Superando a EM – Parte 2

O lado da esposa… Conheci o Andi em 2006 na Austrália, onde tivemos um curto relacionamento, mas sempre mantivemos  contato. Retornei ao Brasil no final de 2007 e em 2009 recebi sua vista. Começamos a namorar à distância. Ele sempre vinha me visitar no Brasil. No final de 2010, estávamos com amigos na praia. Andi tinha bebido todas e não andava direito, achamos que era efeito do álcool. No dia seguinte caminhamos na praia e ele precisou de ajuda na volta, pois não sentia as pernas. Fiquei preocupada, mas ele havia me dito que estava fazendo exames e iria me falar só depois quando retornasse à Suiça. Logo depois veio o Carnaval e meus amigos foram viajar, mas preferi ficar em SP para acompanhar de longe e pela Internet, os exames que iriam ser feitos. Inclusive o exame do liquor. Me lembro que não tinha a mínima idéia do que era esse exame e fiquei brava com ele, pois ele não se conectou logo depois do exame. Ele não podia se movimentar direito. Em Março quando o Andi me contou sobre o diagnóstico pela internet, fiquei em choque, chorei sem saber o porque e depois comecei a procurar na internet o que realmente era a EM. Encontrei várias informações diferentes e ficava cada vez mais confusa. Até que achei a página da ABEM na internet e procurei por mais informações. Me lembro que nesta época, o Andi me perguntava: Você acha que eu sou considerado uma pessoa com deficiência física? Será que vou conseguir seguir com os planos que eu fiz pro meu futuro? Por que não consigo mais andar de snowboard? E toda vez que o respondia, ele ficava um pouco agressivo com as minhas respostas. Eu só respondia que tudo ia melhorar ou dar certo e que poderia ser pior. Mas não tinha a menor idéia do que ele estava sentindo. Ele me dizia que minhas respostas eram standard. Com o tempo tudo foi realmente se ajustando e ele passou a ter uma atitude mais positiva. Em Londres, ele tentou esconder os sintomas para não estragar a viagem. E sempre que andávamos por muito tempo ele nunca queria desistir. Tivemos inúmeras conversas sinceras e discussões. Em uma delas entramos em acordo de que eu não iria mais tratá lo como uma pessoa doente, sempre perguntando se está tudo bem e em troca ele iria tentar obedecer seu corpo e limitações avisando quando deveríamos parar para descançar. Na realidade, quem pede parar parar sou eu, pois não tenho tanta energia como ele. Acredito que a chave principal do nosso relacionamento é a sinceridade e o coração aberto para expressar as nossas emoções. Uma vez ele me disse que eu não tinha a mínima idéia de como ele se sente, mas ele também não tinha idéia de como eu me sentia sem saber o que ele sentia e não poder fazer nada. A EM não era uma doença que afetava exclusivamente ele, mas sim todos ao seu redor. A ABEM me deu vários exemplos de força, alegria e sabedoria. Cada pessoa com quem eu convivi, me ensinou muito. E por tabela ajudou o Andi também, pois sempre falava de todos os exemplos de garra que eu conheci. Hoje em dia, estamos casados e eu o admiro cada vez mais. Sua resistência fisica e psicológica melhoraram muito. Um cara incrível, sempre com atitude positiva e que eu tive a sorte e conhecer e de estar ao lado acompanhando todas as etapas da vida…Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza.  

São Paulo

Lá na lataria velha da minha cachola, fiz um texto sobre a cidade de São Paulo. Enalteceria sua vocação de mãe acolhedora da mistura de muitas gentes, raças, cores, sotaques, hábitos? Ou de uma madrasta  que escolhe pela força do trabalho os selecionados pra desfrutar seus bens? Falaria de sua fundação remota ou de um sacerdote que começou uma vila? Discorreria como a música sobre sua garoa, esquecida nos múltiplos climas num dia aos quais os paulistanos se acostumam, com seus guarda-chuvas, blusas de frio e efeitos cebolas? Enfrentaria as periferias sórdidas de pobreza e mal estar? Descansaria em seus parques cujo verde se esconde atrás do cinza das construções e poluição? Andaria de ônibus, metrô  e trem no passo apertado do dia a dia? Deixaria me levar pela corrente incessante do tempo, da velocidade que faz a regra dessa cidade? Iria a shows, assistiria filmes que só passam aqui, comeria nos mais altos restaurantes estrelados e também comeria o prato do dia no barzinho lá da esquina ? E passando por tudo isso me julgaria paulistana e com ousadia escreveria sobre sampa, sempre sampa? Oh meu, tá de graça comigo? Eu só falaria paulistanês? E talvez a graça da leitura, esteja na poesia concreta de suas esquinas, na deselegância de suas meninas..”

