Respeito

No fim deste mês comemoramos o Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla. Vale lembrar que apesar de alguns anos já comemorando a data, ainda temos muito a fazer, a lutar em busca de direitos, de reconhecimento e respeito. É fundamental termos respeito de toda a sociedade, governo e familiares. Essa patologia, como o próprio o nome diz é múltipla, por isso apresentasse diferente em cada indivíduo. Somos muitos e diferentes. Alguns de nós não precisam de nenhum apoio para caminhar, outros, no entanto, precisam de cadeira de rodas, andador, muletas, bengala e ainda há aqueles que passam por surtos e ficam literalmente paralisados, sem os movimentos, sem visão etc. Difícil fazer com que o outro entenda a patologia que nos acomete, pois somos diferentes. Não existe regra para as sequelas deixadas pelos surtos e pelas crises. Uma realidade é a fadiga, que nos aflige, na maioria dos casos, nos deixa sem forças para realizarmos tarefas simples do dia-a-dia. Costumo dizer que as minhas pernas vão acabando, deixando-me sem forças para caminhar. Infelizmente isso ocorre com a maioria de nós. Muitas vezes os outros acabam nos taxando de preguiçosos e sedentários, Impossível saber ao certo a dor do outro ou sua limitação, por isso é fundamental haver respeito, Não adianta campanhas de esclarecimento e conscientização, se não existir respeito. Esse é o requisito essencial para convivermos. O princípio do respeito é fundamental para vivermos bem e em paz. Já ouvi alguém dizer que se trata de caridade deixar pessoas com deficiência utilizar o caixa eletrônico destinado a elas ou vagas de estacionamento demarcadas especialmente para pessoas nessa condição. Entendo não se trata de caridade e sim de respeito. Trata-se de respeitar a condição do outro e garantir que ele tenha acesso e direitos como todos os cidadãos. Essas medidas podem, a princípio, parecer concessão de privilégio, mas trata-se apenas de garantir que pessoas em condições adversas tenham o mesmo direito que a maioria das pessoas. Creio que esse é o único caminho para conquistarmos o reconhecimento e tratamento adequados. Não interessa que tipo de problema você tem, pode ser uma patologia que trás limitações, como a esclerose múltipla, o fato é que todos, sem exceção, merecem e precisam ser tratados com respeito.

Criança vê noiva na rua e pensa que ela é a princesa da capa de seu livro!!

Essa criança também não se importou com o fato da mulher do encarte ser branca e a noiva negra !!!   Por Rafaella Rizzo / Fotos: Stephanie Cristalli   Uma das coisas mais belas nas crianças é a pureza. Elas não se importam com detalhes que, às vezes para os adultos, fazem diferença como a cor da pele, por exemplo. Para elas, todas as pessoas são iguais. Prova disso foi um curioso caso que aconteceu durante um casamento em Seattle, nos Estados Unidos. O casal Shandace e Scott posava para fotos na rua quando perceberam que uma menininha olhava encantada para a noiva. Ela estava com a mãe e carregava um livro que tinha a imagem de uma mulher vestida de branco na capa. O livro é um romance do século XIX, que não foi escrito para crianças. Além disso, a pequena menina ainda não sabe ler, mas levava esse livro como se fosse a história de uma princesa. Ao ver Shandace vestida de noiva, teve certeza de que ela era a heroína de seu livro. Mas a beleza dessa história está no fato de que a mulher da capa é branca, enquanto Shandace é negra, detalhe que foi totalmente ignorado pela menina. O casal parou para conversar com ela e tirar algumas fotos. Scott, o noivo, publicou as imagens que, em dois dias, teve mais de 600 mil visualizações e agora ultrapassa as 700 mil. “Acho que as pessoas estão se conectando com sua criança interior ao ver estas fotos, e se contagiam com a felicidade expressada pela menina”, comentou Shandace. Ser como uma criança!! Por meio de sua pureza, simplicidade e inocência, a menininha deu exemplo de como os adultos devem agir: olhar o próximo como igual e não olhar as características que podem nos diferenciar. Infelizmente ao crescer, muitos são contaminados por racismo e preconceito, mas o relato acima nos ajuda a lembrar de que a etnia, a cor, a classe social ou qualquer outra característica física não devem impedir o respeito e os relacionamentos de acontecerem.  

Tombos e pontos, cadeiras e bengalas.

