações através do e-mail: qualidade@abem.org.br. Equipe ABEM.

Novas regras da ANAC e da INFRAERO

VAI VIAJAR DE AVIÃO? ENTÃO SIGA NOSSAS DICAS E CONHEÇA AS NOVAS REGRAS DA ANAC E DA INFRAERO E VIAGEM BEM! PROGRAMA DE ACESSIBILIDADE INFRAERO A Infraero possui ações que visam assegurar acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida por meio de objetivos que permeiam todas as vertentes de acessibilidade do aeroporto: “EDIFICAÇÕES” –”ATENDIMENTO” –”EQUIPAMENTO” –”ACESSO À INFORMAÇÃO” –”SENSIBILIZAÇÃO” – “PÚBLICO INTERNO” e “DIVULGAÇÃO” A Infraero possui um programa de capacitação de seus funcionários, desde o ano de 2007 com mais de 16.700 pessoas treinadas em 183 cursos ministrados em todos os aeroportos da Rede Infraero até 2013, mediante a realização do “Curso de Atendimento à Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida”. Também capacitou em Libras mais de 3.600 empregados da Infraero, que podem prestar auxílio no atendimento aos passageiros que possuem deficiência auditiva.   RESPONSABILIDADE PELO MOVIMENTO DE PESSOAS COM DEFICIENCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA ENTRE AS AERONAVES E O TERMINAL Com a nova Resolução nº 280/Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), de 11 de julho de 2013, a responsabilidades da empresa aérea, é estabelecida em seu “Art. 14: O operador aéreo deve prestar assistência ao Passageiro com Necessidade de Atendimento Especial (PNAE) nas seguintes atividades: I – check-in e despacho de bagagem; II – deslocamento do balcão de check-in até a aeronave, passando pelos controles de fronteira e de segurança; III – embarque e desembarque da aeronave; IV – acomodação no assento, incluindo o deslocamento dentro da aeronave; V – acomodação da bagagem de mão na aeronave; VI – deslocamento desde a aeronave até a área de restituição de bagagem; VII – recolhimento da bagagem despachada e acompanhamento nos controles de fronteira; VIII – saída da área de desembarque e acesso à área pública; IX – condução às instalações sanitárias; X – prestação de assistência a PNAE usuário de cão-guia ou cão-guia de acompanhamento; XI – transferência ou conexão entre voos; e XII – realização de demonstração individual ao PNAE dos procedimentos de emergência, quando solicitado. E em seu Art. 19. A responsabilidade pela assistência ao PNAE, nos termos do art. 14, em voos de conexão, permanece com o operador aéreo que realizou a etapa de chegada até que haja a apresentação ao operador da etapa de partida.” E a responsabilidade do operador aeroportuário é estabelecida no Art. 20: “O embarque e o desembarque do PNAE que dependa de assistência do tipo STCR, WCHS ou WCHC devem ser realizados preferencialmente por pontes de embarque, podendo também ser realizados por equipamento de ascenso e descenso ou rampa. § 1º O equipamento de ascenso e descenso ou rampa previstos no caput devem ser disponibilizados e operados pelo operador aeroportuário, podendo ser cobrado preço específico dos operadores aéreos.” Art. 42. Os equipamentos referidos no art. 20 deverão ser disponibilizados pelo operador aeroportuário, nos termos do seu § 1º, obedecendo ao seguinte cronograma: I – até dezembro de 2013: aeroportos que movimentaram 2.000.000 (dois milhões) de passageiros ou mais por ano; II – até dezembro de 2014: aeroportos que movimentaram mais de 