Surpresa deliciosa!

Não, não se trata de nada comestível, pelo menos não que vá fazer diferença na nossa silhueta. Mas, sim, pode ser um alimento muito bom para o nosso espírito, para a nossa alma, até para o nosso coração… Alguns dias atrás, quando estive na Abem, participei, inesperadamente, de uma reunião só de mulheres que poderíamos chamar de “O Clube da Luluzinha” (fazendo uma referência ao Clube do Bolinha que já existe na Abem) e é disso que, hoje, eu quero comentar. Primeiro eram três pacientes a conversar, mais reservadamente, na área de convivência; depois se aproximaram mais duas pacientes e outras duas e assim foi com o tempo passando e a conversa correndo solta. Ao final, quase duas horas e meia depois, éramos doze mulheres trocando as suas lembranças de infância e de vida. Surpreendentemente, ninguém falou sobre sintomas, remédios ou qualquer outra coisa que tenha a ver com esclerose múltipla. A conversa foi basicamente sobre família, educação de filhos e de como essas relações amorosas são fundamentais para a construção do ser humano, deixando marcas para toda eternidade. Ninguém defendeu ali nenhuma tese e também nada do que foi dito trouxe algum elemento novo sobre esse assunto. No entanto, foi imensamente prazeroso poder ouvir e aprender com pessoas de que, geralmente, não se tem muita intimidade, e, algumas vezes, não se sabe nem o nome. Foi, enfim, uma tarde muito feliz, chamando a minha atenção para como as pessoas podem se surpreender umas com as outras… Quem me conhece mais de perto (às vezes acho que de longe também, rsr), sabe que eu gosto muito de conversar a respeito de qualquer coisa. Acredito que é trocando opiniões que você conhece o outro (ou a outra).  E eu adoro conhecer gente! Ainda mais quando eu posso crescer, agregando valores e tendo a oportunidade de me reciclar na vida.  Que venham outros encontros assim e que eu esteja sempre aberta para aprender e dividir!

A gente se vê na Abem,

Valquíria