A importância da ABEM em minha VIDA

Sou portadora de EM há 25 anos e leio sempre com muita atenção e carinho todas as postagens, depoimentos, perguntas, enfim, tudo que se refere a EM. Considero os blogs importantíssimos, porque trazem força trocam experiência e ajudam todos nós, andei pensando e como todos falam sobre a EM resolvi falar sobre a ABEM. Gente frequento a ABEM faz pelo menos há 15 anos, portanto conheço muito bem essa casa que nos acolhe, pra quem não conhece é um lugar tão bonito claro arejado e gostoso. Aqui conhecemos outros portadores e vamos nos tornando amigos, na verdade uma grande família, vocês não imaginam como isso nos faz bem. Desde o cafezinho da manha, sempre com bolos, pães e doces, depois aquele almoço gostoso preparado com muito carinho, as conversas, serias ou alegres, o aprendizados de cada um com os amigos, nesse meio tempo as terapias: fisioterapia, psicologia, teo, muitas outras, com profissionais que nos tratam com muito respeito e carinho, toda a equipe multidisciplinar esta aqui para nos ajudar, são todos pessoas incríveis. Poderia ficar aqui horas falando sobre o que frequentar a ABEM faz por nós, quem não conhece deveria vir é um lugar especial. Um enorme abraço a todos os amigos que já estão aqui conosco e um convite para quem não conhece venha nos conhecer. Sem a ABEM não teríamos a oportunidade de nos conhecermos e estarmos juntos, usufruindo de amizades verdadeiras de pessoas que nos entendem e sentem como nos sentimos. Então agradeço a ABEM por essa oportunidade de falar um pouquinho sobre essa instituição que é tão valiosa para todos nós. Durante todos esses anos recebi um apoio incondicional em circunstancias muito difíceis da minha vida e que jamais terei como agradecer.

A importância da ABEM em minha VIDA

Sou portadora de EM há 25 anos e leio sempre com muita atenção e carinho todas as postagens depoimentos perguntas enfim tudo que se refere a EM. Considero os blogs importantíssimos, porque trazem força trocam experiência e ajudam todos nós, andei pensando e como todos falam sobre a EM resolvi falar sobre a ABEM. Gente frequento a ABEM faz pelo menos há 15 anos, portanto conheço muito bem essa casa que nos acolhe, pra quem não conhece é um lugar tão bonito claro arejado e gostoso. Aqui conhecemos outros portadores e vamos nos tornando amigos, na verdade uma grande família, vocês não imaginam como isso nos faz bem. Desde o cafezinho da manha, sempre com bolos, pães e doces, depois aquele almoço gostoso preparado com muito carinho, as conversas, serias ou alegres, o aprendizados de cada um com os amigos, nesse meio tempo as terapias: fisioterapia, psicologia, teo, muitas outras, com profissionais que nos tratam com muito respeito e carinho, toda a equipe multidisciplinar esta aqui para nos ajudar, são todos pessoas incríveis. Poderia ficar aqui horas falando sobre o que frequentar a ABEM faz por nós, quem não conhece deveria vir é um lugar especial. Um enorme abraço a todos os amigos que já estão aqui conosco e um convite para quem não conhece venha nos conhecer. Sem a ABEM não teríamos a oportunidade de nos conhecermos e estarmos juntos, usufruindo de amizades verdadeiras de pessoas que nos entendem e sentem como nos sentimos. Então agradeço a ABEM por essa oportunidade de falar um pouquinho sobre essa instituição que é tão valiosa para todos nós. Durante todos esses anos recebi um apoio incondicional em circunstancias muito difíceis da minha vida e que jamais terei como agradecer.

