Perfil epidemiológico de pacientes com esclerose múltipla

Daniele Batista de Sousa; Priscila Da Silva Santos; Beatriz Maciel Sodré; Thais Mira Simandi; Lucas Felipe Ribeiro dos Santos; Ana Maria Canzonieri

 

Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crônica, desmielinizante, autoimune e progressiva do sistema nervoso central, em que durante o processo inflamatório suas lesões podem causar alterações funcionais ou incapacitantes, sendo necessário, em conjunto com o tratamento medicamentoso, realizar os tratamentos de reabilitação. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de pessoas com EM que buscaram reabilitação na Organização Social Civil. Método: Estudo realizado com 53 pacientes com EM, sendo 21% homens e 79% mulheres, 83% brancos, com idades entre 21 e 66 anos, que iniciaram atendimento em Instituição em São Paulo, Brasil, em 2016, por meio de questionário sócio epidemiológico próprio. Resultado: Quanto ao tipo de EM, predominância de 85% surto remissão, 53% com pontuação de 0 a 2,5 no EDSS, sendo 34% com até 1 ano de diagnóstico. Quanto aos pacientes que buscaram a Instituição, 94% utilizavam tratamento medicamentoso, sendo que, destes, 38% usam interferon. Apenas 6% da amostra faz reabilitação. Como sintoma principal tem-se 58% com dormência, 38% fraqueza, 36% problema na visão, 21% dor, 17% fadiga e 17% dificuldade motora. Conclusão: O perfil epidemiológico da amostra é predominantemente feminino, com 34% dos pacientes com até 1 ano de diagnóstico, 53%  com baixa pontuação no EDSS, indicando ausência de déficit motor acentuado, com quase a totalidade das pessoas em  tratamento medicamentoso, sendo o uso mais comum os interferons. Grande maioria dos respondentes não fazem nenhum tipo de reabilitação e queixam-se de dormência como sintoma principal.