Celulares

Como o vício em celulares acaba com nossa educação

 

Não é para plagiar um texto, é pela importância do assunto que vamos tratar.

Quem já não foi interrompido pelo seu interlocutor, para que ele verificasse suas mensagens  de zapzap? Às vezes sem graça, ele pede desculpas; é algo importante do qual ele precisa se integrar, mas na maioria das vezes, não é algo tão importante, como uma charge besta e ele passa num anacoluto a não prestar atenção a você.

Os modos e a educação ficaram onde?

Derivamos para nós, verdadeiros pescoços de “WhatsApp” , de SMS; um encurvamento da coluna cervical, um problema para médicos e fisioterapeutas.

Não é um problema só dos jovens, é incorporado, aprendido, copiado e repetido em boa parte por imitação aos adultos.

É um problema de saúde pública, já que lesões demandarão do serviço médico  sua atenção.

É um problema de educação, de saber como comportar-se socialmente.

Quando um celular da um aviso, nem dos damos o trabalho de responder alô; contribuímos com a distribuição de milhões de “emojis”.

Nossa empatia despenca e o narcisismo escapa ao controle, com efeito sobre o desenvolvimento emocional, e a saúde e confiança, sempre que abaixamos nossas cabeças como avestruzes humanos.

Até posso parecer inimiga da tecnologia, mas quem me conhece, sabe que sou totalmente a favor das novas tecnologias e o fato delas nos facilitarem a vida.

Eu combato o excesso, a falta de modos (educação), a nossa falta de responsabilidade na sustentabilidade do planeta Terra.

Você já pensou que o funcionamento do  Smartphone tem um gasto de recursos ambientais? Ou você pensa que carregar o telefone só depende da tomada e do carregador?

Bom senso é  perfeito, pense duas vezes antes de pegar seu celular

Não estou aqui para  lhe dizer: jogue seu smartphone fora ou saia das redes sociais.

A solução mais simples para o problema é  aquela que a Bíblia propõe: trate os outros como você gostaria de ser tratado. Incentivar o diálogo sem ignorar os amigos digitais.

Velhos ou jovens estamos em teste. Etiqueta, bons modos, linguagem corporal, a maneira pela qual interagimos- tudo está mudando. Estamos abrindo mão de toda uma vida que acontece a 90 graus acima de nossos celulares. Comece a olhar para cima. “Jamais seja a primeira pessoa no  grupo a pegar o celular,não seja o paciente zero” Henry Alford

 

Adaptado de: Como o vício em celular acaba com os bons modos  Andam Popescu traduzido do “New York Times”

Folha de São Paulo -Folha de São Paulo- 30 de janeiro 2018