No Tempo Certo

Acelerou o passo sem olhar para trás e atravessou correndo a faixa de pedestres. Não que tivesse medo de um atropelamento, mas queria afastar-se cada vez mais da casa onde residia com o marido há quinze anos. O sol sangrava no alto, acolhido pelo azul forte do céu, sem uma mísera nuvem para contar história. O diabo todo aconteceu de uma hora para outra. Ou será que foi acontecendo aos poucos, dia após dia, ao longo dos anos? Não tinha certeza, mas sabia que era o momento. E para não desistir, engendrou em sua mente um recurso fantasioso que se mostrou infalível: pensou seus dias de casada, todos eles, como imensos blocos de gelo que derretiam toda vez que dava boa noite ao marido e dormia. E ao acordar, o dia anterior já havia derretido, e a água subindo, subindo, encharcando seus pés, suas pernas… até chegar ao pescoço, prestes a afogá-la. Não havia jeito! Precisava se salvar, viver. Toda alvoraçada, caminhava pela rua sem um plano verdadeiro. Em um misto de sentimentos, euforia e medo, resolveu parar para uma água e um pouco de oxigênio. Entrou em uma padaria, pediu uma água sem gás e uma fatia de seu bolo favorito, que há muito não comia. Saboreou cada troço como se fosse sua liberdade sendo restituída em deliciosas porções de açúcar e chocolate. Entre um bocado e outro, os lábios entreabertos denunciavam um desejo contido de gritar, de expandir-se em si mesma, tamanho o prazer do momento. Não queria pensar, apenas viver. Quando deu por si, um homem na mesa ao lado, também sozinho, a olhava de soslaio. Enrubesceu. Não estava preparada para aquilo. Pegou a bolsa, pagou a conta e seguiu seu rumo, incerto. Mais cedo, tomara banho, vestira uma roupa confortável – própria para fugas -, e pegou a soma que havia guardado. Os criados nem perceberam que a patroa deixara a casa. Estava cansada. Cansada de conviver com pessoas de rótulos. Queria conteúdo. Cansada das intermináveis festas da alta sociedade e das conversas do marido e seus amigos. Cansada das amigas. A vida repetia-se em um roteiro insosso e em preto e branco, enfadonho. O sol ardia-lhe na testa, as ideias revolteavam dentro de si. O que faria, agora que tentava agarrar a liberdade com as duas mãos, fugidia, como um sabonete escorregadio? Precisava se acalmar, engendrar um plano. O que se faz quando se quer deixar para trás o peso de quinze anos? Beliscou-se, certificando-se de que estava viva e de que tudo era real. Sim, estava nas ruas. O mundo realmente existia, como as pedras também existiam, fora das paredes da mansão e dos olhares inquisidores dos empregados. Empregados… foram tantos, em tantos anos. Todos contaminados pela frieza do marido. Exceto… D. Nice! Lembrava onde ela morava! Agora já tinha um plano. Poderia acalmar-se e embeber-se das águas fluídas da liberdade. Por certo D. Nice a ajudaria. Perguntou para um, para outro, sacolejou no ônibus duro e de ar abafado, e chegou à estradinha de terra que a conduziu à D. Nice. “Minha filha, você é inocente por demais. Volte para casa. O mundo é perigoso para uma moça com essa boniteza e tão bobinha”. Fez-se de serenada para a velha, ergueu a cabeça e fez o caminho de volta até o ponto de ônibus. Apesar da dificuldade, sentia algo novo e incrível crescendo dentro de si. A certeza que batia em seu peito a impedia de olhar para trás. Tudo bem que a mansão era deliciosa. A piscina, a sauna, os lençóis macios, a cama quentinha…  O café da manhã suntuoso, os empregados sempre à postos…. É, o marido era um homem gelado, mas não podia negar que ele a oferecia tudo do bom e do melhor. Bobeira! Não era isso que queria. Queria ser preenchida, ser tocada. Pela existência, por um amor quente e vivo. Queria ser a personagem daquele filme que a fez chorar duas horas seguidas, quando a moça deixou o marido e o luxo para trás em busca de um novo amor. Pensando bem, foi ali que a coisa toda avolumou-se e ameaçou deixar sua mente para tornar-se esse real de agora. Mas no filme havia a música, e as pessoas eram bonitas. Não havia esse ônibus lotado e essas pessoas estranhas a olhando como se fora algum bicho exótico. Decidiu ir a um shopping. Um lugar familiar lhe refrescaria as ideias, ajudá-la-ia a decidir o que fazer, que rumo tomar. Caminhando na esterilidade do lugar, lembrou-se do dia em que conhecera o marido, mais velho, promessa de fuga e sonhos. Deixou a cidadezinha no Nordeste já casada e com uma vida de luxo a espera. Maria, nome herdado da avó, dentre tantas Marias, nasceu com uma maldição. Beleza demais. O futuro marido, milionário, com o dobro da idade e recém viúvo, encantou-se com a moça e a levou para São Paulo. No início tudo era resplandecente e luminoso, o cenário de pobreza e secura dera lugar à uma alvura estéril e límpida. Mas a beleza é um ornamento, e em pouco tempo os olhos e as mãos do marido acomodaram-se à luz e à maciez da tez de Maria, e a moça fora cada dia mais deixada de lado. A infelicidade foi crescendo, crescendo, como a fome que Maria conhecera na infância. Caminhava, observando as vitrines que outrora a deslumbraram, agora insípidas. Murmurava, atoleimada, sons incompreensíveis, como se buscando uma resposta, um caminho a seguir. Dentro de si a densidade da vida lhe oprimia. O mundo era o mesmo, o shopping era o mesmo, as vendedoras que tanto a mimavam eram as mesmas. Mas antes, suas mãos estavam fechadas, tudo era seguro e superficial. Ao abrir as mãos, a existência estendeu-se a seus pés, volumosa, imponente, e por isso mesmo assustadora. Saíra da casa dos pais direto para a casa do marido. Jamais colocara os pés na calçada do mundo. E agora que não sentia seus pés tocando superfície alguma, como se estivesse caindo e caindo e … Ler mais

