Olimpíada pode atrair pelo menos 20 vírus ao País

Rio – O virologista Pedro Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, alertou para o risco de outros vírus entrarem no País com os turistas que virão para a Olimpíada. Segundo ele, há pelo menos 20 vírus transmitidos pelo Aedes aegypti em circulação na África, Ásia e Oceania. “Sabemos que os índices de infestação no Brasil ainda são muito altos. A Olimpíada é realizada no inverno, mas o inverno brasileiro é muito leve e pode não alterar muito essa situação (alta infestação). Vamos receber um número grande de visitantes de todos os continentes. Como aconteceu com zika e chikungunya, enfrentamos o risco de outros vírus entrarem durante a Olimpíada”, disse Vasconcelos. Para o especialista, é preciso formar uma “força tarefa” dos governos federal, estadual e municipal para combater o mosquito. “A queda nos níveis de infestação diminui os riscos de ocorrer uma transmissão local por outro vírus e daí iniciar um ciclo de transmissão, com risco de epidemia”, disse ele, único brasileiro a participar do comitê de especialistas que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar emergência mundial por causa da microcefalia. Trabalho do grupo de Vasconcelos, publicado na revista Science, mostrou que o zika entrou no Brasil entre maio e dezembro de 2013, possivelmente durante a Copa das Confederações. Foram comparados sete sequenciamentos do genoma do vírus para chegar à conclusão. Como somente 20% dos pacientes são sintomáticos, é possível que pessoas contaminadas pelo zika tenham viajado sem saber que estavam doentes. Vasconcelos citou o vírus Ross River, que circula na Austrália, de condições climáticas semelhantes às do Brasil. Além das doenças transmitidas pelo Aedes, há as transmitidas pelo Cúlex, mosquito comum no País. Uma delas é a encefalite japonesa, que afeta o sistema nervoso central. Segundo o Centro de Informação em Saúde para Viajantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a doença mata em 30% dos casos e deixa sequelas neurológicas em 50% dos pacientes. O especialista tem estudado as mortes de adultos provocadas por zika. Ele investigou três casos de pessoas que desenvolveram encefalites. Os pacientes, entre 17 e 60 anos, tinham diabetes, lúpus (doença do sistema imunológicos) e púrpura trombocitopênica (doença autoimune que destrói as plaquetas). “Não estamos dizendo que todas as pessoas com diabetes, lúpus ou púrpura trombocitopênica vão desenvolver formas graves de zika e morrer. O que observamos é que algumas pessoas com essas condições, por algum problema ainda não identificado, talvez de origem genética, são mais suscetíveis a morrer”, afirmou. A pesquisa, submetida à revista científica Nature Medicine, mostra que o zika atinge sobretudo os neurônios, mas foi encontrado no coração, pulmão, rins e fígado. “O vírus consegue se replicar em diversos órgãos, mas a lesão é maior no sistema nervoso central. Alguns casos são tão intensos que levam à morte por encefalite”, disse Vasconcelos.   Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/05/05/olimpiada-pode-atrair-pelo-menos-20-virus-ao-pais.htm