Quem nunca levou um tombo, daqueles cinematográficos de morrer de vergonha ou de rir? Nós os Quebradinhos, somos experts nisso… Caímos de maduros, não porque a gente quer, enfim ninguém quer. Já caí caminhando da cozinha para o quarto, na rua…. Claro, já tomei uns pontos no supercílio, sim caí de cara no chão. Acredito que muito de nós não possa participar de concursos para eleger joelhos e cotovelos mais bonitos. Talvez, cotovelos com mais hematomas e joelhos com mais cicatrizes. Concursos à parte, alguns de nós machucam-se feio; Ossos quebrados… Eu, graças a Deus, tenho muitas cicatrizes e hematomas, orgulho ferido e só isso. Tombar é sempre desgastante, não só para quem cai, mas também para quem socorre e cuida da gente. Primeiro, preocupação, depois advertência: -já falei para tomar cuidado menina. E a gente nem sabe por que caiu. Às vezes foi falta de equilíbrio, cansaço, fraqueza… Amigos, a gente pode não saber, mas tem que tomar providências para não se deixar dominar pelas quedas. Prevenção é tudo. Além daquelas dicas, de não usar tapetes pela casa e tantas dicas a mais. Quero comentar sobre o uso da bengala, andador ou cadeira de rodas. Relutamos muito em usar, sob a perspectiva que os usaremos pelo resto da vida, que não queremos ficar dependentes, ou, mais infantilmente, que seremos chamados de aleijados. Procurem olhar esses acessórios como seus amigos, eles dão autonomia, muito preciosa para nós. Se alguém te aconselha ao uso de uma bengala ou andador, ou cadeira, considere o uso. É sinal de cuidado de quem observa de fora… Antes da revolta, sinta-se feliz porque você ainda pode ter liberdade… Dê nome aos seus auxiliares de locomoção: Jezebel, Ferrari; bom humor ajuda o estranho da situação. Revolte-se um pouquinho, afinal você também tem um pouco de orgulho e precisa extravasar a emoção, mas antes de tudo seja racional. Podemos evitar muitos acidentes. Evitar acidentes é dever e direito de todos.   Por: Regina Mimura

ASSISTÊNCIA

Pense comigo, reflita por um momento, respire e dentro dos seus momentos mais íntimos, em qual momento da sua vida você prestou assistência ou precisou que algo ou de alguém que lhe desse ela? Significado de assistência: Em todos os seus usos, que são vários, este verbo se origina no Latim ADSISTERE ou ASSISTERE, “estar junto,  auxiliar”, formado de AD, “a”, mais SISTERE, “fazer ficar de pé”, relacionado a STARE, “estar”. A cada dia que vivo procuro por sinais, que me fazem ser grato por qualquer assistência que eu receba, sejam as mais simples, como agradecer  por uma  simples informação ou palavras agradáveis de incentivo, uma simples gentileza de alguém oferecendo passagem, um sorriso, uma lembrança ou as mais complexas que exigem trabalho, desenvolvimento pessoal e espiritual, seja qual a sua crença ou religião, respeito todas. Seja essa ajuda tangível ou intangível, o que me importa e sentir que naquele momento algo aconteceu e transformou nem que fosse por um minuto, minha vida melhor. Muitos me perguntam de onde vem tanta energia para combater a Esclerose Múltipla. Reflito que cada ano que consigo me manter de pé e saudável, eu recebi a maior e melhor força para continuar, sejam às vezes em apenas pensamentos quando alguma dor se instala que me lembro de tudo que posso ter. Mas acho que para mim, o mais importante e dar a assistência, sem nem pensar em alguma troca. Não vou dizer que foi um fácil aprendizado, por muitas vezes cobrei a igualdade em dar e receber, mas com o passar dos anos, e com o diagnóstico, aprendi a receber a assistência que tanto precisava naquele momento e fiz dela a maior força para ser o que sou hoje e dar assistência a quem mais precisa. Um ano antes da EM se manifestar, eu estava gerenciando uma empresa em Curitiba e tinha um dia da semana que ficava em um cruzamento das ruas Engenheiro Rebouças com a João Negrão, todo começo da noite estacionava meu carro no recuo e junto com alguns voluntários, meu pai e amigos distribuíamos sopas para os catadores de papel que faziam essa rota com seus carrinhos e também vinham famílias e muitas crianças. Como coordenador dessa ação era o Amadeu, do centro espírita Bezerra de Menezes ele parava seu Del Rey azul, e ali com caixas de isopor no teto e ficávamos na rua, entregando sopas e pães e o que mais pudéssemos contribuir. Eu tenho histórias maravilhosas que um dia contarei detalhadamente, mas uma realmente carrego comigo. Foi no natal de 2002 e dessa foto que vocês estão vendo com o texto, foi um dia emocionante, pois muitas crianças não sorriam no começo e depois de meses, já vinham sorrindo para nos encontrar. A menina que está na foto era neta do Amadeu e queria estar ali com a gente, ajudando em tudo. Lembro-me de todos esses meninos, mas o que mais me marcou foi o Renato de camiseta amarela e boné, ele nunca sorria e com o tempo ele sempre pegava a sopa comigo e esboçava um sorriso. Me contou sua história, a perda do pai pela violência, a ajuda para a mãe e irmãos menores e seu sonho de ser jogador de futebol(batemos algumas vezes bola ali mesmo e não é que ele tinha jeito),  ele estudava de manhã e isso era muito bom, suas notas eram excelentes, ele me sempre me mostrava o boletim  e nesse natal eu dei de presente para ele uma chuteira, foi quando para minha surpresa ele me abraçou forte e com lágrimas nos olhos e me disse, obrigado, não só pela chuteira, mas por ser meu amigo, foi daí que nasceu uma frase que digo até hoje: – obrigado você por me manter vivo, e depois rimos muito. Ele me deu para sempre a Assistência que eu precisava. O Amadeu ao ver essa cena, me abraçou e eu já com lágrimas vendo os carrinhos indo embora, me disse: – use este dom que Deus lhe deu para ajudar a fazer um mundo melhor, ajudar é algo natural para você. Tive que voltar para São Paulo no ano seguinte, e soube pelo meu pai que o Amadeu havia falecido de leucemia, ele já estava com a doença mas nunca havia nos contado, acredito que com esse trabalho que fizemos ambos estávamos dando assistência um ao outro. Então Assistência é algo natural para qualquer pessoa, use seu amor, sua inteligência e sua fé para melhorar a vida das outras pessoas. Seja realmente uma luz para os outros nos tempos sombrios, pois alguém também será para você, simples assim. GOOD VIBES  