Superando a EM – Parte 1

Tudo começou na minha adolescência, quando tive problemas na visão (embaçamento em um dos olhos). Nesta época eu não dei muita atenção, em pouco tempo ela ficou normal e eu não tive mais nenhum problema até 2010. Em Dezembro de 2010, na festa de confraternização de Natal da empresa onde trabalhava, minhas pernas deixaram de funcionar como deveriam. Não sabia se era por causa do vinho que bebi, mas perdi a sensibilidade e ao retornar para minha casa tive dificuldade em subir a escada, não conseguia mais andar direito. Caí e tive que engatinhar até o meu quarto. No dia seguinte, eu me senti melhor, as pernas funcionaram melhor e a ressaca passou rápido. Por isso decidi jogar Squash com meu amigos. Infelizmente, depois de cinco minutos de esporte não consegui mais andar direito (de novo!). Procurei por aconselhamento médico. Fiz inúmeros exames e nada. Eu era realmente saudável, mas sabia que minhas pernas não estavam do jeito que deveriam ser. Fui encaminhado para um neurologista (que ainda é o meu). Ele fez tambem diversos exames incluindo um eletroencefalograma. Depois disso, fui informado sobre a possibilidade de ser EM, fizemos o exame de liquor para garantir as suspeitas. O resultado foi bem claro – eu tenho EM e tive um surto! E o pior, recebi esta informação um dia antes do meu 24° aniversário. Nos dias seguintes eu refleti muito, passei muito tempo a pensar sobre o motivo pelo qual eu tenho essa doença e consequentemente minha autoestima despencou, minha autoconfiança estava afetando tambem o relacionamento com minha namorada. De qualquer jeito, comecei usar o Interferon Beta – três injeções por semana – e aprendi aceitar um pouco mais minha condição. Comecei a fazer mais esporte para perder peso e fortalecer os músculos. No primeiro mês, o remédio era terrível. Eu tive dores de cabeça e náusea, mas com o tempo meu corpo se acostumou e tive cada vez menos problemas. O segundo surto veio mais ou menos um ano depois do primeiro, também em Dezembro durante minhas férias em Londres. Eu consegui enxergar menos e menos até quase ficar cego em um olho. Fiz tratamento com cortisona, que funcionou bem, mas me deixou bem elétrico. Mais um ano se passou até o terceiro surto. De novo, tive bastante problemas para andar – o que significou cortisona de novo! Mesmo usando esse medicamento para tratar a EM, eu ainda tinha mais ou menos um surto por ano. Por isso meu neurologista sugeriu a mudança de medicamento para ver se a minha condição melhorava. Atualmente utilizo o Gylenia e desde então, estou há mais de 4 anos sem um outro surto. Sei que isso não é garantia de que os problemas acabaram, mas levo a minha vida desfrutando das pequenas coisas. Também procuro tentar chegar aos meus limites físicos no esporte. Vou a academia  três vezes por semana, faço musculação e condiionamento físico, além de jogar Squash, andar de Snowboard e tocar o saxofone que treina meus dedos. Acredito que por causa da EM, nunca mais vou sentir minhas pernas e dedos da mão direita como antes, mas já aceitei esta condição e me acostumei. Sei que a EM faz parte da minha vida, mas que ela nunca irá me dominar. Eu sou mais forte.     Andreas Oetiker