Como será o amanhã? – Blog da Camilla

…Como será o amanhã…. Responda quem puder…. O que irá me acontecer?….. O meu destino será como Deus quiser…. Essa linda canção é da cantora Simone, quem será que nunca parou para se perguntar do amanhã?! Seja a pessoa com esclerose múltipla, dor de cotovelo, amor não retribuído, mãe preocupada, casal de noivos, enfim…. Todo mundo já deve ter se feito essa pergunta: Como será o amanhã? Sempre fui muito alheia a me preocupar com o futuro, sempre fui muito mais Zeca Pagodinho… Deixa a vida me levar… vida leva eu…. do que Simone. Mas tenho que confessar que depois do meu diagnóstico de Esclerose Múltipla,  “como será o amanhã” é uma preocupação muitoooo frequente em minha vida! Preocupação essa de não querer dar trabalho para ninguém, preocupação dos tratamentos fazerem efeito, preocupação da fadiga não acabar comigo, enfim… preocupação de ter saúde para viver…. Junto com essa preocupação vem uma esperança tão grande de descobrirem a cura da Esclerose Múltipla…. Imaginem só que notícia mais maravilhosa seria: “Foi descoberta a cura da Esclerose Múltipla” (Claro meu lado nada egoísta já aumenta um pouquinho a boa notícia… “Descobriram a cura da Esclerose Múltipla e de todas as doenças neurológicas”). Aí que perfeição…. Aí que sonho…. Aí que tudo…. Quem sabe não podemos ser merecedores dessa notícia?!?!?!?!?! Para ajudar um pouco nesse caminho…. Dia 10 de maio a Abem Publicou um artigo que diz sobre: O futuro da batalha contra o Alzheimer, a esclerose múltipla e o câncer. Novo equipamento possibilita investigação mais focada e métodos inovadores de pesquisa e diagnóstico O artigo é super interessante, vale a leitura com certeza…. e o que mais fiquei boquiaberta é que através da  parceira entre o Hospital das Clínicas e a GE foi possível trazer  ao Brasil o primeiro equipamento desta natureza em um ambiente universitário, com foco único em pesquisas e no avanço da medicina. Imaginem só quantas boas notícias com relação a este estudos vamos receber? Como procuro ser uma pessoa positivista, já deixo aqui minha certeza de que o nosso amanhã será repleto de boas notícias com relação a nosso diagnóstico e que daqui a pouco tempo, todos nós poderemos dizer: Eu sou um ex-portador de Esclerose Múltipla!!! Aí eu digo: Que o nosso amanhã seja repleto de saúde… Que o que nos aconteça, sejam inúmeras e divinas boas surpresas… Super beijo e até a próxima!!! Camilla Spinelli Olá, meu nome é Camilla Spinelli de Castro, tenho 30 anos, sou portadora de esclerose múltipla desde 26 anos! Sou casada desde 2011, meu marido é maravilhoso, com uma linda e amada filha de 4 patas  de nome Tequilinha que é minha paixão! Tenho uma família incrível a melhor que poderia ter e amigos sensacionais que super me apoiam e estão ao meu lado na alegria e na tristeza! Sou administradora por formação e apaixonada e sonhadora por vocação! Desde que fui diagnosticada procuro de alguma forma fazer por menos que seja pouco, alguma diferença na vida dos portadores de EM! Espero que com meus relatos eu consiga encorajar muita gente a buscar o tratamento adequado, transmitir  informações com qualidades e mostrar que não estamos no fim do túnel!

Ganhadores do Sorteio de Dia das Mães

Gostaríamos de agradecer a todos que contribuíram na campanha do Sorteio de Dia das Mães! Todos vocês fazem grande diferença para continuarmos com nosso atendimento aos pacientes de EM do Brasil. E os sortudos que ganharam os prêmios foram:   Antônio Carlos Lisboa – Bauru – SP Prêmio: Uma TV FULL HD 43’’ Led    João Eduardo Fabris – Presidente Prudente – SP Prêmio: Um Climatizador   Jorge Higashino – São Paulo – SP Prêmio: Um Kit Eletrodoméstico (Micro-ondas, Grill elétrico e Batedeira elétrica)   Parabéns!!