Crescer!

Dia desses fiz uma reflexão: estou chorando menos… Por que será? Problemas existem sempre, mas aquilo que me desequilibrava facilmente, emocionalmente falando, agora não consegue mais. Não que eu tenha me tornado a mulher maravilha ou uma super heroína qualquer, o fato é que cresci, amadureci. O passar do tempo nos traz força e sabedoria, talvez nosso físico não seja tão exuberante, mas a cabeça com certeza está melhor. Nunca me esqueço de uma coisa dita pela professora de português do meu sétimo ano de escola, que falava à sala: “vocês estão com uma cabecinha muito pequena”, mas no final do ano disse: “vocês começaram o ano com uma cabeça pequena, mas agora já estão com um cabeção”. Em outras palavras, com certeza, quis dizer vocês amadureceram. Sinto-me grata por ter passado por várias tempestades e agora estar aqui em pé. Muitas coisas aconteceram como o diagnóstico de esclerose múltipla, o nascimento da minha filha, a separação, a mudança de casa, a perda da CNH, por conta da patologia, várias coisas nessa minha existência, porém tudo me fortaleceu e influenciou diretamente na pessoa que sou hoje e como vejo o mundo. Antes tinha muita pressa para que as coisas acontecessem, hoje estou mais paciente, ainda ansiosa, mas em menor escala. O que quero dizer com isso é que a vida nos dá oportunidades de crescermos todos os dias com nossos erros e acertos. Não paramos de errar, é verdade, porém sempre há a possibilidade de fazer diferente do que fizemos no passado, isso é amadurecimento, crescimento. Dizer que algumas coisas já não são tão grandes hoje, como eram no passado, é fato, hoje me sinto muito maior e mais fortalecida. Ainda há muito que fazer e o que crescer. Essa certeza me move e me impulsiona. Faz com que esteja sempre em movimento, correndo atrás dos meus sonhos. O importante é alcançar as metas, não a qualquer custo é claro, mas sempre avaliando e ponderando o caminho e os meios de conquistar o que se deseja. Não sofrer com os fracassos e as derrotas, simplesmente entender como aprendizado, como vivência. Envelhecer faz parte, pois o tempo não para… O certo é que escolhemos como queremos envelhecer e amadurecer, saboreando cada segundo, cada momento ou lamentando o passar do tempo e as experiências vividas, olhando para trás e sofrendo novamente pelo que fez e o que não fez. Vamos caminhar sem culpa e sem medo, isso é crescer, é amadurecer. Confesso que esse tem sido meu lema…  

