Cuidadores

Amigos (as)

Não é todo mundo que precisa de um cuidador ou precisará, mas é factível na nossa vida que talvez precisemos desse profissional, na doença ou na velhice…

O cuidador é um elemento curioso, necessário e  interessante. Explico-me.

O cuidador, nem sempre é um profissional, pode ser um amigo, um parente ou uma pessoa de boa vontade.

Claro, é importante um curso de cuidador, ele não nasce sabendo como trocar fraldas de um doente, como levantar o “quebradinho” de um tombo, dar banho, vestir. Há uma técnica, um modo de fazer melhor, para o quebradinho, o velhinho e o cuidador.

O cuidador tem que cuidar do seu quebradinho e também dele. A integridade física e mental do cuidador é essencial para que possa  cuidar.

A relação do cuidador e do cuidado é de amizade, ou melhor, é fruto de uma convivência humana, por vezes cheia de atritos, espinhosa, mas sempre em construção.

O cuidador deve perceber o que  é exequível  para o cuidado; ou seja, o que ele pode fazer, onde ele vai “quebrar” a cara e o mais importante: ele respeita a autonomia do doente, desde q o “quebradinho” também assuma as consequências de seus atos. Sim, é uma via de mão dupla, de relacionamentos adultos de trocas e responsabilidades.

Como adulto o cuidador tem o dever de cuidar e seu ser cuidado tem o dever de respeitar, aliás, ambos têm o dever de respeitar.

Falando de temas adultos, há uma relação trabalhista remuneração também a ser arranjada.

O cuidador também pode ser da família (tipo a mãezinha querida ou irmãs (os)), assim como amigos. Nesses casos temos características peculiares de cada um; teimosia e brigas fazem parte do primeiro porque somos e seremos parte de uma família. Dos amigos, conhecemos os de verdade. Há aquele que cozinha há aquele que serve a refeição, aquele que troca fraldas, o que dá banho, o que põe a gente no sol, o que tira a gente do sol, há o que paga as contas, o que faz supermercado, o que compra remédios… É uma infinidade de tarefas, conto pelo menos uma dúzia que se revezam, em sua amizade, E haja amizade!

Cuidador ou enfermeiro que brigam entre si pela sua dignidade e sabedoria, académica e não acadêmica, com ou sem diploma, cuidai de nós que necessitamos. Que sejam feitas as nossas vontades, não as minhas ou as suas. E livrai-vos dos tombos e das nossas tristezas. Amém.

A família e o cuidador, digo novamente crescem em nossas relações humanas.

Abrimos a porta da casa para o cuidador e ele leva nosso mundo doméstico para o mundo lá fora. Confiança e respeito serão imprescindíveis para todos nós humanos.