TERAPIAS E TRATAMENTOS – Blog da Daniela

Atualmente vemos muitas notícias sobre novos medicamentos e novos tratamentos e até tratamentos alternativos para esclerose múltipla. O que há de certo ou errado nessas coisas? Não sou médica, vou falar como paciente: se não há comprovação científica e médica não uso. A questão da vitamina D. Penso que realmente ela pode ajudar, mas não sei se só fazer uso dela é seguro. Seguro nesse caso é se segura a evolução da doença, evitando novos surtos e se os efeitos colaterais não são piores do que dos medicamentos já avalizados e usados. Acredito que nesses casos o melhor remédio é sempre conversar com seu médico neurologista e avaliar junto com ele os tratamentos que se apresentam. Desde que fui diagnosticada tomo “Rebif 44”, já questionei várias vezes o médico sobre mudar a medicação, ao que ele me disse que estou muito bem adaptada à medicação e em time que está ganhando não se mexe. Diante desses argumentos sempre concordo e continua a seguir o tratamento. Sabemos que já existem remédios via oral, que estão conseguindo um bom desempenho e que existem outras medicações que ainda estão em estudo, com bom desempenho. As células-tronco são também sempre lembradas, mas o fato é que ainda existem vários estudos a serem feitos, mas sem dúvida é uma novidade promissora. O importante é sempre procurarmos o que nos faz bem, com o respaldo do profissional competente. Nunca desistir, esse é o lema. As terapias “conjuntas”, como fisioterapias e psicoterapias, são realmente importantes. Falo por mim, que continuo em pé graças à fisioterapia e nunca passei por uma depressão severa graças ao auxílio de psicólogos. Creio que ainda assistiremos a descoberta da cura para a esclerose múltipla, mas até lá não podemos deixar de fazer nossa parte, nos cuidar sempre e não desistirmos de nós mesmos. A maior lição que podemos e devemos tirar de tudo isso é: nunca desistir e continuar em pé, procurando o melhor. Espero ter ajudado, até mais. E mandem suas dicas e dúvidas… Até breve… Daniela Fernandes Daniela Fernandes de Souza, advogada, formada pela Faculdade de Direito de São Bernardo do São Bernardo Campo, em 1999, Sempre trabalhou na área de Direito Público. Está diagnosticada com Esclerose Múltipla há oito anos. É mãe de uma linda garotinha Ana Clara de Souza Fenelon Machado de quatro anos. Esta aposentada por invalidez desde janeiro de 2016. Seu último emprego foi na Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo na Secretaria de Trânsito. Escreveu um livro autobiográfico lançado em outubro de 2015 – “Eu, A Esclerose Mútipla e a Vida”,

A EM não pode me impedir de sentir orgulho da minha casa

Magali, 64, Brasil   Tive meu primeiro ataque de EM em 1977, quando fui mal diagnosticada com acidente vascular cerebral. Levaram seis anos para chegar ao diagnóstico correto. Naquela época eu estava imóvel e precisava de ajuda para tudo. Tinha chegado ao fundo do poço, mas a minha família deixou claro que me ajudaria e que eu não seria um fardo. Essa foi a inspiração necessária para eu voltar a seguir em frente. Nunca gostei que as pessoas fizessem as coisas para mim, por isso me sinto feliz de ser mais independente agora. As pequenas coisas que eu consigo fazer em casa me deixam feliz. Varro o chão, tiro o pó dos móveis, lavo as minhas roupas e lavo a louça. É engraçado porque eu nunca tinha feito nenhuma tarefa doméstica, mas agora eu adoro fazer! Aprendi muito com a minha EM. Em vez de dançar nas escolas de samba, agora me divirto mais em fazer e vender artesanato, o que também me ajuda financeiramente. Eu costumava trabalhar por muitas horas, mas me aposentei por causa da minha EM. Agora sou voluntária na ABEM, uma organização de EM no Brasil, onde cuido das contas. Cheguei à conclusão de que a EM não pode ser sua inimiga. Você precisa conviver com ela. Mas sou eu que estou no controle. A EM pode caminhar lado a lado comigo, mas nunca à minha frente.   fonte: http://www.worldmsday.org/pt-pt/stories/magali/  