500.000 (quinhentos mil) e menos de 2.000.000 (dois milhões) de passageiros por ano; e III – até dezembro de 2015: aeroportos que movimentaram 500.000 (quinhentos mil) passageiros ou menos por ano. § 1º A quantidade de passageiros movimentados será calculada pela soma dos embarques, desembarques e conexões verificados no ano imediatamente anterior. § 2º Até o vencimento dos prazos mencionados neste artigo, permanece com o operador aéreo a responsabilidade pela disponibilização dos equipamentos referidos no § 1º do art. 20 desta Resolução.”   PASSAGEIROS QUE NECESSITAM DE ASSISTÊNCIA ESPECIAL DEVEM INFORMAR SUAS NECESSIDADES À EMPRESA AÉREA Conforme a Resolução Nº 280/ANAC, de 11 de julho de 2013, o PNAE deve informar ao operador aéreo as assistências especiais necessárias, no momento da reserva ou, no mínimo, 48 horas antes do embarque para que receba a devida assistência. Os passageiros ou os grupos de pessoas com deficiências que necessitem do uso de oxigênio ou maca devem fazer a solicitação contatando a empresa aérea com 72 horas de antecedência. A ausência das informações sobre assistências especiais dentro dos prazos especificados não deve inviabilizar o transporte do PNAE quando houver concordância do passageiro em ser transportado com as assistências que estiverem disponíveis.   PASSAGEIROS QUE NECESSITAM DE ASSISTÊNCIA ESPECIAL TÊM DIREITO A ATENDIMENTO PRIORITÁRIO Conforme a Resolução Nº 280/ANAC, de 11 de julho de 2013, em todas as fases de sua viagem, inclusive com precedência aos passageiros frequentes, durante a vigência do contrato de transporte aéreo, observadas as suas necessidades especiais de atendimento, incluindo o acesso às informações e às instruções, às instalações aeroportuárias, às aeronaves e aos veículos à disposição dos demais passageiros do transporte aéreo. Pode haver restrições aos serviços prestados, quando não houver condições para garantir a saúde e a segurança do PNAE ou dos demais passageiros, com base nas condições previstas em atos normativos da ANAC, no manual geral de operações ou nas especificações operativas do operador aéreo.   SÃO OS DIREITOS DOS PASSAGEIROS QUE NECESSITAM DE ASSISTÊNCIA ESPECIAL: Os passageiros que necessitam de assistência especial têm direito: atendimento prioritário; telefones adaptados às pessoas com deficiência auditiva que devem ser disponibilizados pelas administrações aeroportuárias nas áreas comuns dos aeroportos às informações formatadas na Língua Brasileira de Sinais – Libras; às informações disponíveis para passageiros com deficiência visual; E ainda, conforme a Resolução nº 280/ANAC, de 11 de julho de 2013, o PNAE tem direito aos mesmos serviços que são prestados aos usuários em geral. E ainda, de dispensar a assistência especial a que tenha direito, além de ter desconto de no mínimo 80% do valor cobrado pelo bilhete do passageiro com deficiência, para acompanhante quando a empresa aérea exigir acompanhamento. O acompanhante deve viajar em assento ao lado da pessoa com deficiência.  Gestantes; idosos a partir de 60 anos; lactantes, pessoas com criança de colo; pessoas com mobilidade reduzida e pessoas com deficiência.   TRANSPORTE POR AMBULIFT Trata-se de veículo adaptado com uma plataforma elevatória, para efetuar o embarque e desembarque de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.   … Ler mais