Ano Novo II

E ele veio sorrateiro, invadindo a roda de amigos, as guerras políticas e as famílias reunidas. Chegou sensacional e pomposo, cheio de ideias e planos. E ele veio devagarinho na lentidão do tic-tac dos relógios, veio na noite escura quente ou gélida, chuvosa ou limpa… Veio aos corações atribulados com romances perdidos e nos calmos. Ele estranhamente pegou a mão da moça tímida, da velha inclinada, da criança cheia de crenças, do homem com seu temível trabalho. Dividiu-se em esperanças e planos, muitas ideias e projetos, no desespero mudo do suicida. Veio aclamado em gritos lamuriantes, desesperados, em canções harmoniosas de louvores e salvação. Chegou e agora já é passado; engrenagem reticente do tempo. Ele tornou-se presente e de repente já era passado…. No tempo em que dividimos racionalmente ou sentimos emocionalmente. Ele é matéria a ser trabalhada pelo jornalista e manchete de dias atrás. Ele chegou e já está partindo, corra para pegar esse trem, amanhã já será depois do ano novo. Ele é a oportunidade de transformar ou manter aquilo que nos foi dado. A única oportunidade de tempo, o ano novo, presente-futuro que é nos dada na nossa pequenez é infinita inocência. Chegou como presente, invadiu os corações alheios e atentos à sua chegada, chegou para vivê-lo intensamente. Por isso, viva-o; é todo seu e só seu…  

RENASCER

E começou chegou 2018. A princípio vem a vontade de renascer, como uma criança que vai começar a viver a partir dali. Porém, não é exatamente assim, já sou adulta, tenho problemas e responsabilidades. Os problemas não sumiram como um passe de mágica com a mudança da folhinha do calendário. Só resta encarar os problemas e tentar resolvê-los da melhor forma possível. Algumas resoluções já foram elaboradas no ano passado e estou colocando-as em prática, mas é preciso evoluir, caminhar para frente. Para isso é necessária à vontade e a determinação para começar e concluir novos projetos e planejamentos. O que posso fazer nesse novo ano que começou? Esta é a pergunta que estou me fazendo estes primeiros dias do ano. Estou pensando em fazer um curso a distância de filosofia. Creio que irá acrescentar muita coisa na minha vida, além, é claro, de exercitar o pensamento, caminhar por outras paisagens, “sair da caixinha”. O tempo que passou não voltará, porém todos os dias quando acordo, tenho todo o tempo do mundo. Sendo assim quero fazer, realizar. Não me contento em ser expectadora da minha própria vida, sou e quero ser protagonista dela. Estes pensamentos que exponho são um convite para que todos nós possamos fazer coisas diferentes e mudarmos no sentido de evoluirmos cada vez mais. Podemos todos e podemos ir onde nossos pensamentos e nossa imaginação nos levar. Passamos por momentos amargos e duros, isso é fato, porém nossos pensamentos devem ser cada dia melhores, no sentido de evoluirmos. Os problemas existem para serem resolvidos e se a vida colocou-os para nós com certeza é porque podemos resolvê-los. Existem outras coisas que não podem ser alteradas por nós, fazem parte do cenário, da paisagem. Daí a saída é tentar compreender melhor a situação e lidar com ele da melhor forma possível. Todos os dias quando abro os olhos pela manhã agradeço a oportunidade de começar a fazer algo novo e de caminhar mais um pouquinho procurando melhorar como ser humano. Físico, mente e alma caminham juntos, devemos cuidar deles sempre com paciência e alegria! Força, fé e foco! Essas são as diretrizes para o ano. Vamos juntos?