O futuro da batalha contra o Alzheimer, a esclerose múltipla e o câncer

Novo equipamento possibilita investigação mais focada e métodos inovadores de pesquisa e diagnóstico A expectativa de vida do ser humano aumentou significativamente nos últimos anos e despertou um novo interesse em pesquisadores e profissionais da saúde: como levar qualidade de vida para esses anos extras? Uma das maneiras de investigar essa possibilidade são as pesquisas sobre doenças contemporâneas, como o Alzheimer, a Esclerose Múltipla, a Injúria Traumática Cerebral e o Câncer. Esse é o foco da parceria entre a GE, a Universidade de São Paulo e o Hospital das Clínicas. “A Universidade tem a obrigação de promover o desenvolvimento de novos conhecimentos, mas a indústria é quem tem a expertise para aplicar isso no mercado. O foco de uma parceira público-privada como essa é juntar a sinergia de forças que cada um tem para beneficiar pacientes no futuro. Temos o compromisso de entregar resultados, trabalhos e novos conhecimentos que permitam agregar alternativas mais eficientes de tratamento e diagnóstico”, explica um dos  coordenadores deste grande projeto, Dr. Carlos Alberto Buchpiguel. De acordo com Dr. Buchpiguel, a iniciativa público-privada é uma maneira de incrementar o número e a qualidade  das pesquisas aplicadas a sociedade  realizadas na universidade, além dos incentivos obtidos através de bolsas acadêmicas, por exemplo. Sem esse incentivo, explica, grandes pensadores de diversas áreas da medicina deixariam o Brasil e levariam descobertas e estudos de ponta para país com mais estrutura e tradição na área de pesquisa. A escolha das doenças a serem investigadas se deu por sua prevalência na população brasileira e pela praticidade do equipamento PET/MR, que na realidade compõe a união da tomografia por emissão de pósitrons (PET) e da ressonância magnética (MR, em inglês), possibilitando permite que dois exames de grande abrangência e alta complexidade sejam feitos de uma única vez e em tempo único, possibilitanto dados híbridos cruzados de forma precisa e integrada, o que reduz o tempo gasto pelos pacientes que se voluntariam para o estudo. A expectativa dos especialistas é que as informações obtidas por meio dos exames revolucionem a medicina diagnóstica por oferecerem detalhes morfológicos e moleculares de maneira única e completa. A parceira entre o Hospital das Clínicas e a GE trouxe ao Brasil o primeiro equipamento desta natureza em um ambiente universitário, com foco único em pesquisas e no avanço da medicina. Serão realizadas quatro pesquisas, a partir de 2016, utilizando o PET/MR. “São estudos desafiadores, porque são assuntos controversos e geram um conhecimento extremamente importante não só para o Brasil, mas para toda a literatura médica”, explica. O Alzheimer é a doença do século, de acordo com o especialista, a Esclerose Múltipla, que é a doença que mais debilita jovens a nível mundial, a Injúria Traumática Cerebral tornou-se destaque devido aos problemas enfrentados pelos jogadores de futebol americano e o câncer de retoainda desafia oncologistas e cirurgiões, apesar dos enormes avanços ocorridos neste campo da medicina nos últimos anos. Conheça os estudos: Jogadores e boxeadores Nesse estudo inovador e realizado pela