O pior de tudo é a preguiça de começar alguma coisa; sei lá se é preguiça ou é cansaço. Como já falei sobre o cansaço, só me restou falar sobre a preguiça.
Para falar desse tema, temos que falar de acomodação e vejam bem, não falo de adaptação.
Adaptação é o que nos faz viver e nos torna, falando em termos biológicos, uma espécie bem sucedida. Ao longo dos anos, muitos anos, a seleção natural “correu” atrás de nós tentando nos “pegar” e a espécie humana está aqui , firme e forte.
Aos biólogos, peço desculpas pelo meu determinismo e linguagem, mas achei que devia colocar esse ponto de vista.
Adaptação, também é quando enfrentamos situações novas, por exemplo, uma doença ou perda de emprego, uma adversidade e, resolvemos com novas estratégias essa situação inédita.
A nossa capacidade de adaptação é que nos leva a evoluir e ser bem sucedidos. Melhor a nossa capacidade de adaptação é que nos permite viver. Quero falar em nome de um cidadão comum que se encontra em uma situação de desemprego; ele adapta seus gastos à nova situação financeira. Ou em nome de um quebradinho, que tem que enfrentar a situação de uma perna que se arrasta, e que passa usar um andador para caminhar. São essas estratégias que permitem a nos vivermos.
Agora, acomodação, tem sentido como aceitação. Acomodação a uma nova situação necessita de aceitação; e, para aceitar precisamos analisar e pensar de como vamos continuar a viver, com a perna arrastando ou desempregados, isso é estratégia.
Aí, é que entra a nossa preguiça, preguiça de pensar, preguiça de sair da situação nova numa “boa”, preguiça de aceitar; preguiça de termos nossas próprias ideias, de ouvir e sorrir na nossa situação.
Sim, sorrir, dar risada, da própria vida.
O sorriso é a solução, o remédio para ferida evolutiva que nos impregna para a vida.