Desejo de um ano novo

Quero um ano novo que se dissipe no infinito, cheio de graça e infortúnios. Quero um ano novo igual a esse, mas diferente. Quero nele, a capacidade e a oportunidade de fazer diferente. Aos quebradinhos, quero um ano novo, onde todos tenham soluções para seu diagnóstico, medicamentos e conhecimento. Desejo também rampas e calcadas onde se consegue andar. Aos pobres de qualquer tipo, quer seja de dinheiro, sabedoria, amor, generosidade ou espírito: a oportunidade  de se tornarem ricos. Aos ricos o voto de pobreza, de partilha. Às mulheres  e aos homens desejo a realização, seja como pais, profissionais e pessoas. Aos filhos a superação de obstáculos e o sonho inacabado. Ao idoso, uma consciência tranquila, um sonho. Aos animais, plantas e outros seres vivos: a continuidade. Ao planeta Terra: saúde À guerra desejo um final não apoteótico. À paz: resiliência Aos nossos sonhos desejo mais um ano de liberdade Aos estudantes: o sucesso. As nossas ambições: a cautela Ao nosso país desejo um ano de Brasil, de desenvolvimento, sustentabilidade e equidade. Aos meus  amigos mais um ano em que possamos dividir a nossa vida. Aos que leem esse texto, um ano novo em que valha a pena ler. A todos, um ano em que a pena por tentar e arriscar fazer um ano novo:um momento  feliz.   “Para ganhar um Ano Novo Que mereça , este nome, você , meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil. Mas tente experimente, consciente. É  dentro de você que o Ano Novo  cochila e espera sempre.” Carlos Drummond de Andrade

CONHECENDO UM POUCO MAIS SOBRE O NOVO ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE – AGENCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR – ANS

