Quais os desafios na comunicação médico e paciente na Esclerose Múltipla?

Em pleno século 21, com processo de globalização o acesso à informação se torna rápido e sincrônico as publicações em todas as áreas do conhecimento, inclusive na esclerose múltipla. Porém a quantidade e a qualidade dos informes veiculados são muitas vezes questionáveis, podendo gerar mais confusão do que esclarecimento. Por isso, saber utilizar a internet como uma ferramenta que te ajude a entender a EM e a conviver da melhor forma com ela é fundamental! Busque sempre sites de organizações em que você confia, e que ofereçam respaldo médico e científico.
 
Apesar de todo aparato tecnológico, nada substitui a relação humana. E quando se trata de saúde, essa relação é representada especialmente pela relação médico paciente.
 
Esta relação deve ser construída com o tempo e com a confiança mutua; pois a segurança no que é informado passa pela didática e credibilidade do informador.
 
Mas afinal, quais são as estratégias para se atingir o objetivo de educar, esclarecer, desmistificar, passar, confiança, segurança e minimizar as angustias:
 
1. Acolhimento humanizado – relação pessoal, desarmar a insegurança do primeiro contato e dar substrato para o fortalecimento relacional;
2. Saber ouvir;
3. Empatia – entender o outro, se posicionar no lugar do outro;
4. Colocar o conhecimento técnico trabalhando no esclarecimento dos possíveis caminhos evolutivos a partir do diagnóstico, discutir possibilidades terapêuticas, todas de forma clara, em linguagem simples e compreensiva, de forma contínua;
5. Utilizar as ferramentas de comunicação como um meio facilitador de contato – evitar termos técnicos, traduzir a medicina para o paciente;
6. Utilizar o conhecimento científico vigente para pautar um trabalho educacional e esclarecedor, montar um painel onde o indivíduo-paciente se localize.
 
Texto elaborado em parceria pelas Neurologistas do corpo clínico da ABEM:
 
 
Dra. Liliana Russo – CRM 59209 Dra. Maria Cristina B Giacomo – CRM SP 62148