Sorteio de Natal ABEM

A ABEM parabeniza os ganhadores da campanha Sorteio de Natal !! Ganhador da TV 3D 46″ – Sr. Alcides – São Paulo – SP. Ganhador do IPhone 6 Plus – Sr. Abelardo – João Pessoa – PB    Agradecemos a todos que participaram dessa campanha apoiando a ABEM e a todos os pacientes de EM. Continue doando, continue participando! O próximo ganhador pode ser você. Equipe ABEM

Saiba como funcionará a ABEM durante as festas de final de ano

Como acontece todos os anos, em respeito às possibilidades dos pacientes, a ABEM entra em recesso parcial de algumas atividades. Fique por dentro dos serviços que continuam e que param durante o período de festas. – Atendimentos terapêuticos: recesso de 05/12 até 02/03/2015   – Atendimentos médicos: recesso de 22/12 até 12/01/2015  – Atendimentos Odontológicos: recesso de 05/12 a 02/03/2015  – Expediente administrativo e atendimento: recesso de 23/12 a 05/01/2015 Neste período continua funcionando normalmente os serviços de Psicologia On-line  e PAFEC – (Programa de Atendimentos família e Cuidadores ). Para mais informações entre em contato pelo telefone: (11) 5587-6050. Boas festas e até 2015. Afinal, juntos somos mais fortes!

