Aposto caros leitores que tenham dado uma conotação sexual ao título desse texto, mas não se trata de nada disso. Esse texto foi escrito em conjunto, eu e minha amiga Lucyara o escrevemos.
Na verdade ela é a dona da aventura e a descreve abaixo:
“A primeira vez que eu me aventurei a pegar um ônibus de linha eu estava com Cida amiga, cuidadora e corajosa. É tranquilo, existe lugar certo para cadeirante vc é afivelada e fica bem segura sem perigo da cadeira andar. O motorista e o cobrador são treinados para auxiliar o cadeirante. A minha penúltima aventura passar um domíngo no parque Ibirapuera num show em comemoração da EM na volta tomeí um ônibus retornando à minha casa. A tarde acabou , voltei pra casa de ônibus feliz da vida pronta para mais uma aventura .”
Eu, ainda não tenho essa coragem, da destemida Lucyara e de sua cuidadora Cida.
Queria fazer alguns comentários, acho que já os fiz em outros textos, mas vale a pena repetir:
A acessibilidade também é técnica e necessita de infraestrutura, que nós encontramos no ônibus (elevador, local para cadeira, cintos de segurança) e igualmente da assessoria do motorista . Entretanto para chegar ao ponto de ônibus há muitos percalços na rua (buracos,postes no meio da calçada entre outros).
A coragem e a determinação da cuidadora também é essencial, além de técnica e força.
Eu ainda opino que a acessibilidade no Brasil está um pouco distante, arrisco dizer que as pessoas são acessíveis, na sua solicitude em ajudar, mas os espaços ainda não. Fico feliz com a narrativa da Lucyara; estamos chegando lá, mas ainda me falta essa coragem.