primeira vez no Brasil, profissionais saudáveis e sem nenhuma alteração cerebral serão voluntários nessa pesquisa que pretende encontrar indícios cerebrais da TBI (Injúria Traumática Cerebral, em tradução livre), que se dá pela repetição de pancadas ou impactos na região craniana, antes que os problemas se manifestem de forma clássica, como a perda de memória, problemas de raciocínio ou motores. “Nós vamos utilizar PET e RM, empregando uma série de sequências em ressonância magnética que mostram as conexões cerebrais para entender quantos desses profissionais que estão assintomáticos já desenvolvem algum tipo de alteração causada por traumas cranianos repetidos”, explica. Esclerose múltipla A doença degenerativa que mais atinge a população adulta jovem, e cuja prevalência cresceu aproximadamente três vezes entre a década de 1990 e 2000, de acordo com estudos da USP, ganhará uma nova possibilidade que pode antecipar a relação do paciente com o tratamento. “É uma doença inflamatória que destrói a camada de gordura que reveste os neurônios, chamada mielina. Uma das formas de fazer o diagnóstico é com a ressonância: ela detecta com muita precisão as lesões que acometem  o paciente, e que possibilitam explicar o desenvolvimento de sinais e sintomas, como a paralisia. O grupo de pesquisa da USP irá  sintetizar marcadores de neuroinflamação, que são uma novidade no Brasil, e checar se essas informações obtidas do cérebro se correlacionam com as lesões identificadas na ressonância magnética. O objetivo é detectar com maior precisão como estas lesões respondem ao tratamento e como o grau de inflamação se associa com o grau de desmielinização das placas identificadas no exame de ressonância magnética”, diz o médico. Alzheimer Um estudo aponta que em 2050 o valor gasto, em escala mundial, para o tratamento da doença pode ultrapassar a marca de 1 trilhão de dólares. Dr. Buchpiguel explica como se dará o estudo: “O Alzheimer é uma demência que ocorre usualmente na população acima de 60 anos de idade e é neurodegenerativa, sendo considerado até a presente data uma doença irreversível. Utilizando um marcador de assinatura patológica, por meio da PET/MR será possível identificar se o paciente já apresenta as alterações cerebrais que antes só poderiam ser visualizadas com uma biópsia do cérebro, tudo isso em um fase ainda bastante inicial da doença”. Além disso, ele gerará novas informações sobre a ligação entre cortes populacionais e abrirá oportunidades de desenvolvimento de novas drogas para tratar, retardar ou porque não, reverter a doença. Câncer de reto “Por meio da ressonância é possível observar que o paciente com Câncer de Reto tem um tumor já muito avançado localmente e que se infiltrou nos vasos localizados ao redor do reto. Esses pacientes têm mais propensão a ter metástase. E o PET não é utilizado como exame de rotina nesses pacientes no estadiamento pré-tratamento cirúrgico. Utilizando o PET/MR nossos pesquisadores irão testar se utilizando RM conjuntamente com a PET poder-se-á identificar com mais eficácia quais pacientes dever realizar o estadiamento primário com esse tipo de tecnologia e quais não devem realizar esse tipo de exame, considerando a prevalência de achados encontrados na investigação primária … Ler mais