  Entrou em vigor no dia 02.01.2018 a nova cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Resolução Normativa com a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde estabelece a inclusão de 18 novos procedimentos – entre exames, terapias e cirurgias que atendem diferentes especialidades – e a ampliação de cobertura para outros sete procedimentos, incluindo medicamentos orais contra o câncer. Pela primeira vez, foi incorporado um medicamento para tratamento da esclerose múltipla.   O Rol é obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei nº 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei. A lista de procedimentos é atualizada a cada dois anos para garantir o acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento das doenças através de técnicas que possibilitem o melhor resultado em saúde, sempre obedecendo a critérios científicos comprovados de segurança, eficiência e efetividade.   A atualização do Rol é um avanço importante para os beneficiários de planos de saúde e os critérios de revisão devem estar em constante evolução. Os procedimentos incorporados são aqueles nos quais os ganhos coletivos e os resultados clínicos são mais relevantes para os pacientes. Todavia, a inclusão de tecnologias é sempre precedida de avaliação criteriosa, alinhada com a política nacional de saúde, e contempla, além das evidências científicas, a necessidade social e a disponibilidade de recursos. A decisão pela inclusão também leva em consideração a prevalência de doenças na população.   Acesse o link e conheça a lista completa: http://www.ans.gov.br/images/Lista_Incorpora%C3%A7%C3%A3o_Final.pdf   PERGUNTAS E RESPOSTAS ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS 2018 – PERGUNTAS E RESPOSTAS O QUE É O ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE? É a listagem mínima de procedimentos (consultas, exames e tratamentos) que os planos de saúde são obrigados a oferecer aos beneficiários. QUEM TEM DIREITO ÀS COBERTURAS PREVISTAS NO ROL? Os beneficiários de planos novos, ou seja, aqueles que foram contratados a partir de janeiro de 1999, ou adaptados à legislação. QUAL É A PRINCIPAL VANTAGEM DA ATUALIZAÇÃO DO ROL PARA OS CONSUMIDORES? A principal vantagem é ter acesso a procedimentos atuais, uma vez que as tecnologias evoluem, mas com segurança e efetividade comprovadas. QUANTOS PROCEDIMENTOS FORAM INCLUÍDOS NA REVISÃO DO ROL QUE ENTROU EM VIGOR EM 2/1/2018? Foram incluídos 18 novos procedimentos e ampliada a cobertura para outros sete procedimentos, incluindo medicamentos orais contra o câncer. Destes, alguns contam com Diretrizes de Utilização, que relacionam cobertura à segurança e efetividade dos procedimentos. Com isso, o novo Rol passa a contar com 3.329 procedimentos. COMO É FEITA A REVISÃO DO ROL? A revisão do Rol de Procedimentos da ANS é realizada a cada dois anos, no âmbito do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE), formado por representantes de órgãos de defesa do consumidor, prestadores de serviços, operadoras de planos de saúde, conselhos e associações profissionais, representantes de beneficiários, dentre outras entidades. Depois de discutida no COSAÚDE, a proposta final de revisão é submetida à Consulta Pública, sendo disponibilizada na página eletrônica da Agência para o recebimento de comentários, críticas e sugestões. Após a análise da consulta pública, a Diretoria Colegiada da ANS delibera sobre as novas incorporações. QUE CRITÉRIOS BASEIAM A DECISÃO DE INCORPORAÇÃO? Os princípios norteadores das revisões são as avaliações de segurança e efetividade dos procedimentos, a disponibilidade de rede prestadora e os custos para o conjunto de beneficiários de planos de saúde. Para incluir ou excluir itens do Rol, ou para alterar os critérios de utilização (Diretrizes de Utilização – DUT) dos procedimentos listados, a ANS leva em consideração estudos com evidências científicas atuais de segurança, de eficácia, de efetividade, de acurácia das intervenções. Deste modo, os procedimentos incorporados são aqueles nos quais os ganhos e os resultados clínicos são mais relevantes para os pacientes, segundo a melhor literatura disponível e os conceitos de avaliação de tecnologias em saúde. A AMPLIAÇÃO DE COBERTURA PODE LEVAR AO AUMENTO NAS MENSALIDADES DOS PLANOS? Como é feito todos os anos, após a publicação da Resolução Normativa que amplia o Rol, a inclusão das novas coberturas é avaliada por um ano. Caso a ANS identifique impacto financeiro, este será avaliado no cálculo do reajuste do ano seguinte. QUANDO SERÁ A PRÓXIMA REVISÃO DO ROL? Os trabalhos de pesquisa para a revisão do Rol são contínuos. A partir da publicação do Rol 2018, os trabalhos para a nova revisão já se iniciam. AS OPERADORAS QUE NÃO CUMPRIREM O ROL SERÃO PUNIDAS? COMO? Sim. As multas previstas para as operadoras que não cumprirem a cobertura obrigatória é de R$ 80.000,00 por infração cometida. COMO O CONSUMIDOR PODE DENUNCIAR UMA OPERADORA QUE NÃO ESTÁ CUMPRINDO O ROL DE PROCEDIMENTOS? O consumidor deve entrar em contato com a ANS e fazer a reclamação. Os canais de atendimento são: Disque ANS: 0800 701 9656 – atendimento telefônico gratuito, disponível de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas (exceto feriados) Portal da ANS: www.ans.gov.br – Central de Atendimento ao Consumidor, disponível 24 horas por dia Núcleos da ANS: Atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30 (exceto feriados), em 12 cidades localizadas nas cinco regiões do Brasil A SOCIEDADE PODE PARTICIPAR CONTRIBUINDO COM SUGESTÕES PARA INCLUSÃO NO ROL DE PROCEDIMENTOS? DE QUE MANEIRA? Sim, toda a sociedade pode participar da consulta pública que antecede a divulgação da resolução normativa com a atualização do Rol de Procedimentos. A ANS sempre divulga no site os prazos para contribuições, bem como informações relativas à participação dos interessados. COMO SABER SE O PROCEDIMENTO INDICADO PELO MÉDICO ESTÁ NO ROL DE PROCEDIMENTOS OBRIGATÓRIO DETERMINADO PELA ANS? http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/espaco-do-consumidor/o-que-o-seu-plano-de-saude-deve-cobrir/como-e-elaborado-o-rol-de-procedimentos/consultar-se-procedimento-faz-parte-da-cobertura-minima-obrigatoria   Vale lembrar que os usuários do SUS que já retiram o medicamento Natalizumabe no dispensário de alto custo do SUS, poderão continuar retirando o medicamento regularmente. O SUS não irá deixar de fornecer o medicamento ao usuário que tiver plano de saúde!     Organização Sumaya Caldas Afif Jurídico Institucional – Advocacy   Fonte: ANS – www.ans.gov.br http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/sobre-a-ans/4192-planos-de-saude-vao-oferecer-18-novos-procedimentos-a-partir-de-2018