A queda livre
Alguém já viu um esclerosado pegando algum objeto caído? É uma piada; se possível tudo que está ao redor cai também. Nossa Senhora da Coordenação passa longe, ela foge de um quebradinho… Se a bengala cai, as pessoas oferecem-se para pegar. É, a gente tenta agradecer, mas a gente já baixou também. Já segurou na mesa, na cadeira e provavelmente já puxou a toalha e os objetos da mesa. O banho é a parte mais interessante: tudo que tem de cair resolve testar a lei da gravidade neste momento. E como ela é infalível, a cena fica um pastelão para qualquer público e época. Se sairmos com uma sacola com certeza a pisotearemos antes de sair. Não é só para quem está de pé. Quem é cadeirante também, não passa incólume; o exercício da queda livre dos objetos. É só tentar colocar a perna no pedal da cadeira, que vem abaixo, tudo que está amontoado em cima gente. A resposta à possível dúvida que tenha se formado na cabeça do leitor é : Sim, precisamos fazer isso, daquele jeito, porque tentamos economizar energia. O que nem sempre dá muito certo, por causa de nossa trapalhada. Enquanto fazemos malabarismos, a lei da gravidade continua no “round “. E nos desafia com sua presença silenciosa.