Leis e Direitos de Quem Tem EM no Brasil

Os portadores de esclerose múltipla, como qualquer cidadão, gozam de todos os direitos e deveres dos demais brasileiros. No entanto, se a EM trouxer consequências que agravem suas condições físicas, de trabalho ou de locomoção, eles poderão ser beneficiários de algumas prerrogativas que minimizam estas dificuldades e proporcionam maior acessibilidade, integração social e qualidade de vida. Dentre estes direitos estão o acesso ao SUS para tratamento médico e recebimento de medicamentos adequados providos pelo Estado. E, caso a esclerose múltipla cause alguma deficiência física, são garantidos os direitos de preferência em filas de órgão públicos e processos judiciais, transporte urbano gratuito (no caso de São Paulo), cartão DEFIS para estacionamento preferencial, isenção do rodízio de carros (para o município de São Paulo) e isenção na aquisição de veículo novo adaptado – respeitados os requisitos legais. Ainda na seara dos impostos, os portadores de esclerose múltipla, se pensionistas ou aposentados, poderão ser isentos do pagamento do imposto de renda. Já no tocante ao trabalho, portadores de EM poderão – de acordo com a empresa em que trabalham – fazer parte da cota de PNE (portadores de necessidades especiais). E se por ventura não apresentarem condições laborais, como qualquer segurado, poderão requerer auxílio-doença para o INSS ou instituto a qual pertencer (em caso de servidores públicos). No mais, caso haja deficiência gerada pela EM, o segurado poderá – atendidas as condições legais – solicitar a aposentadoria do deficiente físico. O saque do FGTS também é permitido aos portadores de EM, independentemente de rescisão do contrato de trabalho. Vale ressaltar que não existe direito a benefício algum pelo fato da pessoa ser portadora de EM. Todos direitos citados dependem de uma série de requisitos que deverão, cumulativamente, ser atendidos. Não é a EM que gera o direito às prerrogativas mencionadas, mas as consequências que ela poderá trazer ao seu portador. E caso o portador de EM venha a apresentar qualquer deficiência, ele terá direito não porque porta EM, mas porque sofre da deficiência causada por ela. Para situações específicas, consulte um profissional de sua confiança. As informações aqui contidas remetem a condições gerais e trazidas pela Lei. No entanto, cada caso fático deve ser analisado individualmente e de acordo com os requisitos atendidos por cada paciente.   Por: Walerye Sumiko Yasuda

VENCEDOR DO SORTEIO !

No mês de agosto abrimos a inscrição gratuita para sortear um TABLET. Foram mais de 600 pessoas inscritas do brasil inteiro, mostrando que a campanha foi um enorme sucesso. O VENCEDOR DO SORTEIO FOI … o Sr. José Ghanem morador da cidade de Peruíbe-SP Continuem ligados pois vem mais novidades por ai!

Ciência – parte2

Eu, aqui de novo. Hoje vou falar sobre a divulgação de resultados na ciência. Podemos ver nos meio de comunicação às notícias de novas descobertas de remédios, tratamentos e tecnologias… Mas alguém parou para pensar no que está por trás disso? Todas aquelas fases que descrevi no texto passado, a dúvida, as hipóteses, a metodologia, os resultados e a estatística. Esse é o arcabouço da metodologia científica, mas como a notícia chega até você? Do cientista, para os artigos científicos, para os meios de comunicação… A divulgação de notícias científicas é um processo complexo, exige seriedade, ética, como qualquer informação veiculada na sociedade. Informações em geral, tem que ser caracterizadas por uma conduta ética e de verdade. Você já percebeu quantas “verdades”  são veiculadas como científicas na internet? Mas será que elas têm um respaldo científico rigoroso? Eu digo, em relação à ciência, porque as consequências de uma falsa verdade podem ser desastrosas. Avalio dessa maneira pelas consequências na vida das pessoas por causa da veiculação de uma falsa verdade. Dietas mirabolantes que prometem o emagrecimento, vacinas que causam doenças, curas milagrosas de doenças e tantas coisas mais. Não vou entrar no mérito de cada um desses exemplos, não sou especialista e não cabe a mim, pobre escritora… E minha responsabilidade, porém pedir atenção redobrada, contra a falsa ciência, tudo aquilo que é vestido de verdade, mas não tem comprovação da ciência. Pela ciência, ser tão rigorosa e depender tanto de sua estratégia (a pergunta, as hipóteses, a metodologia, os resultados e a estatística) é que podemos acreditar. E ainda assim desconfiar, por causa de um detalhe chamado probabilidade e intervalo de confiança, mas esse é assunto para outro texto. Cabe ao leitor atento, discernir, o que é verdadeiramente científico e o que é balela. Como desconfiar de uma notícia? Como acreditar numa informação? Algumas dicas são:  a fonte de onde vêm a notícia, quais são as fontes? São confiáveis? Para ciência, geralmente os dados vem de trabalhos de universidades e centros de pesquisa. Já é uma boa dica para começar. Você pode também procurar, por outros trabalhos e verificar onde e por quem foram realizados. Ler criticamente é o outro passo. Eu sei dá trabalho, mas informação exige pesquisa e não preguiça. E  antes de disparar mensagens em seu celular, não seja ingênua, dê pelo menos uma pesquisada ou lida melhor na notícia, assim você não corre o perigo de veicular uma besteira.  Espero que este texto tenha sido útil para você… Até a próxima. “O aspecto mais triste da vida atual é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria.” Isaac Asimov Por: Regina Mimura