Como é a vida de quem sofre com Esclerose Múltipla

Após o diagnóstico, os pacientes relatam mudanças bruscas na rotina, mas apontam a possível adaptação como melhor remédio. Conheça mais sobre o dia a dia de quem sofre com a doença     A pesquisadora gaúcha Bruna Rocha Silveira completou 28 anos de idade no último mês de julho. “Foi quando percebi que vivo há mais tempo com esclerose múltipla (EM) do que sem”, conta ela, que recebeu o diagnóstico da doença pouco antes dos 14 anos. “A EM afeta a minha vida o dia inteiro, todos os dias”, afirma. “Mas a gente vai se acostumando.”   Ela ainda era uma garota quando um formigamento na mão direita a fez procurar um ortopedista. O médico, então, suspeitou que aquele sintoma, aparentemente banal, tivesse uma causa que merecia maior atenção. Começou ali uma investigação que, seis meses depois, detectou que aquele havia sido o primeiro surto da doença – um diagnóstico consideravelmente rápido, mesmo para os padrões atuais que estimam a conclusão em até dois anos.   “Foi difícil de lidar, eu nunca tinha ouvido falar naquilo. Não sabia o que era, nem onde procurar para me informar. Um dos artigos que li na época diziam que eu morreria em dez anos”, relembra Bruna. “A mudança é grande, a gente tem que se adaptar, mas aprende. Às vezes, por exemplo, tenho dificuldades de segurar uma caneta, então sei que não é dia para eu escrever e foco em outras atividades. Tive que passar por diversas situações para aprender os limites do meu corpo.”   Obstáculo físicos   A EM impõe dificuldades ao corpo do paciente. Doença autoimune e degenerativa ainda sem causa completamente definida ou cura conhecida, ataca o sistema nervoso central (SNC) e afeta as funções controladas pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal.    Sua forma mais comum, a remitente-recorrente, se manifesta por meio de surtos esporádicos cujos sinais dependem da área acometida: pode criar dificuldades para caminhar, problemas na visão, desequilíbrio, entre outros. Cerca de 85% das 2,3 milhões pessoas com EM no mundo – 35 mil delas no Brasil, segundo estimativas – têm esse tipo.   As evidências apontam uma predisposição genética para o desenvolvimento. Estudos sugerem, porém, que só essa herança não basta para que a doença se manifeste. Para tanto, teria que ser associada a fatores ambientais, e o tabagismo, a infecção viral e a deficiência de vitamina D são os mais plausíveis.   Lidar com o imprevisível   Ainda assim, há muitas perguntas sem respostas ao explicar a EM. “Em gêmeos monozigóticos, se um desenvolve a doença, a chance de o outro também a ter é de 40%. E são indivíduos com exatamente o mesmo material genético e que compartilham o mesmo ambiente”, explica o neurologista Tarso Adoni, diretor técnico do Centro de Esclerose Múltipla do Hospital Sírio-Libanês (SP). Ele classifica a doença como “imprevisível”.   “Duas pessoas vão evoluir de maneira muito diferente e um mesmo paciente pode passar cinco anos sem ter um surto e, em seguida, ter dois em um mesmo ano. Quando sou perguntado como ele vai estar em dez ou 15 anos, a minha resposta é ‘não sei’”, afirma Adoni.   Poder de adaptação   Essa característica aflige o gerente de projetos Eduardo André Cândido Silva, 34, diagnosticado recentemente, no início de 2014. “É o mais difícil de lidar. Sou planejador, identifico riscos e trabalho para minimizá-los. Você fica tentando descobrir como vai ser dali para frente”, conta ele que, ao contrário de Bruna, levou quase seis anos entre o primeiro sintoma e a notícia de que eram causados pela EM.   “Fui de especialista em especialista tentando resolver um problema de desequilíbrio, que fazia eu ter que me apoiar na hora de caminhar”, lembra Silva. “O primeiro impacto é devastador, você se vê diante da finitude. Com o tempo você vai se acostumando. Mas hoje temos uma rotina que mudou bruscamente”, diz o gerente, cujo perfil não se encaixa no mais comum dos portadores: mulheres correspondem a dois terços dos casos, a maior parte com os primeiros surtos entre os 20 e 30 anos – os hormônios femininos podem ser fatores para essa diferença.   A vida muda, mas segue. “É preciso entender que é uma ilusão prever o futuro”, resume Silva. “Tento não ficar lendo sobre a doença. Não adianta, vou gastar tempo que tenho para trabalhar, para ficar com a minha família. Quero deixar a EM ser só um pequeno fato da minha vida, que é muito maior.”   Tocar a vida   O tratamento já permitiu a Silva retomar algumas atividades que a doença o impedia de realizar. Hoje ele faz natação e já consegue vencer a fadiga, um dos sintomas mais comuns da EM. Voltar a andar de bicicleta com o filho e a esposa ainda é um objetivo. “Com a fisioterapia creio que será possível”, afirma.   O paulista também teve que se adaptar ao trabalho, deixando uma rotina que incluía diversas viagens por uma nova função em que fica baseado em sua cidade. “Tudo foi feito com muito apoio”, conta Silva. O dia a dia de Bruna também passou por mudanças. Abandonou a profissão de jornalista. “Era algo que me deixava doente, não tinha tempo de descansar, era aquela coisa de chegar cedo e sair tarde. Hoje, faço doutorado e tenho meus próprios horários”, conta. “Aceitar (a EM) é a única alternativa. Quanto a doença vai afetar a nossa vida, somos nós que escolhemos.”   Monoterapia com vitamina D   Uma das características da EM é ser mais comum em países além dos trópicos. Dependente do contato com a luz do sol –menos abundante nesses locais – para ser fabricada pelo próprio organismo, a vitamina D é uma das teorias para explicar o motivo de maior prevalência da doença nessas áreas do globo. Níveis reduzidos dessa substância são apontados como um dos gatilhos ambientais. Causa polêmica, porém, uma forma de tratamento que se baseia prioritariamente em dar ao paciente doses de vitamina D. Esse tipo de terapia teria a vantagem em relação … Ler mais