5 contribuições da Neurociência para orientar adolescentes na escolha da carreira

Técnicas da neurociência podem promover o aumento da autoconsciência e da autogestão   A Neurociência é a ciência que estuda o sistema nervoso que, por sua vez, é constituído pelo cérebro e sistema nervoso central e periférico. Existem diversos focos desse sistema em nosso corpo, desde o nível microscópico até a relação corpo e ambiente, nos comportamentos observáveis, como andar e falar, ou nos comportamentos encobertos, como percepção, imaginação pensamentos, julgamentos, decisões, etc. Essa corrente científica estuda, por exemplo, a anatomia das regiões do cérebro e suas funções, os comportamentos e a cognição. Na escolha da profissão, uma das contribuições da Neurociência é oferecer a jovens e adolescentes alta tecnologia e procedimentos neurométricos, reconhecidos mundialmente, que focalizam a interação entre o cérebro, mente, corpo e comportamento com o reconhecimento dos impactos emocionais, sociais e suas consequências. Esse método inovador resulta em avaliações funcionais do sistema nervoso, cognitivo e neurofisiológico, promovendo o aumento da autoconsciência e da autogestão. Na análise funcional do sistema nervoso, com o objetivo de promover a orientação vocacional, podemos citar 5 contribuições para os adolescentes: 1. Reconhecimento comportamental através das áreas e funções cerebrais O entendimento sobre as regiões do cérebro e suas funções possibilitará ao adolescente a compreensão de seus comportamentos e escolhas, e como mobilizar as capacidades do cérebro para um objetivo específico, como a escolha da carreira. 2. Análise das ondas do cérebro Na análise das ondas do cérebro, sensores captam a frequência e velocidade dos sinais neurofisiológicos, transmitindo a frequência e ativação dos pulsos nervosos e as áreas do comportamento correspondentes, o que possibilita ao adolescente uma maior compreensão de seus estados de atenção, calma, irritação, sonolência e impulsividade, por exemplo. 3. Estresse Adrenal, Hiperatividade e Déficit de atenção O reconhecimento e a compreensão da conexão direta do sistema nervoso e o sistema endócrino, nos resultados da avaliação funcional, permitem ao adolescente e aos pais um conhecimento dos impactos dessa conexão na sua saúde física e mental, como as consequências do excesso de secreção dos hormônios do estresse e suas consequências diretas nos transtornos de ansiedade, na qualidade do sono, cansaço e desânimo, memória, foco e atenção, baixa imunidade, dificuldade de leitura e interpretação, tensão nervosa, por exemplo. 4. Mapeamento de distúrbios que prejudicam a aprendizagem O conhecimento a partir da Neurociência permite mapear os estados de consciência de nossos sentimentos negativos, as reações emocionais, como impulsividade, irritabilidade, angústia e depressão; análise dos transtornos de ansiedade, mapeamento de distúrbios fisiológicos na memória, concentração e raciocínios; identificação de transtornos respiratórios e deficiência no transporte de oxigênio, o que leva ao desgaste mental e/ou disfunções; alterações no sono, estados de cansaço, exaustão, tensão nervosa e desânimo. 5. Análise da atividade Simpática e Parassimpática: Patologias crônicas, etc O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é responsável por respostas reflexas, como os batimentos cardíacos, frequência respiratória e temperatura corporal. Esse sistema é dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático. Quando os dois sistemas estão em desequilíbrio, há um descontrole do estresse e de distúrbios fisiológicos. Por meio da consciência de estados interiores e a gestão desses estados, é que o adolescente pode adquirir competências para o gerenciamento de emoções, motivação para atingir metas, adaptabilidade, capacidade de ação e decisão da carreira profissional que quer seguir. Todas essas habilidades são essenciais para atingir o autodomínio, algo tão essencial para os jovens nos dias de hoje. Esse fluxo de autodomínio e motivação significa a conquista de um estado de harmonia cerebral no qual diferentes áreas do cérebro ficam sincronizadas e entram em uma condição de eficiência cognitiva, permitindo que o jovem descubra e utilize seus talentos em níveis máximos, seja em qualquer profissão que ele escolha atuar. Estudos recentes apontam que quando as pessoas estão trabalhando em uma atividade que requer seus talentos – em sua real vocação -, os níveis de excitação cerebral ficam mais baixos e, consequentemente, seu foco, atenção e concentração atingem um nível elevado de desempenho ou de aprendizagem. O que resulta em agilidade e flexibilidade em responder a desafios. Portanto, a Neurociência possibilita de fato que o adolescente acesse o autoconhecimento de uma forma abrangente e dinâmica, potencializando suas habilidades pessoais e profissionais. É preciso conhecer a si mesmo através de como seu cérebro funciona e desvendar esse enigma para fazer as escolhas mais adequadas para o futuro. Cassia Oliveira é psicóloga, pós-doutoranda em Neurociências, e idealizadora do Pró-Menthe, programa de orientação vocacional para crianças, jovens e adolescentes Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/5-contribuicoes-da-neurociencia-para-orientar-adolescentes-na-escolha-da-carreira/109966/  