ANS inicia consulta pública para revisão do Rol de cobertura dos planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) inicia nesta terça-feira (20/06) consulta pública para atualizar a cobertura mínima obrigatória que os planos de saúde devem oferecer aos seus beneficiários. A revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde faz parte de um processo contínuo e periódico realizado pela ANS. Os procedimentos são atualizados para garantir o acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento das doenças através de técnicas que possibilitem o melhor resultado em saúde, sempre obedecendo a critérios científicos de segurança e eficiência comprovados. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei nº 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei. A proposta que entra em consulta pública prevê a incorporação de 15 novos procedimentos. Além disso, contempla alterações de diretrizes de utilização já existentes, como a inclusão de medicamentos antineoplásicos orais para tratamento de seis tipos de câncer, entre outras. Veja aqui a relação completa das propostas de incorporação e alteração. Clique aqui e faça sua contribuição Confira a lista com a proposta de inclusão de procedimentos Todos os documentos relacionados à consulta pública estão disponibilizados no site da ANS – confira aqui. O recebimento das contribuições ocorrerá no período de 27 de junho a 26 de julho, exclusivamente por meio do formulário que será disponibilizado no portal da ANS. O novo rol entrará em vigor em janeiro de 2018. Discussões para a revisão do Rol A proposta de revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde foi elaborada a partir do resultado de reuniões do Grupo Técnico composto por representantes do COSAÚDE, comitê consultivo formado por órgãos de defesa do consumidor, ministérios, operadoras de planos de saúde, representantes de beneficiários, de profissionais da área de saúde e de hospitais. Foram realizadas 15 reuniões entre novembro de 2016 e março de 2017. Nos encontros do Grupo Técnico, foram discutidas 171 solicitações de alteração do Rol encaminhadas via formulário eletrônico pelos membros do COSAÚDE. Esse número representa 500% de aumento em relação ao número de solicitações de alteração discutidas na revisão do Rol de 2016. O formulário eletrônico foi disponibilizado para os membros do Comitê entre 10/03/2016 e 05/09/2016. Após os debates no âmbito do COSAÚDE, todas as propostas consideradas pertinentes foram consolidadas na minuta de Resolução Normativa que está sendo submetida à Consulta Pública, ocasião em que toda a sociedade terá a oportunidade de colaborar com o aprimoramento das regras de cobertura assistencial. Após a Consulta Pública, a versão final da norma de atualização do Rol será encaminhada à Diretoria Colegiada da ANS, instância responsável pela deliberação. “A proposta de atualização do Rol é fruto de uma extensa discussão técnica, que analisou ao longo de cinco meses as sugestões enviadas à ANS via formulário técnico, e baseada no que existe de mais recente na literatura médica”, destaca a diretora de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Karla Coelho. “A tomada de decisão para inclusão de procedimentos no Rol leva em conta a eficácia, a acurácia e a segurança da tecnologia, sempre baseada em evidência científica para que seja seguro para a população, mas sem perder de vista os custos envolvidos e o que eles representam para a sustentabilidade do setor”, ressalta a diretora. Os interessados em contribuir para a consulta pública nº 61 já podem acessar os documentos disponíveis no portal da ANS.   Resumo das propostas Clique aqui para se cadastrar    (A Consulta da ANS se encerra no dia 26/07)   Acesse todos os documentos da Consulta Pública nº 61 Leave a reply →  

