“Tem dia que parece noite” – quem já não ouviu ou disse essa expressão. Existem dias que as coisas simplesmente não acontecem, ou acontece exatamente o contrário do que você planejou. É amigos esta é a vida altos e baixos, uma montanha russa de emoções e acontecimentos.
Desesperar e desistir não são opções válidas… não mesmo. Então o que fazer? Parar respirar fundo, contar até dez, orar, meditar… qualquer dessas alternativas são válidas.
Quando estamos no centro do problema muitas vezes não conseguimos encontrar a saída, porém quando paramos e nos afastamos um pouco conseguimos enxergar melhor as possibilidades e alternativas que temos.
Façamos um exercício simples, sentados, para não corrermos nenhum risco desnecessário, coloquemos o dedo indicador direito na posição vertical na ponta do nariz, fazendo uma pequena pressão, sentiremos um pequeno incômodo, daí vamos afastando o dedo na mesma direção até que possamos visualizá-lo sem ficarmos estrábicos. Notaremos que conseguiremos olhar para o dedo e visualizá-lo de todos os ângulos, desde a ponta até a base e assim veremos o dedo por completo.
Normalmente os problemas são assim quando estamos neles ou eles grudados a nós não conseguimos olhá-lo completamente, e fatalmente não conseguiremos pensar numa solução, tampouco “respirar”, sentiremos como se estivéssemos sufocados.
Nessas horas o melhor a fazer é parar, olhar ao redor, serenar os ânimos, “esfriar a cabeça”. Como? Cada um de nós tem uma receita, uma dica, para conseguir colocar as coisas sob conrole.
O segredo, ou melhor a atitude é serenar, acalmar, manter a cabeça no lugar, não mergulhar nas dúvidas e aflições desmedidas.
Serenar, segundo o dicionário quer dizer: acalmar, pacificar, bem como tornar sereno, refrescar e cair o sereno.
Diante dessas possibilidades uma boa saída às vezes é tomar um simples banho. Lavar o corpo e lavar a alma. Sentir-se renovado para enfrentar os desafios existentes e os que ainda virão.
Vou compartilhar com vocês uma experiência que vivi esta semana: – estava no ônibus no local destinado à cadeira de rodas, com o meu andador devidamente travado, assento abaixado e com os cintos passados. São três os cintos: um para cada lado com as rodinhas e outro que passa pelo passageiro e o aparelho, como os cintos de segurança que existem nos automóveis, fiz como sempre faço coloquei toda proteção e sentei-me. O ônibus seguiu e ocorreu que os cintos não seguraram o andador e acabei caindo com ele e tudo, com as quatro rodas para cima no meio do veículo. Ainda bem que não estava de saia ou vestido. Até a motorista do ônibus parou e veio me acudir toda preocupada. Outros passageiros também me ajudaram.
Na hora do ocorrido fiquei morrendo de raiva de tudo aquilo, daquela situação, mas o que fazer? Tinha de continuar a viagem, não tinha chegado ao meu destino. Engoli aquela meia dúzia de palavrões que veio à minha boca, passei a mão pelo corpo, levantei o andador, aceitei a ajuda das pessoas que se preocuparam comigo e continuei. Confesso que por alguns minutos não consegui olhar para o lado, nem no rosto daquelas pessoas que me ajudaram, mas passado o susto consegui olhar as pessoas, agradecê-las, sentar-me, arrumar o andador e continuar com dignidade, sem vergonha e sem melindres.
É parece um problema pequeno, mas ilustra como estou encarando as condições que aparecem em minha vida. Mais contida e mais centrada, procuro encarar as dificuldades com serenidade…
Serenidade, muita calma nestas horas! É um clichê, mas são palavras sábias.
Levar a vida com dignidade, alegria, seriedade, ideais e SERENIDADE! É O QUE ALMEJO, O QUE QUERO, O QUE BUSCO, O QUE DESEJO… VIVER A VIDA!!!