A resiliência! – Blog da Camilla

Esta palavra resiliência sempre foi uma palavra fascinante, ao meu ver. Segundo o nosso, ultimamente pouco usado, dicionário Aurélio, resiliência é: Um substantivo feminino, 1. Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação. Capacidade de superar, de recuperar de adversidades. Vá…. quem vai me dizer que essa palavra não é maravilhosa? Até a pronúncia dela é perfeita… Ops, perfeita até o momento que você não tem que usá-la em sua própria vida! Depois que descobri o diagnóstico de esclerose múltipla em Agosto de 2011, eu comecei a fazer todos os tratamentos que me diziam que daria resultado, tive que parar um momento da minha vida e refletir…. Estava atirando para todos os lados, estava literalmente perdida, tanto com relação a tratamentos, pois nessa época a medicação que eu tomava não fazia efeito no meu organismo e me dava efeito colateral insuportável, como com relação ao meu psicológico, que estava péssimo (tentava me fazer de forte a qualquer custo e não me permitia ser diferente). Na ABEM conheci e conversei com muita gente, depois de ouvir muitas histórias de superação, resolvi que começaria a usar a palavra resiliência em minha vida! Acredito que uma das melhores coisas que fiz foi ter me permitido ter esse tempo de assimilação e amadurecimento com relação a tudo que estava me acontecendo. Claro que com relação ao primeiro significado da palavra resiliência: “Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação”. Esse, luto dia a dia para me recuperar o máximo que eu puder. Tenho ciência que não mais serei a mesma, devido as minhas lesões, mas mesmo assim, preciso me recuperar da melhor forma que eu puder para mim mesma. Mas com relação ao segundo significado: “Capacidade de superar, de recuperar de adversidades”. Ah… esse me orgulho muito…. que beleza que estou me saindo, rs…. Apesar de essa ser outra luta diária que tenho que conduzir na minha cabeça…. Quando me dei esse tempo, entendi e aceitei o que eu precisava, entendi e aceitei que se eu não conseguisse mais trabalhar não seria a pior pessoa por isso, entendi e aceitei que se eu não pudesse mais correr não seria pior por isso, entendi e aceitei que respeitar minha forte fadiga faria parte do meu cotidiano para uma vivência melhor comigo mesmo, entendi e aceitei que precisaria tomar infinitos remédios, entendi e aceitei que meu sonho de ser mãe teria que ser adiado para sei lá quando, entendi e aceitei que passar em muitos médicos sempre faria parte da minha vida, entendi e aceitei que muitas pessoas que vem nos apoiar e acabam falando um monte de besteiras sempre vão existir… Enfim… comecei a perceber que se eu entendesse e aceitasse, muitas coisas seriam menos difíceis, veja bem, não mais fáceis, e sim, menos difíceis! Ouvi uma música esses dias de um cantor que nem faz meu gosto musical, mas que tem uma parte da letra que é fantástica, onde diz: “Haja o que houver, só preciso de Foco: um objetivo pra alcançar Força: pra nunca desistir de lutar e Fé: pra me manter de pé, enquanto eu puder Só preciso de foco, força e fé” Minha resiliência está altamente conectada com minha fé. E quando digo fé, não necessariamente digo qualquer tipo de religião, mas a fé em mim mesma, a fé de que “se a vida estiver muito amarga, bora dar uma rebolada, pois às vezes o açúcar que precisamos está no fundo”. Minha resiliência está em mudar, ou tentar mudar, a forma como sempre enxerguei as coisas, principalmente as dificuldades… Minha resiliência está em ver as coisas belas da dificuldade… Minha resiliência está em aceitar que vai ter momento que sofrer me fará bem, mas que levantar a cabeça me fará muito melhor. Não acredito existir uma receita certa, como as receitas de bolo, para tentar não sofrer com um diagnóstico, qualquer que seja, mas acredito que talvez nos darmos um tempo e nos permitirmos sofrer, chorar, rir, etc…. podemos achar nossa fórmula não tão mágica, individual, rs….. Que de hoje em diante sua capacidade de resiliência seja imbatível…. Um super beijo e até a próxima…. Camilla Spinelli Olá, meu nome é Camilla Spinelli de Castro, tenho 30 anos, sou paciente de esclerose múltipla desde os 26 anos! Sou casada desde 2011, meu marido é maravilhoso, com uma linda e amada filha de 4 patas  de nome Tequilinha que é minha paixão! Tenho uma família incrível a melhor que poderia ter e amigos sensacionais que super me apoiam e estão ao meu lado na alegria e na tristeza! Sou administradora por formação e apaixonada e sonhadora por vocação! Desde que fui diagnosticada procuro de alguma forma fazer por menos que seja pouco, alguma diferença na vida dos pacientes de EM! Espero que com meus relatos eu consiga encorajar muita gente a buscar o tratamento adequado, transmitir  informações com qualidades e mostrar que não estamos no fim do túnel!

A EM não pode me impedir de aprender coisas novas

Marcia, 58, Brasil Recebi o diagnóstico de EM 18 anos atrás. Meu primeiro sintoma foi nos olhos. Fiquei muito assustada com a possibilidade de perder a visão porque sempre amei ler. Às vezes não consigo andar muito bem, então me dei de presente de Natal um novo equipamento. Algumas pessoas acham que é um carrinho de compras ou algo para transportar animais de estimação, outras dizem que é muito grande e feio, mas eu não ligo. O importante é me sentir segura. Eu era gerente de banco, mas tive que me aposentar por causa da EM. Com isso, consegui passar mais tempo com as minhas filhas. Também comecei a usar o meu tempo livre para estudar outros assuntos, como história, sociologia, astrologia, culinária e pintura. Uns anos atrás, uma das minhas filhas me perguntou “Por que você não faz uma faculdade?”. Então eu fiz! Enquanto estava estudando história na faculdade, meus colegas de turma notaram que eu falava e escrevia bem, e começaram a me incentivar a escrever um livro. Eu não achava que fosse capaz de fazer isso, mas fiz, e agora estou escrevendo o meu terceiro livro! A EM me ajudou a viver melhor. Ela não pode me impedir de aprender coisas novas. Ela me deu a chance de fazer mais por mim mesma, de adquirir conhecimento e de me tornar uma pessoa melhor. Fonte: http://www.worldmsday.org/pt-pt/stories/marcia/  

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