O dissenso da maconha: no Brasil, o debate ainda está acirrado

O dissenso da maconhaNo Brasil, o debate ainda está acirrado e não há consenso entre os defensores de opiniões pró e contra leis que regulamentem o uso da erva Legalizar, liberar, descriminalizar ou não a maconha não é uma questão simples. Há vários anos se discute a respeito da planta cannabis utilizada para fins medicinais, meramente “recreativos”, e o uso de seus princípios ativos como medicamento para males diversificados. Nos Estados Unidos e em outros países, a discussão já está adiantada e resultou na liberação tanto da erva para fins medicinais quanto de remédios de canabinoides. Um dos jornais mais influentes do mundo, o The New York Times, este ano chegou a assumir a posição de defesa do uso recreacional e medicinal da maconha. No Brasil, muito ainda se discute e muitos argumentos são apresentados, contra e a favor, por representantes de várias classes profissionais. No recente congresso da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), foi realizado um debate sobre a legalização da maconha que atraiu mais pessoas do que os organizadores esperavam. O assunto e a presença de conhecidos pesquisadores defensores e contrários ao uso da maconha fizeram com que as pessoas continuassem a entrar no auditório e se acomodassem nas escadas e pelo chão do local. Participaram da mesa de discussões o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Emmanuel Fortes, o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, o coordenador da Comissão de Dependência Química da ABP, Ronaldo Laranjeira, o deputado federal Osmar Terra, o psiquiatra Valentim Gentil, Elisaldo Carlini e Marcos Susskind, da Organização Não Governamental (ONG) Jacs Brasil. Argumentos a favor Elisaldo Luiz de Araújo Carlini O professor doutor Elisaldo Luiz de Araújo Carlini, em outras ocasiões, tem deixado claro que não é a favor da legalização e do uso recreacional da maconha, mas a favor de sua descriminalização e de seu uso medicinal. Ele chamou a atenção ao perigo de se levar em consideração a ideologia e não somente os fatos, quando se defende ou se contraria o uso da maconha como remédio citando o artigo “Como a ideologia modula a evidência e a política sobre drogas: o que nós conhecemos sobre a maconha e o que nós deveríamos saber”, publicado em 2009 pela revista inglesa mais influente no campo da dependência química, a Addiction. Carlini ainda faz um levantamento que mostra um parâmetro de alternância de posicionamento sobre o uso da maconha em diversas instituições, brasileiras e internacionais, que regulam a prática médica. Como exemplo citou que, em 1980, o Jornal Brasileiro de Psiquiatria, em anúncio editorial, fez uma comparação que, na época, cinco dias de detenção por uso de maconha seria mais nocivo do que cinco anos de uso continuado da droga. Continuando com esse gancho, ele cita estudos mais recentes realizados nos Estados Unidos sobre a violência dentro da prisão e correlaciona com o número de jovens presos por porte de maconha no mesmo período. “De acordo com a Organização para o Estupro de Presos, 290 mil homens são vitimados todos os anos nos EUA, 192 mil vítimas de penetração, as vítimas são majoritariamente jovens, de pequena estatura, não violentos, primários e de classe média. 77 mil transgressores da lei por posse de maconha estavam na prisão. Imaginem o sofrimento de milhares desses jovens sofrendo a pressão da nossa lei.” Sobre esse assunto, ele pontua, em entrevista ao médico Drauzio Varella, que esses jovens presos, que muitas vezes não cometeram outro crime, ficam marcados por uma ficha criminal que os prejudica posteriormente a conseguir emprego. E ainda considera: “O importante não é punir um comportamento. É corrigi-lo. Para tanto, deve existir um programa eficiente de prevenção e de educação para que a pessoa evite consumir essa ou qualquer outra droga”. Para Carlini, a história demonstra que o uso da maconha medicinal era coisa séria: seu uso foi registrado pela primeira vez há cerca de cinco mil anos, por um imperador chinês, e no século IXX podia ser usada na medicina contra vários males, receitada pelos melhores médicos da época. Isso, segundo ele, e mais as dezenas de trabalhos, livros e estudos publicados ao longo do tempo que alegam os efeitos benéficos da maconha para as dores neuropáticas e miopáticas, não pode ser desconsiderado. “Esclerose múltipla, maconha para o uso médico nesses casos é reconhecido por Ministérios da Saúde de vários países. Em 2010, a ONU reconheceu o uso medicinal da maconha nos países que resolvem fazer uma agência medicinal da maconha e o que o país precisa fazer é que o Ministério da Saúde tenha uma postura de reconhecer e aceitar uma agência da cannabis medicinal que faça o controle da plantação, da coleta, da venda e da prescrição médica”, pontua o pesquisador. Contrariando outros pesquisadores, Carlini diz que não há evidências científicas suficientes da relação entre o uso da maconha e os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia. Na entrevista a Drauzio Varella, ele ainda comenta que a questão da dependência pode ser subjetiva, já que há casos na história médica de dependência a cenoura, com relatos de crises de abstinência, assim como a placebo. E sobre o porquê de sua defesa à maconha medicinal, ele esclarece que não há medicamentos eficazes em 100% dos pacientes, e que mesmo a morfina pode não oferecer alívio para todos os quadros dolorosos, considerando assim não fazer sentido restringir seu uso na população que poderia beneficiar-se dela quando outras drogas não surtem efeito. Ele cita casos de paciente em tratamento quimioterápico contra o câncer que tem menos náuseas e vômitos, e de pessoas caquéticas por causa da aids e câncer que têm o apetite desperto por causa da maconha. Outro que tem lutado a favor da descriminalização da maconha é o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, hoje à frente da Comissão Global de Política sobre Drogas, que reúne também 22 ex-presidentes de outros países. Para ele, de acordo com artigos e entrevistas publicadas, o “proibicionismo fracassou em muitos níveis” e o modelo de repressão desperdiça recursos públicos com poucos resultados para a … Ler mais