Afeto Animal

Resolvi intitular assim o tema de nossa discussão de hoje, porque pretendo falar sobre a relação afetiva que se estabelece entre o animal e seu dono, proprietário, pessoa de referência ou tutor e os benefícios curativos decorrentes disso. Não pretendo tratar aqui nem da terapia assistida por animais e nem dos aspectos negativos em se ter um animal. Eu realizo atendimentos psicológicos em pacientes com esclerose múltipla e tenho visto a mudança de comportamento destas pessoas com a aquisição de um animal, nos casos exemplificados gato e cachorro e o quanto esta relação propiciou a melhoria da qualidade de vida, diminuindo os sentimentos de solidão que passaram a ser preenchidos pelos sentimentos de companheirismo. Já tive a oportunidade de presenciar em âmbito familiar a melhoria de quadros depressivos com a ajuda de cães, a melhoria do humor e de relacionamentos com a presença de periquitos, o aprendizado do sentido da vida e da maternidade com cães e gatos e o ato de cuidar com peixes e tartarugas. O ser humano em sua essência não está preparado para viver solitário, o aperfeiçoamento do sistema nervoso central possibilitou o uso da linguagem com isso a comunicação, a interação, o desenvolvimento emocional e, portanto, o estabelecimento das relações com o meio, isso implica em relações entre seres humanos e animais. E está relação se estabeleceu desde os primórdios da vida, momentos em que o animal é o objeto de caça, de transporte, de trabalho, de proteção, de alimento, de lazer, de prazer, de auxílio, de passagens bíblicas, de retratos em arte, em enigmas e mais recentemente como um participativo em processos terapêuticos. No artigo de Giumelli e Santos (2016) encontrei informações de que no Brasil, na década de 1950, a Dra Nise da Silveira utilizou animais em um hospital psiquiátrico, no Rio de Janeiro, de forma terapêutica. E, que na literatura internacional encontra – se escalas que mensuram o vínculo estabelecido entre o homem e o animal, como exemplos a Companion Animal Bonding Scale, a Pet Attitude Scale-Modified e a Pet Relationship Scale. Hoje sabemos que vários profissionais das áreas da saúde utilizam técnicas de terapia assistida por animais como recurso de tratamento para pessoas com vários tipos de doenças ou problemas físicos e psíquicos, que podem ou não ter algum tipo de deficiência ou limitação. Eu tenho uma paciente veterinária que me diz: – os animais têm emoções, o aparato cerebral é diferente, mas eles manifestam suas emoções. E a partir de minha conversa com ela, passo a perceber mais essa demonstração afetiva do animal com seu tutor e vice-versa. Posso dizer um estabelecimento de interação, de empatia, uma cumplicidade. Acredito que a intimidade estabelecida entre o animal e a pessoa referência faz com que ambos sintam-se mais felizes, com mais prazer, mais alegria, mais vontade de viver e de brincar, influenciando inclusive, o sistema imunológico, dando mais vigor e bem-estar. Em determinados casos, inclusive, assumindo a representação de um membro da família ou auxiliando crianças a compreensão da vida, de responsabilidade e o sentido de cuidado, como retratado no filme Marley e Eu. Tenho alguns pacientes que a partir da aquisição de animais começaram a voltar logo para casa após o trabalho, deixaram o estresse de lado, até acham graça na bagunça que os bichinhos fazem, passaram a fazer uma atividade física para acompanhar seus amigos ao passeio diário, que inverteram os papeis em casa, pois quem passou a mandar nos “donos”, foi o animal, claro que não podemos esquecer que em muitas situações quem faz o exercício da dominação ao animal é o homem. Refletindo sobre os diversos pontos de vista em relação ao afeto animal, considero saudáveis as diferentes relações estabelecidas, pois elas não podem e não devem ser uma determinante única, cada pessoa em decorrência de suas próprias características de personalidade e de situação vivenciada vai estabelecer um tipo de relação com o seu animal de estimação e, portanto, o que deve ser considerado bom é aquilo que é estabelecido entre o animal e sua família.   Por: Dra. Ana Maria Canzonieri CRP: 06/46571-3     Referências Bibliográficas Giumelli RD, Santos MCP. Convivência com Animais de Estimação:Um Estudo Fenomenológico. Revista da Abordagem Gestáltica – Phenomenological Studies ; XXII(1): 49-58, 2016.