Pesquisa revela ligação entre o diagnóstico da esclerose múltipla e o da uveíte

 Os resultados do maior estudo retrospectivo de esclerose múltipla (EM) em pacientes com uveíte revelou que cerca de 60% dos doentes com ambas as condições foram diagnosticados dentro de um período de cinco anos. O estudo – Characterization of Uveitis in Patients With Multiple Sclerosis (PA009) – foi apresentado durante a reunião anual da Academia Americana de Oftalmologia, que aconteceu em outubro, em Chicago, EUA. “Embora já se saiba que há uma associação entre a uveíte e a esclerose múltipla, este é o primeiro estudo a fornecer uma descrição detalhada do início da uveíte e da esclerose múltipla, fornecendo dados para calcular a probabilidade de um diagnóstico de EM entre os pacientes com uveíte”, diz o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. “Diagnosticada em aproximadamente 38.000 americanos, anualmente, a uveíte causa inchaço e irritação da camada média do olho e pode conduzir à perda de visão permanente se não for tratada. Já está bem estabelecido na comunidade médica que a uveíte pode ser um sinal de esclerose múltipla. Estima-se que 1-10% dos doentes com EM tenha uveíte, doença que afeta cerca de 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, provocando a deterioração irreversível do nervo óptico. A uveíte é notoriamente difícil de diagnosticar”, explica a oftalmologista Roberta Velletri (CRM-SP 113.044), que também integra o corpo clínico do IMO. Para conseguir uma melhor compreensão sobre a relação entre as duas doenças, os pesquisadores alemães realizaram uma pesquisa no banco de dados de cerca de 3.000 pacientes com uveíte do Casey Eye Institute e de 5.319 pacientes da Universidade de Heidelberg, entre 1985 e 2013. Destes, 24 pacientes do Casey Eye Institute e 89 pacientes da Universidade de Heidelberg preencheram os critérios de diagnóstico para ambos os casos: uveíte e EM, sendo assim selecionados para o estudo. Com base na prevalência da EM em populações americanas e europeias, os pesquisadores descobriram que a doença é 18-21 vezes mais provável de se manifestar na população americana e na europeia com uveíte, respectivamente, em comparação à população em geral. O estudo constatou que a EM foi diagnosticada antes da uveíte em 28-29% dos pacientes, simultaneamente, em 15% dos pacientes e após o diagnóstico de uveíte em 54-56% dos pacientes. Além disso, este foi o primeiro estudo a estimar a frequência relativa dos subtipos anatômicos da uveíte em pacientes com EM. Tradicionalmente, a uveíte diagnosticada em pacientes com EM é a uveíte intermediária (também referida como pars planitis). 80% dos casos neste estudo foram de uveíte intermediária no momento do diagnóstico da EM. Os pesquisadores descobriram que um em cada seis participantes apresentava uveíte anterior. “O estudo também mostrou que a acuidade visual é geralmente estável nessa população e a maioria dos pacientes melhorou durante o acompanhamento após o tratamento”, informa Roberta Velletri. Os pesquisadores observaram que a principal limitação do estudo é a falta de disponibilidade de imagens de ressonância magnética do cérebro de todos os pacientes ou de estudos neurológicos detalhados, o que teria permitido fazer a correlação da uveíte do paciente com sua doença neurológica. Fonte: Difundir (http://www.difundir.com.br/site/c_mostra_release.php?emp=1960&num_release=142457)

Dia de Doar

O que é o Dia de Doar? Obrigada por fazer parte do #diadedoar! O #diadedoar inspira a filantropia pessoal e encoraja doações maiores, melhores e mais inteligentes durante a época de festas, mostrando que o mundo, de fato, doa da melhor forma possível. O segundo #diadedoar acontecerá no dia 2 de dezembro, no Brasil todo, e fará parte, pela primeira vez , do movimento internacional #GivingTuesday. De onde veio a ideia? O varejo há muito tempo se beneficia das vendas da época de festas de final de ano, e já importou dos Estados Unidos a data que marca o início das compras de presentes com um dia de descontos chamado “Black Friday”. Desta forma, o #diadedoar funciona como uma celebração à importância do fortalecimento da democracia através de doações para organizações da sociedade civil, lembrando que já é um costume, para muitas pessoas, fazerem doações no final do ano. O #diadedoar junta diferentes redes de pessoas, grandes empresas, pequenos negócios e OSC através de um universo cada vez maior de plataformas digitais para encorajar e amplificar pequenos gestos de empatia voltados para transformar o mundo em um lugar melhor para todos. O#diadedoar não é uma plataforma de doação, mas um chamado à ação para celebrar a doação e encorajar doações maiores, melhores e mais inteligentes durante a época de festas. É um princípio norteador para encorajar a criatividade e a energia de pessoas no Brasil e no mundo para trabalharem juntas para o bem. O sucesso do#diadedoar depende do esforço coletivo dos parceiros e da sua participação. Você é a parte mais importante para fazer este movimento uma realidade. Nós juntamos um passo a passo para que você tenha os recursos necessários para que, neste ano, as doações sejam ainda maiores! Você não precisa ser um líder mundial ou um milionário para doar. O #diadedoar é sobre pessoas normais se juntando para fazer coisas extraordinárias. O#diadedoar é o momento perfeito para que o mundo se junte e mostre o quão poderosa a humanidade por ser quando unida para doar em um só dia. O #diadedoar é organizado pelo Movimento por uma Cultura de Doação, uma coalização de organizações e indivíduos que promovem a cultura de doação no país, e que se encontram neste grupo do facebook, ao qual qualquer um pode se juntar: https://www.facebook.com/groups/culturadedoacao/. Clique e veja o Dia de Doar em uma página Fonte: Dia de Doar (http://www.diadedoar.org.br/)

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